Amo a arquitetura de Toledo: palácios, igrejas, mesquitas, sinagogas. Acima de tudo, como Fernando Pessoa, eu amo o Tejo:
"Patente me farei aos do Ocidente
"O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele."
Quem está ao pé dele está só ao pé dele."
Fernando Pessoa
PS. Recebi de Pedro Leal Fonseca, que hoje é médico em Santa Catarina, mas que eu continuo chamando-o de Pedrinho, como quando eu o conheci, criança ainda. Irei postar aqui, com a devida licença dele.
Olá Aldema. Lendo a poesia de Fernando Pessoa que está no seu blog lembrei da "profecia de Serra de Sintra":
Tejo, perto de Toledo |
"Patente me farei aos do Ocidente
Quando a porta se abrir lá no Oriente.
Será coisa pasmosa quando o Indo,
Quando Ganges trocar, segundo vejo
Seus espirituais efeitos com o Tejo"
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