sábado, junho 28, 2008

Napoli : " Amanha / Serà outro dia..."





















Amanhã , domingo, será meu último dia em Napoli, pois viajo segunda, muito cedo.
Vou sentir falta:

. dos meus amigos napolitanos;
. da mozzarella di bufala;
. do presunto cozido e assado;








































. do café;
. da pizza margherita;
. da localização do apartamento;
. do funicolare que uso para descer da Colina de Vomero;
. das cerejas e das ameixas;
. da visão do Vesúvio e do mar;
. da proximidade de Caserta, Salerno e Costa Amalfitana;























. das ilhas vizinhas;
. do Parque da Villa Floridiana;
. enfim, desta cidade belíssima, caótica e barulhenta. Maravilhosa.

“L ‘ambiente è l ‘anima delle cose.Ogni cosa há uma própria espressione e questa espressione le vieni da fuori. Ogni cosa è l ‘intersezione di tre linee e queste tre linee formano tale cose: una certa quantità di matéria, il modo in cui la interpretiamo e l’ambiente in cui è inserita.”

Fernando Pessoa


Parabéns, filho.


Hoje é o aniversário do Gugu, meu caçula. Desejo que ele esteja feliz – merece! É uma pessoa generosa, respeitosa com o outro, honesta, íntegra, verdadeira. Amo-o muito. Parabéns, filho.


Tempo,
Distância,
Nada importa.
Importa mesmo
Tua presença na minha vida.
( mamae)

quarta-feira, junho 25, 2008

Novos amigos

Organizo-me para sair de Napoli e ir para a Índia.
Foi uma experiência muito interessante “morar “aqui por um mês.
Conheci muitas pessoas, duas especialmente muito interessantes: uma senhora, proprietária de uma loja de alimentos e um mendigo , que está sempre na via pedonale. A senhora, desde o dia em que cheguei, tornou-se minha amiga, ensinando o que eu devia comprar, o que devia cozinhar e preocupando-se que eu estivesse bem aqui. Quando fui me despedir, presenteou-me com seis copos de vidro , bem bonitos, e um prato para usar no microondas – transferi o presente para meus amigos napolitanos. O mendigo, um senhor paralítico que me parece do leste, tem olhos muito vivos e expressão de profunda bondade e doçura . Quase sempre lhe dou uma moeda e, mesmo quando não o faço, acena-me e me atira beijos. Sorri como a mais feliz das criaturas. Comovente. Um dia me fez chorar porque lembrei de uma história escrita por Patati sobre uma moradora de rua, que ele conheceu em Cruz Alta.
Gosto muito de meus amigos napolitanos, um casal com dois filhos adultos. São atenciosos, afetivos , inteligentes e bem informados. Ajudam-me a decidir o que fazer e como fazer. Acompanham-me pessoalmente ou por telefone. São a minha família aqui.
Aproveitei o tempo aqui no Sul da Itália para , além de passear muito, ler bons livros. Alguns livros , que eu lera em português, voltei a ler em italiano. Hoje estou lendo Fernando Pessoa, Il libro dell’inquietudine, numa tradução italiana muito bem feita.
Continuo com minha decisão inicial: esta é uma viagem para ver pessoas. E está sendo bonita e comovente.

segunda-feira, junho 23, 2008

Apressadinha...Eu??





















Quando eu ensinava Lingüística, não lembro em que faculdade porque fui professora de muitas, um aluno me perguntou , em nome da turma segundo ele, se eu nascera de sete meses. Eu respondi que não, que nascera de nove meses. Ele, então, me disse que ali todos acreditavam que eu não teria paciência de esperar nove meses para nascer porque estava sempre “adiantada em tudo”. Também Odete, minha querida amiga, uma vez me disse que eu poderia morrer cedo, já que trabalhava muito e rapidamente. Deveria, assim, cumprir logo minha missão na terra.






















Hoje é sábado. Lembrei – me dessas duas histórias porque, cedo, saí para a rua e fiz tudo o que precisava fazer antes de viajar. Agora vou arrumar a mala. E faltam ainda nove dias para eu deixar Napoli e viajar para a Índia. Sempre estou “antecipada”.

Passeio a Ischia





















Perto de Napoli, há muitas ilhas. Capri é a mais conhecida. Ischia e Procida são menos conhecidas, mas igualmente belíssimas. Ischia é uma ilha vulcânica, na baía de Napoli, no mar Tirreno. Sua história vem de muito longe. Imaginem que foi citada na Odisseia, poema escrito por Homero, séculos antes de Cristo.

