domingo, setembro 30, 2018

Mesquita/Catedral de Córdoba - Andaluzia



Detalhes do interior da Mesquita/Catedral de Córdoba

O Sul da Espanha sempre recebeu  visita e  invasão de outros povos, como os fenícios e os gregos que vieram comerciar; os cartagineses que deram continuidade ao comércio e aí se estabeleceram por muitos anos; os romanos que fizeram de Córdoba a capital da região; os visigodos que ocuparam o lugar dos romanos até a chegada dos exércitos islâmicos. Todos esses povos deixaram heranças na linguagem, nos costumes, na forma que têm as cidades, nos edifícios e nas obras de arte.


Junto à Mesquita/Catedral, o Pátio das Laranjeiras

Córdoba, localizada às margens do rio Guadalquivir, é uma das cidades mais antigas da Espanha. A ela chegaram os muçulmanos , conhecidos também como Islâmicos, no ano de 715, após as tropas islâmicas do Califato de Damasco terem conquistado grande parte do norte da África e terem passado para a Península Ibérica.


Zeli, minha irmã, na Mesquita Catedral

Córdoba era cidade geograficamente valiosa por ser uma encruzilhada de vários caminhos. Nela viveram e conviveram pessoas com diferentes religiões e culturas, que a tornaram, no século X , um dos centros mais importantes do mundo. Ali conviviam judeus, árabes e cristãos. A principal parte da cidade era a Medina, a parte murada da cidade.


Torre Principal

Na Medina, encontravam-se , além da mesquita principal, o alcázar, que era a grandiosa residência do califa e de sua corte, outras mesquitas menores, os zocos , um tipo de mercado, e os banhos. Em Córdoba, vale uma visita  - e , havendo tempo, a experiência de um banho árabe -  a um edifício, com belos mosaicos,  que está localizado próximo à Mesquita/Catedral.


Colunas de mármore, granito, jasper  ou onix

A Mesquita de Córdoba começou a ser construída no ano 786, pelo califa Abd al- Rahman, passou por  três grandes ampliações, antes de, no século XVI, construir-se, dentro dela, a Catedral cristã. Ela parece uma fortaleza, com muitas portas. Para dimensionar seu tamanho e grandiosidade, é interessante uma caminhada ao redor dela.


Beleza e grandiosidade

Entra-se no recinto da Catedral pela Porta do Perdão, onde se perdoavam, em público, os pecados dos penitentes cristãos. Por essa Porta, chega-se ao Pátio das Laranjeiras,  onde, algumas vezes, já estive  no período de floração das laranjeiras, que estão por toda parte e, encantadoramente, perfumam a cidade.


Torre da Catedral vista a partir da Juderia

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No centro do Pátio das Laranjeiras, há uma Fonte, com formato quadrado, cuja  água escorre por seus quatro cantos. Uma antiga tradição  diz que a pessoa que beber da água que escorre do único canto da Fonte que está sob uma oliveira, casa-se logo. Quem não quiser se casar, portanto, afaste-se desse lugar, ainda que esteja com sede.



Assim é hoje, com as alterações para ser uma catedral cristã

Por baixo da Torre da Catedral , como a  vimos hoje, havia outra torre, construída, no século X, por Abd al-Rahman III, que foi um governante de grande prestígio em todos os reinos da época. A Torre atual foi construída no século XVII, e restos da Torre Islâmica, como parte das parte das paredes e das escadas, podem ser vistos ainda no seu interior.



Fonte do Pátio das Laranjeiras

Atravessando o Pátio, entra-se, na parte coberta da Catedral, através de um arco, denominado Porta das Palmas, porque era por onde passava a procissão do Domingo de Ramos. Passando essa porta, tem-se um impacto indescritível com a visão  das colunas e dos arcos - um Bosque de Colunas - como já foi chamado -  pois são aproximadamente 900 arcadas. Impactante!



