domingo, novembro 29, 2015

México por Paulo Menini Trindade - 2a. parte


Tivoli  em Copenhagem
                                                         
Introdução

Estava eu na Dinamarca quando recebi do Paulo de Tarso ( o Patati )a continuidade do texto sobre o México,que ele publicara , aqui, no correndomundo. Ele me sugeria que eu editasse o texto e o publicasse ou não. Decidi publicar tal como o recebi, desdobrando-o, entretanto, em dois posts. Gosto da forma limpa e direta de sua escrita, ainda que ela siga os meandros do fértil pensamento dele e da amplitude de suas informações. Desculpo-me com ele por não ter feito a publicação logo que a recebi, mas alergias, longas caminhadas e um pouco de preguiça foram causas de minha lentidão. Obrigada, meu filho, mãemãe te ama. Aldema Menini Mckinney



"Ontem eu cheguei de uma viagem de trabalho - o que eu faço seguidamente. Nas últimas cinco semanas, eu fui e voltei ao México, à Alemanha, ao Brasil e a Cuba. Faz algumas semanas que a mãe vem me azucrinando para que eu escreva para o blog dela. Ela não aceita texto de ninguém mais, mas publica os meus, de puro nepotismo. Eu tento argumentar que tenho dúzias de coisas urgentes que fazer, mas a mãe não pára de insistir. Ou pior ainda, ela pára de me incomodar e inventa uma desculpa para mim na cabeça dela. 

Mãe
Imagino que a desculpa é mais ou menos assim "tá bem, eu carreguei aquele guri na barriga 9 meses, dando aula com aquele peso na cintura, tive um parto horrível, passei muitas noites sem dormir com ele chorando, aguentei todas as coisas que só adolescente sabe como inventar, gastei uma fortuna sustentando-o; mas,  depois de tudo isso, eu peço só uma coisinha pra ele, um mísero textinho para o meu blog... ele, no entanto, não tem como fazer, eu sei que não, ele tá ocupado com outras coisas, jogando videogame e vendo filme, ele não tem mesmo como fazer... está bem". 

Patati, Valeria e Massimo
Daí eu não tenho como não fazer, não importa o que mais esteja na minha lista de coisas que não dá para adiar mais. Na viagem de volta da Alemanha eu estava cansado, vinha de 10 dias diretos sem parar, nunca menos de 14 horas por dia, todas de tensão, stress, preocupação, quase nada de sono, mais a obrigação de estar bem arrumadinho o sorridente sempre. Na viagem de volta a caminho de Atlanta, dentro de um avião apinhado de gente, olho para uma telinha que diz que faltam "só" 11 horas para aterrissar e eu poder sair daquele banco duro, apertado e nojento. Olho para uma comida que o meu cachorro torceria o focinho, mas que eu estou por devorar porque estou louco de fome, e um colega de trabalho vem para o meu lado e diz: "Ahh...o glamuroso mundo das viagens de negocio internacionais!". Não tenho como não dar risada. Quem diz que americano não tem sentido de humor!


Massimo

Quando a minha mãe me pediu para escrever sobre o México eu fiquei perplexo, não conseguia explicar a dimensão do que isso significava, a complexidade envolvida. Dizem que o Henry Ford foi a última pessoa a saber tudo sobre um carro. Ele conhecia cada detalhe da metalurgia envolvida no bloco do motor, da extração da borracha para as rodas, tudo. Parece muito, mas somente os freios de um carro moderno tem mais engenharia envolvida que todo um carro do Henry Ford (que aliás era uma filho da puta, simpatizante nazista, dentro dos Estados Unidos, mas isto é outra história.....



