segunda-feira, outubro 29, 2018

Lituânia : Países Bálticos

Lituânia : fotos e comentários breves




















Costuma-se dizer que, na Lituânia, as três palavras mais usadas começam com a letra "B" : Biblia, Beer ( cerveja) e Basquete - não necessariamente neste ordem.























Tendo em vista meu Curriculum espiritual , fui  à Colina das Cruzes, local de peregrinação católica. Conta a lenda que , nesse lugar, antigamente, foram massacrados três franciscanos. Durante o período soviético, as cruzes eram arrancadas durante o dia e repostas durante a noite - nunca se soube quem fazia essa reposição.






















Vilnius tem quarenta igrejas e mil e quinhentos edifícios históricos. A Catedral - neoclássica - é o centro da vida espiritual da Capital . É importante ver também a Capela de São Casimiro, edifício barroco de rara beleza , construído em 1623-1636.





O artesanato lituano é bem bonito  e original, com destaque para os bordados e as peças de âmbar - como este tabuleiro de xadrez.





Ainda me encantam e surpreendem a beleza das cores variadas de mármore, encontradas nas igrejas principalmente.





Penso na Lituânia como o País de um povo com identidade muito forte, embora tenha passado pelo domínio da Rússia, da Polônia, da França e da Alemanha - um País que não perdeu suas raízes históricas e tornou-se uma nação ultramoderna, bastante conhecida hoje na Europa.



quarta-feira, novembro 09, 2011


Lituânia: portas e portões



















Gosto dos detalhes, do formato, das cores de portas e portões. Observem a delicadeza dessas ovelhinhas - e eram muitas e diferentes entre si.




Porta de entrada do Castelo de Trakai , que foi descrito como "uma fortaleza capaz de resistir a qualquer invasor".




Nas igrejas antigas , é comum se encontrar esta superporta com uma pequena porta para ser usalmente aberta.Interessante que a portinha foi feita para pessoas de baixa estatura.





Gosto de portas e portões. Aguçam minha curiosidade. O tempo todo me pergunto o que haverá quando forem ultrapassados.




As portas , internas e externas , do Castelo de Trakai são bonitas, especialmente pela parte trabalhada em ferro - como esta.



"Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais."

Fernando Pessoa



É também do Castelo de Trakai este adereço. Por favor, atentem para o trabalho de quem o fez - e não para a foto mal enquadrada.

domingo, novembro 06, 2011


Lituânia: Vilnius e Trakai

























Bonito País. Muito verde,muitos lagos, terras com , mais ou menos, duzentos metros acima do nível do mar, edifícios imponentes, gente elegante, bonita e gentil. São três milhões e quinhentos mil habitantes, sendo 84% de lituanos mesmo. Com difícil história de invasões, dominações e lutas, com terrível massacre de uma das maiores comunidades judaicas do mundo, a Lituânia tem hoje espaço na União Europeia , onde ingressou em 2004, e condições para desenvolver-se, mantendo sua identidade cultural e valorizando essa história que tem mais de 800 anos.




















Lamentamos  ter permanecido apenas três dias nesse País que merecia bem mais. Visitamos somente a capital, Vilnius, e o vilarejo de Trakai, em que estivemos para ver o Castelo. Precisaríamos de bem mais tempo, para poder percorrer todas as regiões deste País, que é, geograficamente, o maior dos três Bálticos. Vilnius , cuja Cidade Velha é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1994, demonstra ter intensa vida cultural. Já foi Capital Europeia da Cultura, em 2009. São muitos os anúncios de peças teatrais, apresentação de orquestras sinfônicas, óperas, concertos de câmara e balê clássico. Também a pintura e a escultura estão bem presentes, assim como apresentações folclóricas e tradicionais do País.






















Em junho, por exemplo, há o Festival da Vaca Nadadora, que eu gostaria muito de ter visto. Nesse Festival, as pessoas, usando trajes folclóricos, fazem muita festa, enquanto olham as vacas, coroadas com flores, serem levadas aos lagos que atravessarão nadando. Deve ser o maior barato!
Em fevereiro, há outro Festival que me pareceu interessante - é o início da despedida do inverno. As pessoas despedem-se dele usando máscaras de bruxas, diabos e assombrações e consumindo muitas e variadas comidas e bebidas.























Trakai , há 25 km de Vilnius, foi a antiga capital da Lituânia. Lá está o belíssimo Castelo de Trakai, um castelo gótico situado numa ilha do Lago Galvë. Na Idade Média, esse Castelo foi uma fortaleza que serviu como defesa contra os ataques dos Cruzados.Pode ser visto a partir das praias do Lago e a ele se chega por uma encantadora ponte , que liga a praia à ilha, ou em barco que são alugados por hora. Um fato interessante é que o Castelo foi destruído por russos, em 1655, e teve, em 1950, a aprovação de sua reconstrução, que terminou em 1987, também por russos.
