Riqueza interna da  Mesquita/ Catedral


Precisa-se de um tempo não exíguo para acostumar-se com a arquitetura, admirá-la e ver os tantos detalhes do local : as diferentes colunas e capiteis e os diferentes arcos; os magníficos mosaicos, presente do imperador de Bizâncio ao califa de Córdoba; a beleza e o luxo das luminárias que vêm do teto; a Capela Real com seu estilo mudejar; o altar, o coro, as cadeiras talhadas em madeira nobre, o teto... São muitos os detalhes e o espaço é o maior que conheço - nem sei se dá tempo para rezar ali! 




Minúcia e perfeição nos detalhes internos


Embora a tradição e a história  de Córdoba evidencie uma convivência possível de religiões - tanto que a cidade também é conhecida como Cidade das Três Culturas - eventualmente afloram sinais de conflitos e discussões como as que se observam na denominação Catedral...ou Mesquita...ou Mesquita/Catedral ou como  o uso do mesmo espaço para ritos e rezas de fieis muçulmanos. Talvez...um dia...



Altar  todo em mármore vermelha

"Pode-se visitar a Mesquita de Córdoba de 2ª a sábado das 10h às 18h (entre março e novembro, até as 19h). Domingos e feriados religiosos têm horários diferentes: das 8h30 às 10h15 e depois das 14h às 18h (entre março e novembro, até as 19h). A entrada custa €8 e não é vendida por antecedência -- nem precisaria. Basta se dirigir à bilheteria e comprar." https://www.viajenaviagem.com/2012/03/mesquita-cordoba/



Riqueza e variedade de materiais

" La luz que desde la Catedral de Córdoba nos alumbra no es mortecina ni temblorosa. Es intensa, penetrante. Ilumina el camino . Propone el abrazo de las comunidades del mundo." 
Juan Carlos I , Rey de España  28 - 5 - 86



Portas que circundam o edifício. mas não dão acesso aos visitantes.

sábado, setembro 29, 2018

Málaga, onde Pablo Picasso " vive ".

Museu de arte de Málaga
Vim de Granada a Málaga de ônibus, em duas horas de viagem. Na chegada, a Estação Rodoviária - quase junto à Estação de Trens - surpreendeu-me favoravelmente: limpa, bem cuidada, escadas rolantes, ótimas cafeterias. Caminhei até o Hostal que eu reservara - por sorte era um bom lugar para hospedar-se. De posse do mapa da cidade e depois de tê-lo estudado bem, comecei um percurso até o centro histórico , que descobri ser bem longo....

Abundância de flores nas ruas
A Estação de Trens Málaga Maria Zambrano é próxima ao porto, uma área sem atrativos especiais, fora as palmeiras do Passeio Marítimo. A cidade pareceu-me feia no início.mas,  à medida que me aproximava do Centro Histórico, fui descobrindo belezas, a começar pelas muitas flores nas ruas. Depois, vieram as esculturas em lugares públicos e os belos edifícios. Fui, então, conquistada por Málaga. Desta vez, nem precisei de cafeterias para cativar-me.

Visão frequente nas ruas do Centro Histórico
Até então, minha mais forte referência de Málaga era Pablo Picasso, admirável e inovador artista. Picasso nasceu em uma casa na Plaza de Merced, em 1881. Decidi que minha primeira visita seria ao Museu que leva seu nome e que tem um acervo de 204 obras suas. Gostei. Fotos são permitidas somente das áreas externas ou abertas. Bem que eu gostaria de ter fotografado um óleo, ao menos, com temática famíliar. São lindos. Vale conferir no www.museupicassomalaga.org

Um dos jardins do Museu Picasso
Parece mesmo que Pablo Picasso vive em Málaga - cidade com cerca de 600 mil habitantes e capital da província. O aeroporto tem o nome o nome de...Pablo Picasso. Pode - se visitar a igreja de Santiago, onde ele foi batizado; a casa original de sua família; a casa onde ele nasceu; o conservatório em  que recebeu seu primeiro prêmio artístico  e seu valioso museu. Dizem alguns malagueños que, em comum mesmo, Picasso e Málaga têm a alma inquieta.

