Centro Histórico de Santiago de Compostela |
Aqui mesmo, no Correndomundo, escrevi sobre lugares religiosos que, ao longo de muito anos, eu havia visitado, procurando, assim, garantir , com rezas e presença, um lugarzinho no céu - já que meus méritos na terra são bastante modestos.
Peregrinos do mundo todo... |
Foram muitas e diversificadas minhas visitas : de templos indus a terreiros de candomblé. Tracei seguramente mais de uma centena de sítios sagrados. Sentia, entretanto, falta de mais alguns, entre eles, Santiago de Compostela, uma das maiores cidades peregrinas, que recebe cerca de quatro milhões de visitantes por ano.
Parte da Igreja em reforma |
Declarada Patrimônio da Humanidade, em 1985, pela UNESCO, é a capital política e administrativa da Comunidade Autônoma da Galícia. Impressiona pela arquitetura, pela arte, pela atmosfera que mescla a constante movimentação de peregrinos, turistas, visitantes, executivos e estudantes universitários.
Detalhes do altar da Catedral |
Com mais de cinco séculos de história, a Universidade de Santiago de Compostela abriga cerca de trinta e cinco mil estudantes. Estivemos, Cleber, meu sobrinho e eu, quatro dias em Compostela, dedicados basicamente ao Centro Histórico, onde se concentram os principais monumentos da cidade... e fantásticas cafeterias.
Centro Histórico |
Além da parte estrutural e funcional da cidade, pode-se estar horas e horas a observar os diferentes tipos humanos que transitam pelas ruas - sempre com muita gente em constante movimento. Os peregrinos são facilmente identificados pelos cajados, pelas mochilas e , talvez , pelas expressões de paz e serenidade. São adolescentes, jovens, adultos e muitos, mas muitos mesmo, velhos - em idade e quantidade. Vamos no próximo ano?
Procurei saber sobre as origens da cidade. Tudo remete ao achado do sepulcro do Apóstolo Santiago em 813. Um eremita - Paio - teria vislumbrado estranhas luzes , em forma de estrelas, sobre o monte Livredón - Campus Stelae ( Campo de Estrelas ) de onde provém o nome Compostela.
O fenômeno foi levado ao conhecimento do Bispo, que foi ao lugar indicado pelo eremita, acompanhado de pessoas de sua confiança. Chegando lá, descobriram um monumento funerário com três corpos. Na cabeça de um deles , estava a identificação de Santiago. Os outros dois seriam seus discípulos Teodoro e Atanasio.
Há muitos detalhes que explicam ou tentam explicar como os cadáveres chegaram até o lugar onde hoje se ergue a cidade. Lenda ou não, o relato atraiu, já no século IX, os primeiros peregrinos. Encontram-se, ainda, em diferentes textos, anotações sobre disputas de poder, envolvendo igreja e reinados, na configuração econômica trazida pela fama do local. Até aí, nada de novo...
Ao admirar-se a Catedral, seguramente uma das maiores obras barrocas da Espanha, é impossível não relembrar os grandes mestres de obra e arquitetos, que, vindos de diferentes localidades, ali trabalharam durante longo tempo. Foram eles que, mais além da construção da Catedral, deram identidade à Compostela, tornando-a um harmônico conjunto barroco, mundialmente reconhecido.
Detalhe do Centro Histórico hoje |
Centro Histórico |
O fenômeno foi levado ao conhecimento do Bispo, que foi ao lugar indicado pelo eremita, acompanhado de pessoas de sua confiança. Chegando lá, descobriram um monumento funerário com três corpos. Na cabeça de um deles , estava a identificação de Santiago. Os outros dois seriam seus discípulos Teodoro e Atanasio.
Missa dos peregrinos |
Há muitos detalhes que explicam ou tentam explicar como os cadáveres chegaram até o lugar onde hoje se ergue a cidade. Lenda ou não, o relato atraiu, já no século IX, os primeiros peregrinos. Encontram-se, ainda, em diferentes textos, anotações sobre disputas de poder, envolvendo igreja e reinados, na configuração econômica trazida pela fama do local. Até aí, nada de novo...
Detalhe da Catedral |
Padre Fonseca II, consolidador da Universidade. |
Um dos prédios da Universidade |
Um dos verdes parques de Santiago de Compostela |
Esculturas do parque acima |
Alo nas tardes caladas,
Fanse mais duras as penas,
Que nas brandas alboradas.
Aló nas tardes sombrisas
Aló nas tardes escuras,
Fanse mais cortas as risas
Mais negras as desventuras."
Igreja de São Francisco |
"Pasam n' aquesta vida,
Cousiñas tan estrañas,
Tan raros feitos vense
Neste mundo de trampas
Tantos mlagros vellos
Tan novas insinanzas
E tan reboltos allos
Com nome d' ensaladas,
Que non che digo nada...
Pero vaya!"
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