O México é uma coisa bem mais complexa que esta viagem. Dizer "como é o México" me faz lembrar uma história que a mãe contou uma vez, de estar em uma vila, no interior de Portugal, e uma mulher dizer "sim, o Brasil, tem uma guria daqui que foi lá para o Brasil, é uma com o cabelo cortado assim, virado pra dentro na altura do ombro, chamada Maria,  tu conheces ela?". Talvez o que se aproxime também seja aquela fábula que eu sempre falo,  dos cegos descrevendo um elefante, um agarrando de uma pata dizendo "é uma árvore" ; outro do rabo,dizendo "é uma cobra". Descrever o México é mais como 450 cegos tentando descrever um zoológico inteiro.




Uma vez eu tive uma discussão com o Presidente de uma empresa de alimentos grande daqui dos EUA, sobre um assunto específico de política comercial entre o México e os Estados Unidos. O sujeito, com aquele tipo de certeza absoluta que só burrice e ignorância permitem, dizendo: "eu não estou preocupado com isto porque o México precisa importar este produto porque o seu povo precisa comer". Eu olhei para o cara e perguntei exatamente qual México era este que ele parecia conhecer tão bem, que se comporta como uma entidade tão coerente,  com uma uniformidade de ideias, identidade e propósito. O México que eu conheço não é assim, é como qualquer outro país: um aglomerado de grupos diferentes com interesses diferentes e muitas vezes opostos, brigando por controle, influência, poder, dinheiro. Não tem ninguém controlando toda a coisa com somente as suas duas mãos.





Nossa imaginação tende tratar países assim, como se fossem pessoas. No caso dos Estados Unidos, um subproduto disso é a impressão que existe na América Latina de que o governo dos Estados Unidos é um uma entidade de enorme capacidade e competência. O exemplo mais próximo dessa afirmação  é a fantasia a respeito da CIA, que  em termos de organização, competência e sentido de missão é pior que a Petrobrás, mas que todo mundo fala como se fosse grande coisa. Não preciso nem entrar nos detalhes, só olhem a história de resultados recentes: semanas antes de a União Soviética se desintegrar,  a CIA continuava falando sobre a USSR como se fosse um monolito ultracoeso - e não viram o que qualquer morador de Moscou sabia que estava por vir. 

Paisagem mexicana
Por uma década também,  eles gastaram bilhões de dólares por ano para comprar a ajuda dos seus "aliados" do Paquistão em achar o Bin Laden, e depois se desdobraram em promover uma história de como o Bin Laden tinha feito tudo sozinho, quando ficou mais do que óbvio que quem tinha escondido Bin Laden eram os serviços de inteligência do Paquistão, não por nenhuma afinidade ideológica, mas para manter os bilhões de dólares dos americanos, fluindo e enchendo os bolsos de todo mundo. Os próprios serviços de inteligência dos EUA eram cúmplices nisso, mesmo sem saber, porque quem de repente se torna o conduto de bilhões de dólares por ano passa a ter prestígio e influência, coisas das quais nenhuma pessoa quer abrir mão.




Há duas semanas, um colega de trabalho meu foi a Washington participar de uma audiência entre dois órgãos  do governo que estavam decidindo uma mudança num procedimento que poderia ser desastrosa para o nosso negócio. Nenhum dos dois órgãos entendia direito o que eles estavam fazendo, mas meu colega não tinha permissão para falar na reunião, que afinal era entre os órgãos especialistas. Ele saiu da reunião e eu liguei pra  ele perguntando como ela transorrer. Ele disse que (traduzindo)  "foi como olhar dois macacos tentando foder uma bola de futebol." 




Entao, continuando com os relatos de cego no zoológico, há duas semanas viajei pelo Brasil com dois grandes empresário mexicanos e tive conversas muito interessantes com eles, comparando os dois países. Eles gostaram muito do Brasil, ficaram muito impressionados - e a verdade é que eu tambem. Claro que é fácil para min dizer isso estando do lado de fora e não sofrendo na pele, mas eu não achei que esta “crise” seja tão ruim assim. O que eu venho dizendo faz anos é que o real estava sobrevalorizado e a demanda no Brasil superaquecida, causando preços muito altos. Agora a moeda está refletindo valores reais, e a demanda está condizente com o que o país produz. Sobre a corrupção, nada indica que tenha aumentado nos ultimos anos, o que mudou é que estão prendendo gente corrupta, o que é extraordinario.