Catedral de Málaga
O segundo Museu que visitei  - desculpem, mas tenho tendência a chamar as igrejas antigas de museus -  foi a Catedral de Málaga - que,  de fato, incorpora também um belo museu, com acervo de objetos religiosos, que abrange um período de 500 anos. Ocupou o lugar de uma antiga Mesquita, de que restou somente o Pátio das Laranjeiras.

Detalhe da Catedral
A construção da Catedral iniciou-se no século XVI e estendeu-se por 200 anos. Por fora, já impressiona pela delicadeza e beleza impressionantes dos detalhes; por dentro, sua grandiosidade toda impressiona. O teto está a 40 metros do chão. O coro, todo em madeira de cedro, como era usual na época, é esplêndido  Ao todo, nas naves laterais, estão 15 capelas. Pelo custo do projeto, em 1782, as obras foram interrompidas, e um dos campanários ficou inacabado.
Catedral: riqueza nos detalhes
O Convento de San Agustin,  assim como a Igreja do mesmo nome, está localizado na rua que hoje é denominada Calle del San Agustin; antes era chamada Calle de los Caballeros. Foram construídos - convento e igreja - no século XVI. O Convento passou por muitos donos e alguns abandonos. Por último, foi comprado pela Câmara dos Deputados e cedido à Universidade de Málaga. Futuramente, será a sede da Biblioteca Pública do Estado.

Igreja do Convento de San Agustín 
Da minha adolescência, ainda tenho o sonho da arte em espaço público, tornando-a acessível a todas as pessoas. Incluo o acesso à arte como política básica de cidadania. Por isso, as esculturas, entre outras manifestações artísticas, emocionam-me sempre. Em Malaga, há muitas esculturas fantásticas nas ruas - para ver, admirar, refletir. 

Esculturas em espaços públicos
De 16 de abril a 28 de junho deste ano, junto ao Teatro Romano de Málaga, perto da Fortaleza de Alcazaba e do Museu Pablo Picasso, acontece a monumental mostra ao ar livrede seis grandiosas esculturas em bronze, do britânico Henry Moore, como parte do programa Arte na Rua  ( www.laCaixa.es/ObraSocial ) . Sorte  minha conseguir ver essas obras. De Málaga, elas irão para Santander , Burgos e Pamplona.

Escultura de Henry Moore
Conhecido por suas esculturas abstratas de grande tamanho, feitas em bronze fundido ou mármore, Henry Moore ( 1898 - 1986 ) começou, quando ainda era criança, a modelar em argila e a esculpir em madeira. Aos 11 anos, decidiu ser escultor. Tornou-se um dos mais conhecidos artistas britânicos. Fez muitas obras para espaço público - abstrações da figura humana, a maioria representando o corpo feminino. Vivia modestamente. Investia muito na Henry Moore Foundation, dedicada a promover educação e fomento às artes. Fantástica a exposição dele em Málaga.

Peça teatral em espaço público
Infelizmente não consegui sequer identificar o texto desta peça teatral, apresentada no Teatro Romano , junto ao Alcazaba, porque era a minha hora de partir. Impressionante a cústica e o número de participantes, incluindo alunos de escola básica. Lembrei-me de meus queridos amigos baianos, Raimundo Leão e Jorge Mascarenhas. Gostaria muito que eles estivessem neste cenário.

Teatro Romano e Alcázar
Málaga tem mais de 3 mil anos de história. Provavelmente, tenha sido fundada pelos fenícios e daí venha sua vocação para o comércio. Na época islâmica, tornou-se o principal porto do Emirado de Granada. Os Mouros  ocuparam essa cidade até metade do Séc. XV e  a tornaram um dos centros mercantis mais importantes da Península Ibérica. Esse passado deixou  suas marcas no centro histórico de Málaga, em particular nos arredores da Alcazaba, uma fortaleza que data do ano 1065.

