Catedral de Santo Estêvão |
A primeira e a segunda vez que eu estive na Áustria, foi para visitar Frederico, meu sobrinho, que estava fazendo o segundo grau em Viena. Atualmente, ele é professor na UFSM, onde entrou com doutorado concluído - já se vão, portanto, muitos anos de convívio com esta capital magnífica e rica ...também em história. A ela retornei muitas vezes, apesar de os austríacos não serem nada simpáticos.
Complexo do Palácio de Hofburg |
Neste ano, Pedro e eu estivemos aqui no mês de janeiro. Nevava muito - mas eu só gosto de neve em montanhas distantes ou em fotografias. Apesar da neve, entretanto, foi um belo passeio. Desta vez, faz muito calor, os austríacos fazem jus a impressão que deles eu tenho...e a cidade continua rica belíssima e cara
Monumento ao Imperador Francisco I |
Tenho alguns pontos de referência na cidade, por onde gosto de andar. Costumo percorrer toda a Mariahilfer Strasser, a mais importante avenida comercial de Viena, cujo comprimento supera três quilômetros e meio. Nela, encontramos muitos conhecidos nossos, inclusive a Pandora - originada na Dinamarca e hoje sucesso no mundo inteiro, com direito a falsificações ( imaginem de quem...).
Mariahilfer está situada entre o Museumsquartier e a Westbahnhof - estação de trens reformada e ampliada há poucos anos. Eu costumava me hospedar nas imediações dessa estação, tendo, entretanto, sido alertada ( ou assustada) sobre inseguranças no local, hospedei-me, desta vez, no funcional e honesto padrão-três-estrelas-esperado, Ibis Mariahilfer ( Mariahilfer Gürtel 22-24, 06. Mariahilf, 1060 Viena, Áustria ) .
Museumsquartier - um dos acessos internos |
Inaugurado em 2001, o Museumsquartier tornou-se iniciativa de grande sucesso. É a oitava maior área cultural do mundo - 60000 m2. Visita imperdível para ver ali, além da beleza e graça de seu entorno, os museus Leopold, famoso pela sua coleção de Shiele e Klimt e MUMOK, museu de arte moderna, com obras de Pablo Picasso e Andy Warhol. Vale referir ao Zoom Kindermuseum, onde Pedro, literalmente, mergulhou no gramado.
Kindermuseum, |
No Stadtpark, está um dos monumentos mais bonitos e mais fotografados de Viena. Refiro-me à estátua de bronze e ouro de Wolfgang Amadeus Mozart. Mozart nasceu em Salzburgo, em 1756, mas viveu dez anos de sua complicada vida em Viena, onde morreu em 1791 e está sepultado num cemitério vienense. A estátua foi criada em sua honra por Viktor Tilgner em 1896. Junto a ela, permanentemente há muitas flores.
Foto by Adriana Fuganti Wagner |
O símbolo de Viena e sua mais importante obra em estilo gótico, acredito ser a Catedral de Santo Estêvão - Stephansdom. Foi construída no lugar onde havia uma basílica românica, em meio a um cemitério ( 1147). Através dos séculos, sofreu acréscimos e danos, como um incêndio provocado por vândalos em 1945.
Stephansdom no inverno - janeiro de 2016 |
Sofreu um incêndio em 1258 e foi reconstruída novamente em estilo românico. Dessa antiga construção restam o Grande Portal e duas torres pagãs. Seu principal símbolo, a Torre de Santo Estêvão, obra magnífica da arquitetura gótica, mede 137 metros de altura. O sino, que se encontra , desde 1957, na Torre das Águias, é um dos maiores da Europa - toca uma vez por ano, para anunciar à cidade de Viena a entrada do Ano Novo.
Stephansdom no verão - agosto de 2016 |
Penso que se conhece bem uma cidade quando podemos vê-la ao menos no verão e no inverno - seria ótimo , nas quatro estações do ano! E vê-la também tanto de dia, quanto de noite. Embora eu goste muito do inverno europeu, considero um grande inconveniente as poucas horas de claridade: voltar, à noite, para o Hotel e ver que são 17h...sempre me parece desperdício de tempo. Verão seria excelente, não fosse o excesso de gente em todos os lugares, inclusive nos trens.
Verão de 2016 |
Áustria é um país católico - sua capital, idem. A maioria da população - ao redor de 70% - é adepto do catolicisno. Os dados estatísticos até poderiam ser dispensados pela visão frequente de grandes e belas igrejas, monumentos e imagens. Além da Catedral de Santo Estêvão, vale visitar a Igreja de São Pedro ( 1733), com muitos tesouros barrocos; a Igreja de São Miguel, edificação românica de 1220; a Igreja Maria am Gestade ( 1428 ) que tem uma bela cúpula gótica; a Igreja de São Carlos, barroca, em estilo italiano; e , entre tantas outras, a Igreja dos Jesuítas, a dos Dominicanos, a dos Franciscanos...
Coluna da Peste |
Após meu retorno, pretendo acrescentar mais informações sobre Viena, especialmente sobre o Complexo do Palácio de Hofburg, o Palácio de Schonbrunn, o Parque de Diversões Wiener Prater, a Biblioteca Nacional, a Ópera de Viena, o Parlamento, a Universidade e muito mais. Neste momento, é impossível.Viajando desde maio, preciso me organizar para retornar. Importante lembrar que os táxis vienenses não são caros e que o transporte público e suficiente e de ótima qualidade. Há facilidade de obter mapas da cidade e do metrô nos hoteis e nos centros de informação.
Detalhe dos Jardins do Belvedere |
Já escrevi mais postagens sobre Viena e sobre outras cidades da Áustria. Deixo-lhes o link de algumas: http://correndomundo.blogspot.com.es/2016/01/viena-1a-parte.html
http://correndomundo.blogspot.com.es/2016/01/viena-tradicao-e-modernidade-2aparte.html
O original de O Beijo está no Belvedere, onde fotos são proibidas. O museu, no entanto, teve a sensibilidade de colocar, numa saleta ao lado, essa réplica como espaço destinado a selfies. Uma menina japonesa, muito gentil, fez esta foto minha Quem ainda não viu A Dama Dourada, aconselho a ver. O quadro de Klimt, referido nesse filme, estava aqui, neste Museu. Atualmente, está num Museu de Nova Iorque.
Jardins de Hofburg |
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."
Fernando Pessoa
Ciao,Ciao, bela Viena. |
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