Uma das conversas com os Mexicanos foi sobre a corrupção e o papel do estado. Eles comentaram que, ao contrário do México, existe um medo muito saudável do estado. O estado se faz respeitar muito mais no Brasil -  das multas de trânsito às autoridades fiscais, ao colocar gente corrupta na cadeia, e à policia federal no aeroporto. Pensei em uma vez que eu entrei no México de carro, desde o Texas, e não parei para mostrar passaporte para ninguém. Foram não me parando e eu fui indo. Na volta eu estava tentando embarcar num voo de Monterrey para Atlanta, e o cara do controle de passaportes me perguntou porque eu não tinha carimbo de entrada, eu disse como eu entrei, ele me olhou e disse “mas então estás ilegal no país”. Eu concordei. Ele pôs um carimbo no meu passaporte e me mandou seguir para o aviao, achando engracado que eu estava ilegal. No Brasil eu teria, pelo menos, passado a noite na cadeia. 



Mais do que nos EUA, México, e vários outros países, sempre que eu lido com qualquer coisa que tenha a  ver com  governo no Brasil, eu encontro gente inteligente e competente. Eles têm todas a chatices que têm sempre, mas fazem o que estão fazendo muito bem. Minha teoria é que isso é resultado do fato de que os funcionarios públicos federais ganham bem, e com isso os concursos têm atraído gente muito capaz nos últimos anos. Cada vez que eu escuto alguém do setor privado brasileiro reclamar de perder as melhoras pessoas para o governo (e eles reclamam muito), eu digo a mesma coisa: bem vindo à economia de mercado, é só pagar mais que o governo e vocês vão atrair os melhores candidatos.

Massimo e Lea
Voltando ao  México , uma coisa que esses empresários fazem é se apresentar como se eles fossem simples e inocentes, jogando com o estereótipo do mexicano pobre. Quando eu fui visitar a empresa deles no México, eles insistiram que “por favor, nos dêem sugestoes sobre como melhorar a nossa empresa”, como se fôssemos grandes sumidades. O americano que estava comigo caiu na conversa e ia começar a falar, quando  eu o interrompi. Na viagem pelo Brasil, eles estavam fazendo a mesma conversa para a gerente do nosso escritório no Brasil, dizendo “olha, nos somos gente simples, gente de campo, nós precisamos da tua ajuda”. 



Eu interrompi dizendo a mesma coisa que eu tinha dito no México: “vai passar esta conversa em outro, tu és mais inteligente que todos nós juntos. E completa esta tua historia de ser gente de campo contando que tu e os teus dois irmaos campesinos (os três sao socios na empresa) fizeram mestrado de administração em Harvard, os três, e depois construiram uma empresa com vendas de mais de 1 bilhao de dolares”. Ele fez cara de descontente porque “não colou”, mas deu risada. Eu fiquei pensando em quantos bobos caem nessa conversa e se dedicam a dar aula para os “simplorios” Mexicanos, no processo revelando muito sobre eles si mesmos, sem se dar conta.

Continua...


Massimo preparando lanche


sexta-feira, novembro 20, 2015

Notícias breves desde Madrid

Outono na Espanha
Após um belo passeio à Dinamarca e a Malmö, na Suécia, estamos agora na Espanha. De Copenhagem a Lisboa, pela TAP, foram três horas de vôo; de Lisboa a Madrid, foram cinquenta minutos. Por sorte, o tempo está ótimo, sem chuvas e com um friozinho agradável.

Símbolo de Madrid


Os atentados em Paris ocupam jornais e noticiários. Acredito que a população europeia está bastante preocupada e assustada Uma TV espanhola faz enquete - atualizada a todo o momento - perguntando se a Espanha deve enviar tropas para França. Até onde vi, 52 % responderam sim; 48% , responderam não. Segurança reforçada nas cidades, nas fronteiras e nos aeroportos.





