Para os gaúchos, está bastante fácil ir à Foz do Iguaçu. Partindo de Porto Alegre, há vôos da TRIP , com duração de 1h10min, que podem ser adquiridos no site da AZUL. Só é difícil mesmo esperar no Aeroporto Salgado Filho, em POA, onde cafeterias e restaurantes são poucos e com atendimento ruim. O Aeroporto Internacional da Foz do Iguaçu/Cataratas é próximo à Rodovia das Cataratas, onde estão localizados muitos dos bons hotéis. Quem não pretende locar carro, pode fazer contato com o hotel reservado e agendar translados. A maioria dos hotéis faz isso sem custo para o hóspede. Ficamos hospedados no hotel Harbor Colonial, um quatro estrelas com boa relação qualidade/preço.
Para aproveitamento do tempo, é interessante já ter em vista os passeios que se pretende fazer. Compramos todos os nossos tours na agência de viagens do próprio hotel.
Gostamos muito do Parque das Aves - um bom programa para crianças : Pedro adorou - e das Cataratas. Embora eu já tivesse visitado a Foz, é sempre uma alegria voltar a ver esse fantástico espetáculo da natureza. Gostaríamos muito de visitar , detalhadamente, Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia. Não sabíamos, entretanto, que, para fazer a visita completa, incluindo a parte interna da construção da usina , as crianças devem ter , no mínimo, 14 anos. Não permitiram a entrada do Pedro, que tem 13 anos, frustrando, dessa forma, nossa visita. O tour pela cidade é quase desnecessário.Vai ao Templo Budista, onde não há quem dê informações sobre algumas particularidades que o diferenciam de outros templos. Leva para visitar a Mesquita Omar Ibn Al-Khatab, em que o problema continua sendo o mesmo,ou seja, ninguém para dar informações aos visitantes.
Tanto a mesquita quanto o templo integram a cultura religiosa da cidade e a vocação cosmopolita da Foz , que recebeu imigrantes árabes e chineses, dentre as 80 nacionalidades que coexistem nessa fronteira. Após a visita à Mesquita, atravessa-se o centro da cidade de Foz do Iguaçu, com muitos estabelecimentos comerciais, restaurantes e alguns hotéis. Nada que chegue a surpreender ou provocar um Oh!
Chegamos, então, ao marco das três fronteiras, do lado brasileiro é claro, de onde se vê também marco semelhante em território paraguaio e outro no lado argentino. É este um passeio bem agradável e interessante para que as crianças vejam uma tríplice fronteira. Interessante também de ver é o encontro do rio Iguaçu com o rio Paraná, um encontro que parece suave e harmonioso. Lamentamos a construção de um grande prédio, que nunca foi usado e já está deteriorado pelo tempo. Refiro-me ao Centro das Américas.
Não fomos nem a Ciudad del Este, no Paraguai, nem a Puerto Iguassu, na Argentina. Penso que ao Paraguai convém ir se interessa fazer compras. É necessário, para isso, enfrentar uma fila longa e demorada, com muito trânsito pesado. À Argentina, vai-se por outras razões, além das comprinhas possíveis. Os restaurantes são bons; a visão das Cataratas, fantástica. Para os adeptos da ecoaventura, há boas atrações: passeio de barco em meio às Cataratas, rafting, rapel, escalada em rocha e arvorismo.
Vivendo em meio a tanta beleza natural e a tanta diversidade humana, os habitantes de Foz do Iguaçu parecem ter sido mesmo contagiados e influenciados por diferentes culturas. São simpáticos, atenciosos, agradáveis. Recebem mesmo muito bem e procuram se fazer entender e compreender visitantes que são falantes de outras línguas, e os já moradores que professam diferentes crenças e vivenciam diferentes costumes. Aqui, na foto ao lado, está Pedro, tentando ver as imensas quedas de água. O olhar, entretanto, não dá conta. É beleza demais.
"Como o olhar, a razão
Deus me deu, para ver
Para além da visão.
Olhar de conhecer."
Fernando Pessoa
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