sexta-feira, junho 25, 2010

Suzhou





















De Hangzhou, fomos de trem para Suzhou, cidade que tem cerca de 7 milhões de habitantes e 2500 anos de existência. É famosa por seus canais e seus magníficos jardins.





















No 6º. Século a.C. , construíram-se os primeiros desses canais para controlar o lençol freático da área. Mil anos após, foi construído o Grande Canal, com 1900 Km – ainda hoje o maior do mundo – ligando Pequim a Hangzhou. Os canais de Suzhou passaram, então, a conectar – se com o Grande Canal.





















A cidade tem fama de ser elegante e requintada e nela se produzem sedas maravilhosas até hoje. Já foi chamada de The Venice of the East.O Museu da seda , além de bonito, é bastante informativo. A documentação da história da produção da seda é ampla, incluindo os antigos teares com a demonstração de seu funcionamento. É claro que as modernas máquinas e programas, atualmente usados, não são mostrados – nada de facilitar  a espionagem industrial.




























Uma parte do museu mostra os bichos-da-seda, alimentando-se de folhas de amoreira e fiando seus casulos. A seda existe há cinco mil anos ou mais. Foi, todavia, na Dinastia Tang 618 – 907). que todos os chineses tiveram licença para usá-la, já que antes um privilégio dos nobres.  




















Na China, a seda era produzida em casa, pelas mulheres . Consistia, no entanto, um mistério e uma curiosidade para o ocidente. Foi o Imperador Justiniano que , no ano 600, roubou o segredo da seda e ampliou o seu uso.Encantaram-me os padrões e as cores das sedas, a delicadeza e a combinação de cores. Comprei somente um lenço. Os preços eram bem altos.






















Hoje, a China mantém o Instituto de Pesquisa do Bordado em Seda, onde trabalham mulheres especializadas em bordados dos dois lados: uma flor que, de um lado tem uma cor, do outro, outra cor; ou um gato, com olhor verdes de um lado e olhos azuis do outro. Além das sedas, Suzhou é conhecida por seus maravilhosos jardins.





















Estive, durante uma tarde, no Jardim do Administrador Humilde, considerado o melhor da cidade. O tempo todo eu pensava no alto funcionário aposentado que o criou - só não o entendia como “administrador humilde”. O jardim é magnífico nos dois hectares que ocupa.





















Como em todo o jardim chinês, são quatro os elementos básicos de sua construção: as pedras, a água, as plantas e a arquitetura. Estive também no Jardim do Mestre das Redes, iniciado em 1140 e que tem esse nome porque um de seus donos sonhava ser um pescador perfeito. Contempla a presença do conceito taoista que os jardins chineses desenvolveram: paisagem e serenidade.





















São lindos os penjing, precursores do bonsai japonês. Essa “arte de criar uma paisagem em miniatura” surgiu na Dinastia Tang. Nesse jardim, vi penjing com 400 anos. É muito bonito o Pavilhão para Olhar a Lua, onde se pode vê-la, em determinados dias, no céu, num espelho e refletida na água. Os jardins de Suzhou estão listados , na UNESCO, desde 1997, como World Heritage Site.





















A Colina do Tigre, onde está enterrado He Lu, o fundador de Suzhou, tem a fantástica história de que um tigre branco, que apareceu três dias após a morte de He Lu e se recusa a sair dali - nessa região não existem tigres brancos.






















No mesmo local, visita-se o Pagode da Nuvem branca, que, a cada ano, inclina-se mais. Realizando procedimentos para evitar que esse Pagode caísse, encontraram -se sutras budistas do século 10 e o registro do ano em que foi construído: 959-961. 





















Suzhou - somente 50 km a nordeste de Shanghai, tem outras tantas atrações , mais complexas ou mais simples - como uma fábrica de sombrinhas de seda e bordadas . É também uma cidade limpa, bonita e agradável - boa de conhecer.


Um comentário:

  1. Rinhas, com urgência, de transformar teu blog num livro ilustrado. Pequenas revisões/adaptações aqui e acolá e teremos um best-seller. Quero ser o comprador do primeiro volume.

    Bj
    James Pizarro

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