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Meu amigo-irmão Oscar Brisolara e eu |
"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra
metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que
ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos
pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo,
quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer
junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios,
daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam
para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem
chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para
que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca
tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos
e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que
a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"
(Gosto do texto mas tenho dúvidas quanto à autoria, já que aparece como sendo de Fernando Pessoa ou de Oscar Wilde... começa a me parecer que não é de nenhum deles!)
Minha santa maninha de tantos momentos, nós fomos nascendo um para o outro no "devagar de pressa dos tempos", nas grandes distâncias que, em nos separando, nos unem. Tantos gostos comuns, tantas diferenças... Junge-nos um amor fraternal de natureza divina, mas profundamente humano. Temos algumas paixões comuns como a de palmilhar este mundo em cujos caminhos encontram-se as trilhas dos deuses. Amo a tua força vitoriosa de encarar as adversidades e ao mesmo tempo de usufruir dos dons que vida abundantemente colocou à tua mesa. Serenamente com sereno gesto, o semblante ameno dos que sabem, vais em frente sempre. E a existência coroa-te com a felicidade espelhada em teu sorriso franco que encanta a todos e embala meu espírito rumo ao infinito. O amor que nos une é de uma natureza especialmente elevada e simples que me faz feliz. Bondosa menina das muitas horas de estudo compartilhadas, um laço forte e irresistível do teu ser arrasta-me para a felicidade que me ensina a unir-me cada vez mais solidamente à minha Cris. Compartilho contigo a felicidade das bodas de prata que Cris e eu comemoramos no amor que ilumina nosso caminho de uma forma muito nova neste ano.
ResponderExcluirFraternos ósculos do velho amigo
Oscar Brisolara
Obrigada, Oscar, pelas tuas palavras, por seres o amigo-irmão que és.
ResponderExcluirSão quase 40 anos de amizade e carinho recíprocos.
Aponto, sempre, como a primeira "sorte" da minha lista, os amigos que a vida me deu - e os amigos que meus amigos trouxeram com eles, como a Cris, que encontrei através de ti.
Quero estar presente no lançamento do teu livro.
Beijos
Aldema