Visitei Ischia  faz poucos dias. Fui de aliscafo, em 40 minutos. Só a viagem já vale a pena. Quando se parte e quando se chega, a vista que se tem de Napoli é estupenda. Pode-se também ficar encantado com a vista de Procida , Capri e Costiera Amalfitana. Chegando a Ischia, fiz caminhando, durante uma hora e pouco, o trajeto Ischia Porto a Ischia Ponte, passando pelo centro, cheio de comércio e de artesanato interessante. E eu não comprei nada!























A Ilha, com cerca de sessenta mil habitantes, é conhecida como lugar onde se pode viver com saúde e bem-estar. Tem ali uma população de velhos, que vieram à Ischia em busca de sossego ou de cura nas suas famosas águas termais - fama que vem do tempo dos romanos. Há inclusive um Centro Termal, administrado pelo Município e localizado num edifício construído em 1736.
Ischia Ponte tem seu nome relacionado à ponte que leva a uma pequena ilha com um imenso Castelo, que deu origem ao povoamento de Ischia, entre 1300 e 1500. Impressionante o número de belas igrejas em Ischia, mais de 200 , disse-me um senhor com quem conversei sobre o que devia visitar. As praias são bonitas, “mobiliadas”com branco e azul nos guarda-sóis e cadeiras de praia. Lugar bonito que vale a pena conhecer. Fui de manhã cedo e voltei ao anoitecer – como sempre, exausta!

Ainda em Napoli / Temporada 2008





















Fiz um passeio bonito e interessante hoje. Saí cedo de Volmero para visitar primeiro as estações novas da linha 1 da Metropolitana (M). A primeira Estação – Vanvitelli - está muito perto do “meu” apartamento : três quadras pela via “pedonale”. Até a Praça Dante, final de linha e onde desço, são seis estações, com características arquitetônicas próprias, denominadas “la metroplitana dell’arte”.


Altar numa esquina de Napoli

























A idéia propagada é a de um museu descentrado, distribuído pelo espaço público, com obras de arte em contínua fruição com os usuários desse meio de transporte. Cada estação teve um arquiteto responsável e , em conseqüência disso, cada estação tem um projeto único e diferenciado. Depois de ver as estações da Metropolitana, revi “Spaccanapoli”, o verdadeiro “coração de Napoli”, como dizem os napolitanos. Sou encantada com as ruas estreitas, as praças e os monumentos desse lugar. Há uma rua com livrarias à direita e à esquerda, onde se podem encontrar livros com edições esgotadas e livros antigos e raros. Fico sempre muito tempo ali. Sou também apaixonada pela Via San Gregório Armeno, que neste período está tranqüilo, mas que eu já visitei no mês de novembro, quando tem ali uma multidão para ver e comprar figuras para os presépios de Natal.



         


















São muitas as igrejas, os palácios, as histórias e as particularidades de Spaccanapoli, incluindo os pequenos altares como esse que fotografei e que são comuns em Napoli ( acredito que o mais original é um para Maradona, ídolo até hoje aqui).    Para a mim, além disso, fica sempre a memória de um dialeto que me custa entender, de um colorido muito próprio em todos os lugares e do gosto de uma genuína pizza margherita.
PS. Algumas pessoas me perguntam sobre o problema do lixo em Napoli. Realmente há um grande problema, que vai muito além do recolhimento do lixo. Sei que é muito grave nos bairros pobres. Em Vomero, Mergellina e Posillipo, não se sente a gravidade dessa situação.

sábado, junho 14, 2008

"Lá vou eu..."





Estou em Canale, 50 km de Roma, na casa de campo da minha amiga Lidia. Vim muitas vezes aqui, mas é a primeira vez que venho na primavera. O verde apossou-se de todo o campo. Faz gosto ver.
Examino atentamente um forno que Lídia tem no jardim, perto da casa. Faço muitas fotos. Confio que Mile e Gildo poderão fazer um semelhante na Bela União. Forno para assar pão e carne lembra minha infância. Tínhamos um na fazenda. Lembro-me bem do dia de cozedura - só não tenho certeza se era assim que se chamava – quando vinham pessoas para ajudar minha mãe a fazer pão, roscas de farinha de milho, pão integral e a assar carnes. Uma festa.
Volto hoje para Roma e amanhã para Napoli. Passei dias muito tranqüilos. Dormi muito. Toda a minha família sabe como sou “dorminhoca”. Durmo com alegria, com prazer. Gosto de cama, de lençol, de travesseiro, de rede, de tudo que me lembra dormir. Acolchoado de pluma me faz delirar de felicidade. Durmo em trem,ônibus, avião. Durmo de dia ou de noite. Acordo feliz porque dormi e feliz porque acordei.

sexta-feira, junho 13, 2008

"O que dá pra rir / dá pra chorar..."


