Chegada no Oasis de Chebika |
Chebika, Tamerza e Midès estão entre os mais famosos oásis de montanha na Tunísia. Os três ficam bastante perto da fronteira com a Argélia e perto também de Tozeur ( 60 km ). A viagem Tozeur/Chebika , entretanto, parece longa porque as estradas são tipicamente estrada de deserto, inclusive mudando seu traçado, algumas vezes, em função dos ventos. Os ventos eventualmente constroem e destroem dunas, mudando-as inclusive de lugar.
No tempo do Império Romano, esses oásis foram utilizados como pontos de observação, porque estavam em lugares altos de onde os romanos podiam comunicar-se com outros postos através de sinais com espelhos.Durante séculos, os povos desses oásis produziram tudo o que necessitavam para alimentar-se. A descoberta do fosfato na região, entretanto, mudou essa situação pois os habitantes dos oásis abandonaram, ainda que em parte, o cultivo da terra e foram trabalhar na mineração.
Houve , com isso, mudanças nos costumes e as tradiçoes, acentuada hoje pelos numerosos turistas que visitam os oásis e visitam também, no alto de uma montanha , o que restou de um avançado posto romano de observação. A maior atração de Chebika é esta cascata, de onde jorra água limpa e morna, formando um pequeno lago e daí, alimentando um sofisticado e eficiente sistema de irrigação - o que possibilita o cultivo de frutas diversas.
Quem nos mostrou o oasis, através de uma longa e difícil caminhada (uffa!), foi um habitante local ( foto 3) , um berebere, falante de seis idiomas, aprendidos, segundo ele, aqui mesmo, no contato com gente de todo o mundo. Tamerza é o maior oásis de montanha da Tunísia. Tem um panorama espetacular, que pode ser visto no filme O Paciente Inglês , dirigido por Anthony Minghella. Tem-se aqui dois bons hotéis, com vista privilegiada - no Hotel des Cascades o café é bom e isso para mim já marca muitos pontos! Também em Tamerza está o mausoleu de Sidi Tuati, local de peregrinação, desses que eu coleciono para fazer curriculum para o céu.
Morador do Oasis de Chebika |
A vida em Midès é similar aos outros dois oásis. A economia baseia-se no comércio de frutas , principalmente romãs, e tâmaras. Em Midès , impressiona muito um cânion , estreito e profundo, circundado por vegetação abundante. Ele ainda é um oásis menos visitado do que os outros onde estivemos. Nota-se isso pela infraestrutura que oferece a quem chega. Fora as rosas do deserto e alguns pequenos tapetes, nada mais há para venda - e num local como este, quanto mais turistas, mais vendores.
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