Ruas típicas de Málaga
Os moradores de Málaga - os malagueños - podem orgulhar-se de sua história de força e coragem, demonstradas antigamente, nas batalhas e , modernamente, nos pontos de vista que eles defendem. Resistiram até 1487 aos exércitos  invasores cristãos e também, durante a Guerra Civil Espanhola, enfrentaram os fascistas de Franco - e centenas de nacionalistas foram assassinados. Há pouco, fizeram fortes manifestações contra os efeitos negativos do turismo de massa. Orgulham-se de sua riqueza cultural, com razão, face ao número significativo de museus, teatros e monumentos.

Praia no Mediterrâneo
Estou prevendo um retorno a região de Malaga, para visitar Marbella - pelo seu invejável passado histórico, não pelos famosos que têm lá suas casas, como o malagueño Antônio Banderas; Torremolinos -  onde se realizou, em outubro de 2011, a primeira Expo Gays, que atraiu mais de 15 mil visitantes;  Mijas - que era um pueblito humilde, localizado entre o mar e a montanha, e hoje é o município mais rico da Província. Atraiu, na década de 60,  boêmios e artistas de todo o mundo. Famoso pela natureza e por uma cultura muito particular. Agenda para junho...ou para a próxima vinda à Espanha.

Detalhes da Catedral


"Bom vento do mar,bom vento
Que vens de cima do mar,
Vem dizer ao meu pensamento
Que o melhor é não pensar.

Se acreditar no que existe
Faz triste quem  o não é,
Mais vale ninguém ser triste
E não ter crenças nem fé.

Mas tu, bom vento que vens
De cima de ondas sem fim, 
Nem fé nem descrenças tens
Tomara eu ser assim."


Fernando Pessoa


Arte em espaço público - Mostra de Henry Moore

sexta-feira, setembro 28, 2018

Baeza

Há muito o que ver nesta pequena e linda cidade. Para mim, entretanto, ela será sempre a cidade onde um dia se encontraram - e riram e disseram versos e um deles tocou piano e beberam e comemoraram a vida, sem saber quão breve seria - Federico Garcia Lorca e Antônio Machado. Minha dor e minha homenagem na transcrição de um poema de Lorca:



El corazón, 
Que tenía en la escuela 
Donde estuvo pintada 
La cartilla primera, 
¿Está en ti, 
Noche negra? 

(Frío, frío, 
Como el agua 
Del río.) 

El primer beso 
Que supo a beso y fue 
Para mis labios niños 
Como la lluvia fresca, 
¿Está en ti, 
Noche negra? 

(Frío, frío 
Como el agua 
Del río.) 

Mi primer verso. 
La niña de las trenzas 
Que miraba de frente 
¿Está en ti, 
Noche negra? 

(Frío, frío, 
Como el agua 
Del río,) 

Pero mi corazón 
Roído de culebras, 
El que estuvo colgado 
Del árbol de la ciencia, 
¿Está en ti, 
Noche negra? 

(Caliente, caliente, 
Como el agua 
De la fuente.) 

Mi amor errante, 
Castillo sin firmeza, 
De sombras enmohecidas, 
¿Está en ti, 
Noche negra? 

(Caliente, caliente, 
Como el agua 
De la fuente.) 

¡Oh, gran dolor! 
Admites en tu cueva 
Nada más que la sombra. 
¿Es cierto, 
Noche negra? 

(Caliente, caliente, 
Como el agua 
De la fuente.) 

¡Oh, corazón perdido! 
¡Réquiem aeternam!

Federico Garcia Lorca


Para Lorca, flores eternas

terça-feira, setembro 25, 2018

Beja ( Portugal )

Uma das entradas do Castelo de Beja

"Castelo de Beja
No plaino sem fim;
Já morto que eu seja,
Lembra-te de mim.



Torre do Castelo


Castelo de Beja,
De nuvens toucado;
A luz que te beija
É o sol do passado.