Quando cheguei a Napoli, decidi logo viabilizar meu acesso a internet. Como viajo com notebook, precisava somente de uma forma de conexão. Fui a uma loja de telefones e comprei, por 150 euros, um telefone-moden , numa promoção que me disseram permitir o uso da internet , gratuitamente, por um mês. Seria vantajoso já que vou permanecer aqui por esse tempo. Voltei toda contente para casa. Mal sabia que estava entrando num labirinto que faria Kafka se sentir um principiante. Surrealista!
Tentei fazer a conexão de forma intuitiva. Não consegui. Acreditei ser erro meu. Li, então , todo o Manual. Continuei não conseguindo. Voltei à loja e falei com um funcionário. Ele me disse que era muito simples e que eu não devia estar fazendo o certo e que voltasse no dia seguinte, trazendo junto o PC. Voltei. Outro funcionário me veio atender. Contei novamente toda a história. O menino foi muito gentil e bem que tentou ser eficiente. Durante duas horas procurou fazer a conexão sem sucesso. Com ele, descobri que a promoção não era de um mês : era de dez horas que eu poderia usar durante um mês. Quando terminasse esse crédito promocional, deveria recarregar normalmente o telefone - e cada hora de internet custaria quatro euros. O telefone começava a ficar caro.
Estava na hora de fechar a loja. Pediu-me que eu voltasse no dia seguinte, às 9horas, segundo ele, hora de pouco movimento. Voltei. O menino chegou atrasado e continuou não conseguindo a conexão. Concluiu, então, que eu devia recarregar o telefone para ver se funcionava e, depois, usaria a promoção. Concordei em fazer crédito de dez euros. Funcionou. Em casa, consegui conectar-me o notebook. Tudo resolvido, pensei!
Que nada. Três dias depois, após um total de duas horas e meia de funcionamento, bloqueou o acesso. O telefone só estava funcionando com os dez euros que eu havia creditado.Terminara!
Preciso fazer um parêntese. A loja é bem bonita. Na entrada, “prende-se” uma ficha que indica o número de ordem para ser atendido. Um grande mostrador, colorido e luminoso, deveria estampar o número do “paciente” , verdadeiramente um paciente, porque naquele caos precisava-se de muita paciência. Pois bem, o mostrador não mostrava! Uma recepcionista indicava a pessoa a ser atendida, não sem antes opinar sobre o que deveria ser feito antes de ir ali. Essas recepcionistas, entretanto, pareciam odiar a empresa onde trabalhavam. De má vontade , grosseiras, com ar cansado. Um horror.
Volto à Loja. Chego avisando que estou em férias, numa cidade bonita, que não quero me irritar, que só vou comprar créditos sem falar nada mais. Sou atendida, ponho trinta euros de crédito, recebo a nota e a confirmação e volto para casa. Já é noite. Tento conectar o PC. Não conecta. Por intuição do problema, tento fazer uma chamada. Escuto, então , o aviso de que não havia crédito no telefone.
Na manhã seguinte, torno à loja. A recepcionista do dia fez a anterior parecer uma lady. Grosseira e mal-educada. Começou me dizendo que eu telefonasse para o 119, número de informações, e depois me fez contar por que eu estava ali. Contei , omitindo os problemas anteriores. Só falei sobre a recarga. Ela , evidenciando claramente um preconceito, me pergunta para onde eu havia telefonado , se tinha sido para a Ucraina! Sem perder a paciência, informo que não sou ucraniana, que sou brasileira e que não gastei todo o crédito e que só chamei para ver se o crédito feito havia "arrivato". Ela me faz esperar. Sou atendida , a seguir, por um técnico. Descubro, então, que o creditamento pode ser feito até 24 horas depois. Mandam-me retornar no dia seguinte, não sem antes me dizer que , se eu não tiver o comprovante de pagamento, nem adianta voltar. Tenho.
Sim!!! Havia me esquecido dos telefonemas ao 119! Muitos. Todos do tipo que conhecemos quando vamos cancelar um serviço pago. Após muita música e de clicar muitos números, um atendente me diz que a promoção não é bem assim e que eu devo ter entendido mal. Depois de ser tratada como idiota, o técnico me diz para retornar à loja e tentar resolver lá os meus problemas. Tudo bem. Foi ótimo aperfeiçoar meu italiano, escutando dezenas de gravações e ouvindo muitas perguntas e respostas, ainda que imbecis. Até agora, não me irritei nem perdi o bom humor. Penso que perder mesmo só vou perder os duzentos euros! Já estou conformada. Em Vomero, não há nenhum “ponto de internet”, ao contrário de bairros onde há muitos “extracomunitários”. Como estão longe e em lugares onde não me aconselham a andar, permaneço com acesso muito restrito à internet. Mas o labirinto não terminou ainda.
Quando se completam as 24h, torno à loja. Espero 40 minutos. Ao ser atendida, informam-me que , de fato, a recarga foi feita, só não “arrivou” ao meu telefone.Um problema no sistema, segundo o atendente. Começo a rir. Pergunto como será a continuidade da história. Ele me pede o passaporte para encaminhar uma reclamação. Eu havia deixado o passaporte em casa. Vou buscá-lo. Torno à loja. É feito um fax para a empresa. Pedem-me para esperar mais 24 h. Continuo a rir. Conto fatos pitorescos dessa minha “peregrinação”, como a história da recepcionista que havia perguntado se eu gastara os créditos telefonando para a Ucraina. O rapaz ri e diz que ele não cometeria esse erro, apesar de eu ser loira e me parecer com a gente eslava, e que estava certo de que eu era brasileira, porque só alguém do Brasil poderia rir diante de situação como aquela, que eu chamava de “labiríntica”. Não resolveu nada, mas foi gentil e atencioso. Até hoje, não chegou o crédito. Eu desinstalei agora essa "desgraça"de telefone.
Desisti.
Faz de conta que fui assaltada e que , por sorte, só levaram 200 euros.

