Monastério de San Pablo |
No AVE - trem de alta velocidade - vai-se de Madrid a Cuenca em 1h02min. O bilhete custa - ida e volta - custa 56 euros. Se for uma pessoa com mais de 60 anos, portadora de Tarjeta Dorada, pagará 25% menos nos feriados e fins de semana e 40% nos demais dias. Essa Tarjeta pode ser comprada em qualquer estação por 6 euros.
A estação de trens de Cuenca é nova, simples, funcional e com arquitetura arrojada. Está distante 6 km do Centro Histórico, onde se pode chegar de ônibus ou de táxi - o táxi custa 12 euros, mas lhe poupa uma subida íngreme...depois, para descer....bem....todo o santo ajuda.
A nova estação para trens de alta velocidade |
Entrada para o Castelo |
O Centro Histórico, Patrimônio Mndial da UNESCO, encanta pelo castelo , pelos demais prédios medievais e pelo local onde tudo isso foi construído. Está num morro, entre os desfiladeiros dos rios Júcar e Huécar. Com poucos minutos de caminhada, chega-se a trilhas de onde se avistam rochas, verdes e as famosas casas colgadas, grande atração da cidade.
Casas Colgadas - material promocional |
As construções mais emblemáticas e conhecidas de Cuenca são mesmo as Casas Colgadas, que se sobressaem do desfiladeiro íngreme do rio Huécar. Suas varandas de madeira ficam no ar, no vazio, dependuradas nas casas, como uma extensão das rochas - num vazio que eu teria medo até de olhar para baixo.
Casas penduradas |
Não se sabe exatamente qual sua origem, e estima-se que suas construções remontam ao século XIV. Atualmente, três delas estão recuperadas, sendo que, em duas delas, está localizado o Museu de Arte Abstrata Espanhol.
Ruazinhas de Cuenca |
Realmente a melhor atividade em Cuenca é caminhar, caminhar muito, perder-se em suas ruazinhas estreitas e com muitas curvas. Atravessar túneis. Descer escadarias que parecem não ter fim....lembrando que , depois, precisará subi-las.
Ruazinhas |
Haja fôlego. Haja fôlego mesmo. As paisagens, entretanto, compensam o esforço realizado. Ainda no Centro Histórico - que todo ele poderia ser chamado de museu - destaque-se a Catedral , construída no terreno da principal Mesquita, a partir de 1177, depois da reconquista de Afonso VIII.
Catedral |
Outro destaque é o Convento das Carmelitas Descalças, um edifício do século XVII, situado na primeira praça, quando se desce do Castelo. Atualmente, o convento está completamente renovado e é a sede da
Universidade Internacional Menéndez Pelayo, o vice-reitorado da
Universidade de Castilla-La Mancha.
Convento das Carmelitas |
Cuenca é uma cidade estudantil - o que determina que seja bastante movimentada e com vida noturna bastante agitada. Essa movimentação jovem toda não se dá no centro antigo; dá-se no centro novo, onde se encontram muitos bares de tapas. Como em toda a Espanha, a vida noturna começa tarde, bem tarde.
Pedro explorando os arredores do Castelo |
Na base da montanha, está a cidade nova - uma cidade comum como tantas outras. A população total de Cuenca não alcança 70 mil habitantes. O prédio mais interessante que vi , nessa parte nova, foi a praça de touros. No Centro Histórico, vivem poucos moradores. O que se vê mesmo é um significativo número de turistas e visitantes.
Casas Colgadas |
Há muitos restaurantes, hoteis e pousadas em Cuenca. Almoçamos no Restaurante San Nicolás, que nos foi indicado como um dos melhores da cidade. Escolhemos dois pratos típicos : Rabo de Toro Estofado en Salsa de Vino Tinto - ou seja, espinhaço de carne bovina com molho de vinho tinto - e Riñones al Jerez. Os dois pratos, excelentes. sobremesa , uma delícia: Espuma de Castanha com chocolate quente.
Rabo de Toro Estofado - e caro! |
La Mancha - especialmente em Cuenca e Albacete - é a região que mais produz açafrão, aquele tempero tão apreciado no mundo inteiro e que a Espanha tem a liderança no mercado de vendas. É um tempero que está entre os mais caros - pudera! para fazer um kg de açafrão necessita-se de 160 mil flores.
Acesso à parte antiga |
" Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência.
Gozo a brisa que me dão e a alma que
me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro.
Se o que deixar escrito no livro
dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem.
Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também."
Fernando Pessoa
Gozo a brisa que me dão e a alma que
me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro.
Se o que deixar escrito no livro
dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem.
Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também."
Fernando Pessoa
Detalhe do Castelo |
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