Foto: Fabiana Menine |
"Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
Fernando Pessoa
Metade da minha vida senti essa nostalgia de fim de temporada em Torres. É como se eu me despedisse de cada objeto de estimação, de cada planta, de cada cantinho da casa e do jardim, de cada lembrança nítida de pessoas amadas que por aqui passaram, em mais de trinta verões. A árvore grande da foto era pouco mais que um arbusto quando chegamos, com as crianças, para o primeiro veraneio. Ela está em muitas fotos, com meninos e meninas de diferentes idades : filhos, amigos dos filhos; sobrinhos, amigos dos sobrinhos; filhos dos amigos e, ainda, afilhados e vizinhos. Muitas dessas crianças continuam aparecendo, agora com suas crianças. Como eu, a velha árvore preserva seu espaço - perde pedaços , mas não perde identidade. Continua sendo uma aroeira.
Metade da minha vida senti essa nostalgia de fim de temporada em Torres. É como se eu me despedisse de cada objeto de estimação, de cada planta, de cada cantinho da casa e do jardim, de cada lembrança nítida de pessoas amadas que por aqui passaram, em mais de trinta verões. A árvore grande da foto era pouco mais que um arbusto quando chegamos, com as crianças, para o primeiro veraneio. Ela está em muitas fotos, com meninos e meninas de diferentes idades : filhos, amigos dos filhos; sobrinhos, amigos dos sobrinhos; filhos dos amigos e, ainda, afilhados e vizinhos. Muitas dessas crianças continuam aparecendo, agora com suas crianças. Como eu, a velha árvore preserva seu espaço - perde pedaços , mas não perde identidade. Continua sendo uma aroeira.
Sempre quando estamos nos despedindo de algum lugar que voltaremos somente dentro de um ano, ou mais, vem a seguinte pergunta, será que no próximo ano estarei aqui novamente?
ResponderExcluiré claro que sim, mas todos os anos passo por isso.....
De fato, João, sempre vem essa pergunta...e um dia ela será verdade!Torço que demore!!!
ResponderExcluirDesejo que estejas bem. Teu filho é lindo. Beijos
Lindo texto, Tia Aldema!!! Beijos!
ResponderExcluirDeve ser realmente difícil despedir-se de um lugar desse hein tia?
ResponderExcluirO importante são as lembranças e os os bons momentos aí vividos, que ficarão guardados na memória de cada um que teve a oportunidade de desfrutar desse "cantinho".
Tenho certeza que cada despedida tem um gostinho especial!
Obrigada,.queridos sobrinhos. Bom fim de semana para vcs.Beijos
ResponderExcluirAldema,soubeste expressar com muita ternura um sentimento que também toma conta de mim ao deixar meu recanto em Atlântida !
ResponderExcluirBelo texto !
Abraço,
MT
MT
ResponderExcluirObrigada.
Sempre saio de Torres com medo de não retornar....e certa de que isso vai acontecer um dia...mas pode ainda demorar!
Beijos e bom final de veraneio.
Muito lindo seu texto... Também eu e minhas crianças temos fotos de sua casa e desta aroeira. Foi o nosso primeiro verão em praia gaúcha, em 1984. Sou muito grata a você. Tenho lindas fotos dos meus 4 pequerruchos brincando neste jardim. Ainda esses dias revi essas fotos. Beijo, com saudades!
ResponderExcluirCleuza
ResponderExcluireu até poderia fazer uma " exposição de fotos " ( Crianças e Aroeira ). Foram muitas e todas lindas - como os teus pequenos.
Saudades e beijos
Aldema,
ResponderExcluirCada partida é um novo começo. Onde será que você vai agora? Sei que não sossega muito tempo no mesmo lugar. E isso é muito bom.
Boas andanças!!!!
Bj
Claudia
Claudia, ainda estou sob o impacto do teu texto sobre o Peru. Belíssimo.
ResponderExcluirVou fazer umas "charadinhas" para onde irei no final deste mês...Aprendi isso contigo! Obrigada.
Beijos