Muitos lugares desta Capital merecem uma visita bem mais demorada que a nossa, como, por exemplo, a Rua Pilles, uma das mais antigas da cidade e com um comércio variado e de boa qualidade - fantástico o comércio de âmbar ; a grandiosa Universidade de Vilnius, que ocupa grande parte da Cidade Velha; a Catedral de Vilnius, com elegante fachada neoclássica; as igrejas , museus e galerias; o Morro das Três Cruzes, que dizem ser o símbolo de Vilnius e que tem  uma história interessante , que remete ao século XVI; a Praça da Prefeitura e o Centro de Arte Contemporânea.
























Gostaria muito de ter permanecido nove dias - como permaneci em Tallin - aqui na bela e histórica Vilnius.Tenho planos para retornar - só preciso de mais tempo na terra ou de mais vidas andarilhas. Da Lituânia, viajando num ônibus de "pagar pecados", desses que ninguém merece, fomos, em nove horas, para a Polônia. Varsóvia, depois Cracóvia, aguardavam-nos !

domingo, outubro 28, 2018

Letônia ou Latvija

Fotos e comentários sobre Riga




















A Cidade Velha  – centro histórico de Riga – é circundada por dois rios. Um deles teve uma de suas margens transformada em parque , pleno de árvores, flores, esculturas , monumentos históricos e lugares para muita gente estar. Lugares pacíficos, limpos e bonitos.





















Num restaurante, em Riga, comi uma salada fantástica, feita com  filé de frango , grelhado e cortado em pedaços; omelete fininha, enrolada e cortada em rodelas; azeitonas pretas; pedaços de abacate; cogumelos; alfaces de diferentes cores , rasgadas em pedaços; molho rose com uma pitada de conhaque.



























Na mesma quadra do hotel onde estamos hospedados, está o prédio da Academia de Ciência, o maior edifício de Riga quando de sua construção. Obra polêmica pela mistura de estilos e de símbolos, ganhou logo o apelido de Bolo de Aniversário de Stalin.






















Comovente o monumento dedicado a todas as crianças que foram deportadas para a Sibéria , no período de 1941 a 1949.



























Seria isso um “puxadinho”medieval?



























No Centro Antigo de Riga, vi a estrutura de uma grande árvore de Natal , toda com pedaços retangulares de espelho. Além de produzirem um som interessante , refletem diferentes cores durante o dia , de acordo com as cores usadas por quem a está olhando e as cores das árvores e dos edifícios próximos.





















Dizem que a melhor maneira de conhecer Riga é caminhando ou pedalando. Há bicicletas disponíveis em vários pontos. Como não sei andar de bicicleta, porque, quando criança, só aprendi a andar a cavalo, caminho por todas as cidades...e caminho muito.




























A Igreja Anglicana, bem localizada, demonstrar precisar de mais cuidados, a começar pela escada que dá acesso à porta principal. É, entretanto, muito bonita.






















O outono é uma estação muito especial : as folhas caem parecendo dançar ao som da brisa suave; os pinheiros parecem aumentar seu verde forte para receber a neve; a água, os caminhos escuros de asfalto e a superfície da água ficam enfeitados por folhas de diferentes formatos e tons, do amarelo claro ao vermelho.




Visitamos , na praça da Cidade Velha, a uma exposição de animais e frutas, feitos com pedra bruta e ferro  batido. Muito bonita mesmo.

Letônia ou Latvija




















Conheci,na Letônia, - em letão, Latvija -  apenas Riga,sua capital e maior cidade da região dos Bálcãs.Viajei pelos campos letões, de ônibus, vindo da Estônia e indo para a Lituânia. O que vi , foram "campos europeus ": limpos,bonitos, produtivos, com muitas florestas e lagos. Li comentários sobre o futuro turístico do País, que apontam para o ecoturismo , nas antigas fazendas, como uma realidade próxima.










































Há investimentos no turismo, primeiro na capital, depois em áreas ao seu redor e, agora, em área mais distantes. Os grupos de turista, que a todo momento encontramos nas ruas de Riga, prova que esse investimento está dando certo . Que bom que o ampliasse mesmo, já que dizem ser a fronteira com a Rússia, no extremo oeste, uma área bonita, mas pouco desenvolvida. Quero muito visitá-la.








































Mesmo antes de 1200, ou seja, da chegada dos cruzados germânicos, a Letônia já dava mostra de sua existência, negociando com mercadores de lugares distantes. Em tempos bem mais próximos, sofreu a ocupação da Alemanha nazista e da Rússia soviética. Fez-se livre a partir de 1991 e procurou, então, acelerar sua modernização, perseguindo, assim, qualidade de vida para seus três milhões de habitantes, a maioria letões ( 60%) e russos ( 30%).





















iga é uma cidade admirável. Tem-se nela todos os estilos arquitetônicos : do gótico ao neoclássico. Possui um Centro Histórico - Cidade Velha -  que é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, em especial pelos seus edifícios em estilo Art Nouveau.Percorremos essa cidade a pé. A maior parte das suas atrações estão dentro das " muralhas", á margem direita do rio Daugava.Muitas igrejas, museus,torres,prédios e monumentos tornam o passeio inesquecível.
