terça-feira, junho 10, 2008

Napoli II























Um belo final de semana. Lídia chegou sexta e partiu domingo, no final da tarde. De Napoli a Roma e vice-versa, vai-se em menos de duas horas. Encanta-me estar com Lídia. É inteligente, lúcida, sensível e divertida. Ajudou-me a organizar a casa e a entender expressões napolitanas. Traçamos a cidade.























Sábado, fizemos muitos programas típicos de turista : Galleria Umberto I, Piazza Município, Maschio Angioino ( castelo), Piazza del Gesù, Piazza Dante, Museo Archeologico, Capo Posillipo, Castel dell’Ovo, Piazza Vittoria e muitos outros lugares – todos lindos. Fomos ao Museo e Bosco di Capodimonte – belíssimo. Percorremos, detalhadamente, o “coração”do Centro Histórico. Fizemos uma longa caminhada pela Via Toledo, tão característica de Napoli. Jantamos numa pizzaria muito tradicional – uma delícia a pizza frita e a pizza margherita! Não conto calorias aqui. Encontro-me felizmente longe dessa neurótica influência da cultura americana . Como sem preocupação – e nem por isso engordo. A Itália realmente não tem uma população de gordo. A comida é sadia e de aprimorada qualidade.























No domingo, passeamos por Volmero e fomos à Villa Floridiana, distante três quadras “de casa”. A Villa, que Ferdinando IV mandou construir e deu a sua esposa , a Duquesa di Floridia, tem um parque imenso e bonito, de onde se pode ter uma vista panorâmica estupenda de Napoli. Comprada pelo Estado, em 1919, mantém a estrutura original tanto do Palácio quanto do Parque. No Palácio, está hoje o Museu Nacional da Cerâmica e da Porcelana, com peças da Europa e do Oriente e peças belíssimas da cerâmica de Capodimonte.
























Para descer da Colina de Vomero, que é a mais vizinha tanto do mar quanto do Centro Histórico, usamos o funicular, que eu amo de paixão. Hoje, segunda-feira, estou um pouco nostálgica: saudade de família. Apesar disso, logo vou sair e andar por esta cidade , que, para mim, é a mais bonita do mundo – se bem que eu já disse a mesma coisa de Praga, Barcelona, Budapest, Cracóvia, Salvador, Istambul... 

sexta-feira, junho 06, 2008

Napoli - o encanto da diversidade





















Encantam-me as diferenças. Gosto de conhecê-las e reconhecê-las. Penso que foi essa a razão principal por que morei sete anos na Bahia. Conheci um pouco da cultura baiana e , de quebra, entendi melhor a minha cultura do Sul. Como superei a fase de fazer comparações e aprendi que cada lugar é único, transito bem em culturas diversas.
























Faz muitos anos que venho à Itália, principalmente ao Norte. Nos últimos três anos , entretanto, tenho vindo ao Sul, pela mesma razão por que morei na Bahia. Estou agora em Napoli, em Vomero, um bairro de classe alta, num apartamento, no quarto andar de um “palazzo”, na esquina de uma via pedonale, onde está o comércio “chic” da cidade . Importante: pago aqui muito menos do que pagaria num hotel médio, em qualquer capital do Brasil – ou até em Santa Maria.
























