quinta-feira, abril 11, 2019

Correndomundo: 13 anos!



Foto : Isolda Branco 

Quando Correndomundo completou 11 anos, eu escrevi o tópico seguinte. "Este Blog foi muito, mas muito além do que dele eu esperava. Serviu como canal para reencontrar amigos, alunos, colegas e parentes; através dele conheci pessoas fantásticas que me possibilitaram valiosas interlocuções; foi não só espaço de registro de memórias, como também um companheiro em horas bem difíceis..."



Na Croácia, Nossa Senhora de Medugorje


Assim foi! É assim! Nele, escrevi o que sentia e o que sinto; nele, estão minhas dores e alegrias; nele, encontro  acolhimento, solidariedade e partilha; nele, meus netos acessaram minhas memórias . Li, em texto escrito por uma blogueira, que os blogs também reavivam fogueiras de inveja, especialmente de pessoas próximas aos viajantes. Acredito que comigo não aconteceu isso. 



Marcas da Guerra em Sarajevo

Viajar me é tão natural como caminhar, tão necessário como rir ou chorar - seja uma viagem  distante, seja na vizinhança. Busquei explicitar isso nos meus textos - se não o consegui, foi por incompetência minha. As pessoas que me lêem, portanto,  sabem o que vão encontrar.    Quando o abrem, é porque fizeram uma escolha. Quando retornam, é incentivo e carinho que procuro retribuir.       Com alegria e gratidão, percebi que o Correndomundo incentivava algumas pessoas a viajarem   -    parte da minha 
utopia de um mundo mais amplo, diverso, acolhedor e fraterno.


Detalhe de Monastério  Grego - Kavala

Nos últimos anos, tivemos a perda de pessoas muito amadas: Ronald, Cairo, Zeli, Mile e Aldina. Novamente, foi este blog meu lugar de respingar lágrimas e de receber afeto. Quando recebi o diagnóstico de câncer de pulmão, foi ele o espaço de externar meus medos e de relatar os momentos por que estava passando. Meu agradecimento às palavras de esperança e de encorajamento e ao apoio recebidos, em hora tão confusamente dolorida. Retribuo com gratidão e flores.




"Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E da ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu. 
"

Fernando Pessoa

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