Castelo de Riga, onde assistimos à troca de guarda,  e a Casa dos Cabeças Pretasmerecem um tempo especial de visita.São, de fato, muito bonitos.Também um tempo especial deve ser dedicado à Praça da Prefeitura,que foi o centro do poder em Riga, juntamente com o Castelo e a Catedral, para discutirem negócios e fazerem festas. A Casa dos Cabeças Pretas foi construída, originalmente, em 1334. Ao longo do tempo, passou a pertencer aos comerciantes estrangeiros, solteiros e ricos,que aí se reuniam para fazer festas e discutir negócios. Hitler iniciou a destruição delas em 1941. A fantástica recuperação se deu em 1999.






















Ficamos hospedados fora da Cidade Velha, há quatro quadras do centro, perto do imenso Mercado Central, que ocupa cinco hangares, no Subúrbio ( Bairro) Moscou. Muito próximo ao hotel, um prédio marcante, que foi o maior de Riga, a Academia de Ciências, chamado , ironicamente, de Bolo de Aniversário de Stalin. Foi construído entre 1953 e 1957, em estilo falso-barroco, com uma mistura de símbolos que lhe valeram muitas críticas. Região bonita e tranquila, gostei de ficar ali.























Num mesmo dia, fizemos duas visitas importantes, ainda que em lugares bem diferentes: fomos ao Museu do Motor, um pouco longe do centro e, perto dele, ao Memorial do Holocausto, na Floresta Bikernieki. Esses dois lugares, um de rir e outro de chorar, eu os comentarei em post separado. Quero muito retornar à Letônia. Há muitos lugares que eu gostaria de conhecer ou de rever.

Estônia : Parnü



Centro de Parnu



















Quando vou a um país pela primeira vez, procuro sempre visitar ao menos uma cidade, além da capital. Foi assim também na Estônia. Depois de encantar-me com Tallin, fui passar um dia em Parnü, considerada a Capital do Verão da Estônia, pelas suas excelentes praias e pelos seus famosos resorts. Mas não é somente uma cidade de praia, é  também uma cidade muito interessante, com uma história antiga e muito forte.

Igreja (Ortodoxa)Sta.Catarina




















Vai-se a Parnü , em 2h30min, pela mesma estrada que se vai a Letônia, a Rodovia 4, conhecida como Via Báltica. As estradas são boas - não são excelentes - e os ônibus são do tipo standart. Voltaríamos a essa estrada quando viajamos para Riga. Parnü foi fundada em 1251 e manteve-se controlada pelo reino da Polônia entre 1560 e 1617. Os suecos passaram a controlá-la mais tarde. Em 1721, entretanto, ela foi anexada ao Império Russo, através do Tratado de Nystad como consequência da Grande Guerra do Norte. A cidade tornou-se parte da independente Estônia após o término da Primeira Guerra Mundial.

Parque com monumento a Koidula



















Entre suas principais atrações, destacam-se: a Cidade Velha, localizada ao redor da Rua Ruutli, exclusiva para pedestres; a Igreja Santa Catarina, uma igreja barroca, construída em 1768, onde nos permitiram fazer , na parte interna, apenas duas fotografias; a Prefeitura, construída em 1797, como casa de um rico mercador da região; um supermoderno Centro Cultural, que oferece uma bem montada sala de informática, aberta gratuitamente para a população; um belíssimo e grandioso parque, onde encontramos uma estátua de Lydia Koldula, a poetisa mais conhecida da Estônia.



















Lydia Emilia Florentine Jannsen , que nasceu em 1843 e morreu em 1886, com 43 anos portanto, foi a poetisa e escritora que muito influenciou a história estoniana. Seu poema Meu País é Meu Amor , durante o período de dominação soviética, foi o hino nacional não oficial da Estônia. Koldula - que significa do amanhecer -  foi o pseudônimo que Lydia adotou quando foi proibida de escrever.



















Ela teve um passional romance com o escritor Friedrich Kreutzwald e para ele escreveu apaixonadas cartas de amor. Nem todas essas cartas - consideradas ponto alto de sua obra - foram posteriormente publicadas porque a esposa de Friedrich as queimou, num acesso de ciúmes. Mais tarde, Koldula casou com um médico da Letônia e foi morar no Golfo da Finlândia. Lá morreu, segundo dizem, de câncer e de saudades de sua terra natal e de seu amado. É. As histórias de amor estão em toda parte. Ainda bem.



















Toda a vida da alma humana é um movimento na penumbra.
Fernando Pessoa