A cidade de Madrid, entretanto, dá continuidade à decoração para as festas natalinas. A cada dia, um novo item é colocado - as luzes ainda não foram ligadas. Já fizemos dois belos passeios:  o primeiro, a Segóvia; o segundo, a Valladolid, cidade que eu ainda não conhecia e de onde gostei muito. Amanhã, iremos a Toledo com o intuito de rever sua magnífica Catedral.




Felizmente estamos bem. Minhas alergias começaram a retroceder há dois dias. Zeli é uma excelente companheira de viagem e motivos para rir a gente sempre encontra, como, por exemplo, o nome desta rua que vimos em Valladolid:



sexta-feira, novembro 13, 2015

Notícias Breves desde a Dinamarca


Pequena Sereia
A partir de Lisboa, num voo de 3horas pela TAP, chegamos a Copenhagem, a bela capital da Dinamarca, cujo nome significa Porto de Mercadores. Aeroporto bem sinalizado, com legendas em em dinamarquês e inglês. Do aeroporto à Estação Central, um táxi cobra ao redor de 50 dólares. De trem, paga-se cerca de 1 dólar - gasta-se menos em tempo e dinheiro.

Helsinger
Reservamos um hotel da cadeia Confort, localizado perto  do Metrô e da Estação Central de Trens - o que facilita muito nossa mobilidade. Apesar da temperatura de 14 graus e de  um ventinho enjoado, é bem agradável estar na Dinamarca, assim, no outono - eu a conhecia no verão somente. Cidade linda. Gente bonita e gentil. Muito o que ver e admirar.

Troca de Guardas no Palácio 
Viagem tranquila. Tudo bem...até o segundo dia, mais precisamente até o início da manhã do segundo dia, quando me transformo numa assustadora personagem de contos de terror. Uma reação alérgica faz-me caroços e hematomas no pescoço, nos braços nas costas e, por último, no rosto. Não posto fotos para não assustar criancinhas...ou amedrontar adultos!

Arte na rua: minha utopia
Assim que me vejo no espelho e me desespero com a coceira, telefono para meu Seguro de Viagem, que, em poucos minutos,  passa-me por e-mail, o endereço de um hospital, onde eu devia procurar o serviço de emergência. Zeli, minha irmã, e eu, imediatamente fomos de táxi  ao Righospitalet Infektionsmedicinsk Klinik. Atendimento impecável!

Outono!
Uma enfermeira me acompanha em todos os lugares em que preciso ir. O médico que me recebe,  um senhor supergentil e atencioso, examina detidamente as manchas, faz muitas perguntas e  fala da sua incerteza quanto à origem da reação alérgica. Poderia ser picada de inseto - o que se torna improvável porque minha irmã estava sempre comigo e não apresentava  nenhuma marca - ou reação a algum medicamento - só usei pela primeira vez um antiinflamatório - ou algum alimento....ou...ou...

Beleza e simplicidade
Eu não estava interessada  na causa...Queria logo um tratamento eficiente para diminuir a coceira e melhorar meu aspecto assustador. O médico - Dr. Sòren Thibo - para quem pretendo fazer rezas nas mais diversas religiões - vai até a enfermaria e retorna com medicamentos -  comprimidos e creme. Providencia um chá para que eu tome imediatamente três comprimidos. Procura tranquilizar-me , deixando comigo inclusive  celular dele caso eu necessitasse de atendimento urgente. 

Zeli, minha irmã.
Ao perguntar onde deveria efetuar o pagamento, a secretária da Emergência - Ebba Troels-Smith - informou-me que era free - portanto nada seria pago. Gostei. Aplicar para reembolso , no Seguro de Viagem, significa reunir e organizar comprovantes - e eu detesto fazer isso. 