Simplicidade e grandeza


Castelo de Beja
Espiando o inimigo;
Te veja ou não veja,
Estou sempre contigo.



Lateral do Castelo

Castelo de Beja
Feito de epopeias;
Um sonho flaneja,
Nas tuas ameias.



Contraste com  folhas jovens de árvores antigas

Castelo de Beja
Subindo, lá vais...
Tu fazes invela
Às águias reais.



Porta interna


Castelo de Beja
Lembra-te de mim:
Saudade que adeja
No plano sem fim."



Escadaria na parte interna do Castelo de Beja


O texto acima pertence ao poeta Mario Beirão (  1890 - 1965 ), nascido em Beja. Está gravado junto ao busto desse conhecido escritor  português. Apesar do calor - mais de 40 graus - a visita de hoje ao Castelo foi um tempo ganho na cidade de Mariana Alcoforado  (1640-1723) .



Poeta Mário Beirão

domingo, setembro 23, 2018

Projeto Andaluzia/ 2019: revisando roteiros



Há dois meses e sete dias, como companhias indesejadas, tenho fragilidade, dor, diminuição de autonomia, perda de confiança no corpo, falta de sono e eventuais crises de pânico ou depressão. Não são permanentes - ainda bem, mas uma ou outra ou me ronda ou está presente. 




Há muitos anos, entretanto, aprendi que tristeza e alegria, são estados de alma que devem ser aceitos e acolhidos ...e que passam...como tudo passa... e, se não passar, é hora de buscar ajuda de especialistas...Parece mesmo que a dor vem sozinha; a alegria, precisa ser buscada. Estou à procura de estratégias que me tragam alegria. Não me suporto sem rir. Não aguento minha própria chatice... pobres daqueles que, por obrigação ou afeto,  convivem comigo.




Tive, uma vez, um desenho do Garfield onde estava escrito: " Quando sinto uma vontade/ Louca de trabalhar/ Fico quietinha num canto/E espero a vontade passar." O mesmo está me acontecendo com a tristeza. Aceito que meus motivos são reais e que estou vivendo um período pós-trauma...mas posso acelerar o processo , não posso?




Desde 1997, passei a viajar em março e em setembro, num total de seis a 8 meses. A temporada de março deste ano de 2018 deveria ir até final de junho. Tive que retornar no início de maio. Num exame preventivo, que vou sempre agradecer a Ricardo, Neneca e Paulo, encontraram um câncer no meu pulmão esquerdo. Com esse achado, vieram as chatices descritas no primeiro parágrafo, que se estão estendendo por estes últimos meses.





Já fiz, no entanto, um plano de resistência. Além de tratamentos médicos, elaboro um projeto de recuperação da alegria...e viajar sempre me foi uma fonte inesgotável de ânimo e prazer. Comecei revisando alguns espaços preferidos, como Itália, Noruega, Espanha...e os projetos foram-se esboçando naturalmente.




Precisa-se ter projetos, mesmo sabendo que muitas vezes " O homem planeja e Deus ri "... Cancelei a temporada de três meses em Cuba, Estados Unidos e Canadá, que eu pensava fazer a partir deste setembro . Decidi ficar quietinha, esperando a vontade  e os sintomas passarem. Penso reiniciar a temporada 2019 pela Espanha, com direito a fantástica Semana Santa na Andaluzia. Estou viva - até quando ninguém sabe ...ou alguém descobriu? 




Obs. Todas as fotos foram feitas no Parque Vigeland, em Oslo, Noruega.





Que a Primavera seja -lhes portadora de surpresas encantadoras e belezas exuberantes. Be happy!






quinta-feira, setembro 20, 2018

Fernando Pessoa e Decoração de Ruas em Madrid/2018


 



                                            















Profissões: ornamentações de rua em Madrid  - próximo ao Parque del Buen  Retiro.


"Não quero a noite
senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir."


Fernando Pessoa