Concordo com Lídia, minha amiga de Roma, quando me diz que Napoli se parece com a Bahia, especialmente pela alegria, pela extroversão e pela facilidade com que se expressam . Já estou, como diz a Zeli, minha irmã, “amiga de infância”da senhora da Salumeria. Desde o dia em que cheguei, ela me aconselha e me diz o que devo ou não devo comprar. A cultura alimentar na Itália é muito forte e precisa. E se come muito bem em todas as regiões, mas o tomate do Sul é insuperável. A pizza margherita é uma instituição aqui : é a pizza verdadeira, segundo os napolitanos, feita basicamente com pomodoro, basílico e mozzarella. Em Napoli, tem-se o domínio dos “3 PP”: pasta , pizza e pomodoro ( tomate). Voltei faz pouco das compras - compra de alimentos. Comprei queijos saborosos, pão, salame e um litro de azeite de oliva extra virgem . Ontem o havia comprado errado: pedi azeite de oliva, não dizendo que devia ser extra virgem. Quando o abri, percebi que não tinha aroma nem gosto de oliva. Aprendi, então, uma coisa: o azeite extra virgem é feito com o esmagamento da azeitona natural. É o primeiro azeite que sai. Depois dele, aquece-se a azeitona e retira-se esse outro azeite de segunda mão, ou de segunda qualidade.
























Há bons restaurantes e cafés muito próximos do apto. Mas o que me faz lembrar muito da Cibele, da Zeli, da Alda e de tantas outras pessoas de que lembro sempre, é o comércio de roupas, sapatos, bolsas e acessórios. Alta qualidade – e altos preços naturalmente – em coisas belíssimas, elegantes e muito coloridas, lançamentos para o verão que está chegando. Posso ir caminhando, porque é bem perto, ao Castel Sant’Elmo, na ponta de uma rocha e de onde se tem inesquecível visão panorâmica da cidade; a La Floridiana, um palácio num parque grandíssimo, onde está o Museu Nacional da Cerâmica ( e da porcelana); e a Certosa di San Marino, antigo monastério que abriga hoje o Museu Nacional , com a coleção de presépios napolitanos e a história do teatro local. É muito forte realmente a tradição de cinema e teatro em Napoli, basta lembrar Sophia Loren e Vittorio de Sica. Napoli é , para mim, um mundo a descobrir. Reconheço que é uma fortuna estar numa cidade assim. Pretendo aproveitar bem este tempo e este lugar.



domingo, junho 01, 2008

Sicilia - Ciao!


Taormina com Etna ao fundo





















Amanhã, sairei da Sicilia. Vivi bastante bem, durante duas semanas, nesta ilha que me parece um país. Estive em Palermo, Bagheria, Cefalù, Erice, Marsala, Selinunte, Agrigento, Monreale, Mondello, Catania, Acireale, Siracusa e Taormina e Giardino de Naxos.






















Com Franco, Carmela e Federica, aprendi muito sobre a cultura , a história e a arte sicilianas. Sou muito grata pelos conhecimentos e pela solidariedade e amizade demonstradas.Queria ter ido a Ragusa, a Reserva dello Zingaro, a Segesta, a Piazza Armerina, a Modica, a Scicli, a Noto, a Messina e as ilhas próximas daqui. Ficam no roteiro da próxima viagem.


























Irei para Napoli e , dali, penso ir a vários outros lugares. Pensava ir a Malta, Tunisia e Sardegna. Agora já estou pensando em viagens mais próximas: Ischia, Procida, Capri, Amalfi, Salerno, Reggia di Caserta e Positano. Quero mesmo traçar Napoli. Ver ou rever tudo. Depois Roma e India.
Mas mudo muito meus itinerários.

Sicilia - Taormina




















Parece mesmo que eu deveria sair da Sicília encantada. Vi lugares lindos durante as duas semanas em que “ tracei “ a Ilha. A última cidade que visitei antes de partir foi realmente para ter vontade de voltar.

























Taormina é fantástica. Um presepinho antigo. Fundada por gregos, provenientes da vizinha Naxos, em 358 a.C. , localizada no alto de uma montanha, por onde se vai através de uma estrada tortuosa e belíssima, Taormina é um desses lugares “onde Deus passa as férias”. Dela se vê a Baía de Schisó, com o vulcão Etna ao fundo. Linda. 
























Há tanto o que se ver nessa cidade que nem sinto vontade de escrever. Queria mesmo era poder mostrar todas as fotos que fiz ou, melhor ainda, trazer aqui todas as pessoas que eu amo e todas as pessoas que eu conheço e que se emocionam com coisas bonitas..