Eu nao queria sair da India sem conhecer um pouco do Estado de Uttaranchal. Havia lido muito sobre suas cidades e, como diz a Rosana, sobre seus cantos e encantos. Lamento que fiquei apenas uma semana. Como viajava de carro, entretanto, foi possivel visitar quatro cidades, incluindo a capital, Dheradum, que tem quase nada de interessante.
Eh impressionante o ziguezague que se faz aqui por conta das estradas inexistentes para conectar , as vezes, cidades do mesmo Estado. Para ir a Uttaranchal, sai de Himachal Pradesh, entrei em Punjab, depois em Haryana, onde dormi na cidade de Panchkula. Voltei a passar pelo Himachal Pradesch para, entao, chegar a Dheradum.
Nao fiz nem uma viagem de carro que a velocidade media superasse a 25 km/hora. Para fazer , um dia, 240 km, gastamos 10h!!! Eu olhava o mapa e ficava toda contente porque estavam perto as cidades que eu queria conhecer!Para percorrer os 30 km que separa Dheradum e Mussorie , leva- se quase duas horas.
Em Panchkula, visitei o Templo Sikh, onde fotografei parte do Templo e um sikh, impecavel com seu turbante de sete metros de tecido.Os sikhs sao muito atuantes na India, tanto religiosa como politicamente, e profundos seguidores dos principios de sua religiao,surgida a mais de 500 anos, tendo como um dos seus objetivos o combate a divisao do povo em castas. Eles dominam o Estado de Punjab, um dos mais desenvolvidos do Pais.
O assassinato de Indira Gandhi ( ela nao era parente de Mahatma Gandhi) foi uma resposta dos Sikhs a atuacao dela contra o sikhismo. Dizem que os dois segurancas - sikhs - que a mataram foram queimados vivos. Quando fui a Amritsia , capital de Punjab, e visitei o Golden Temple, chorei, como chorei em Auschwitz ao ver os desenhos das criancas. Mas chorei, no Museu sobre o massacre dos Sikhs, ao ver as fotografias , quando vivos e quando assassinados, de muitos homens daquela religiao, alguns com o rosto rebentado a tiros. Um horror!
De Old Manali a Dheradum, passa-se por lugares belissimos, como Kullu Valey , por onde corre o Rio Beas e por onde se percorre uma estrada linda de montanha ( fotografei as placas, caso voces queiram mais informacoes...)Kullu Valey eh conhecido como o Vale dos Chales. Eu havia comprado alguns clales na regiao tibetana. Em Kullu , nao resisti e comprei outros - lindos e baratos, de lã ou de seda. Ainda, ao longo do Rios Beas, estah a cidade de Mandi, que tem uma mesquita de impressionante beleza.
Almocei na estrada, no restaurante do Hotel Raja, em Jaro, Sunder Nagar, Distrito de Mandi - um restaurante tipicamente indiano, comida trivial muito boa e populacao local. Se eu jah nao estivesse acostumada com os olhares das pessoas, ficaria constrangida. Neste restaurante, como de resto em muitos lugares onde fui, as pessoas me olham, chamam a atencao de outras que tambem se viram para me olhar, comentam, apontam...muito engracado!
De Mussorie, fui para Rishikesh, a capital mundial da yoga. Cheguei num domingo de manha e me surpreendi com a primeira imagem - milhares e peregrinos chegando, gente de todo o tipo,carregando bagagens nas costas e oferendas nas maos.
Haridware estah localizado bem onde o Ganges, o rio sagrado da India, emerge do Himalaya. Aqui ocorre a mega Kumbh Mela, a cada 12 anos, que reuniu, no ultima vez , 20 milhoes de peregrinos - a proxima ocorrera em 2010. Eh uma cidade mistica , com impressionante numero de templos. Assisti aqui aa cerimonia diaria do anoitecer e aa do amanhecer. Pelas fotografias se pode ter uma ideia do numero de pessoas.
Lembro o poeta indiano Rabindranath Tagore, premio Nobel de Literatura:
" Despertei e vi que a vida era soh servico. Servi e vi que o servico era alegria" E eu acrescento : e descobri, depois do servico,muita coisa para fazer com alegria.
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