Beleza dos parques dinamarqueses e ...
Saí comovidamente agradecida e fortalecida na minha convicção de que, apesar de tudo, a Humanidade é boa. Embora menos assustada e  assustadora, estou ainda com muitas marcas e inchaços no rosto e no corpo. Não foi preciso, entretanto, cancelar nenhum plano nosso. Realizamos passeios lindos, que contarei em breve. Bem que eu poderia ter passado sem essa...

.... e de suas esculturas.

"Um desejo,não de ser ave,
Mas de poder
Achar aqele voo suave
Ser o meu ser."

Fernando Pessoa

Cenário já de fim de outono...

segunda-feira, novembro 09, 2015

Breves notícias desde Lisboa


Minha declaração de amor ao Tejo..
Viagem tranquila de Porto Alegre a Lisboa . Foi possível deitar e dormir...porque sobravam muitos lugares no avião. Chegamos, no hotel, ao meio dia.  Zeli e eu passeamos até o início da noite.Com temperatura de 23 graus e árvores cor de outono, a Capital Portuguesa estava linda de ver...

Cores de novembro
Para a gente se sentir mesmo em Portugal, é necessário, além de traçar o Rossio, comer um Pastel de Belém ou um Travesseiro de Sintra ou um Bolo de Rei. Antes disso, um bacalhau com natas ou com grãos. 

O verdadeiro Pastel de Belém...em Belém.
Às visitas tipo " Cartão Postal" ocuparam nossos dois dias seguintes - Mosteiro dos Jerônimos. Padrão dos Descobrimentos, Torre de Belém, Parque das Nações, Estação Oriente, João do Grão, além de outros monumentos, praças e avenidas.

Detalhe dos Jerônimos
Hora de incursionar pelo País. Começamos com um bate-e-volta de nove horas pela Rota dos Templários. Imperdíveis as visitas ao Castelo de Ourém, ao Convento de Cristo  - em Tomar - e ao Castelo de Almourol.

Detalhe do Castelo de Ourém
Em Tomar, visitamos  a Igreja  Santa Maria do Olival  e o magnífico Convento de Cristo, ambos construídos pelos Templários. Almoçamos no Restaurante Sirius,  que tem atendimente simpático e impecável,  ambiente agradável,boa  relação custo/beneficio ( +ou- 20 euros por pessoa ) e  uma
comida deliciosa.

Filé de bacalhau recheado com legumes e verduras
Comemos  bacalhau  recheado, como prato principal. Estava muito bom. As entradas, entretanto, eram de comer  chorando e pedindo mais, como dizem os portugueses. O destaque foi a  pera bêbada cozida no vinho do Porto, fatiada e servida com requeijão e molho com pimenta rosa...de provocar vários hummms! Vale ter o endereço: restaurantesirius@gmail.com.

Adicionar legenda
A Rota dos Templários, com seus castelos primorosos e suas Igrejas,  terão postagens próprias, aqui mesmo no  correndomundo...logo que eu dormir tudo! Agora é impossível...

Convento de Cristo em Tomar
Ainda teremos dois dias para traçar Lisboa e , depois, partiremos para Copenhagem, também em voo direto pela TAP. Enfim, estamos bastante bem. Sentimos, obviamente, saudades da família e dos amigos - gostaríamo muito que estivessem conosco, nesta viagem tranquila e  bonita.
Zeli e ...por - do - sol no Tejo

Colina do Castelo de Almourol


"Aqui onde se espera
 - Sossego, só sossego -
 Isso que outrora era,

Aqui onde, dormindo,
- Sossego, só sossego -
Se sente a noite vindo,

E nada importaria
- Sossego, só sossego -
Que fosse antes o dia
....................................
Que mais quer quem descansa
- Sossego, só sossego -
Da dor e da esperança..."


Castelo de Ourém

Castelo de Almourol

quarta-feira, novembro 04, 2015

" Lá vou eu..."


Bela União 1
Depois de Lisboa, Copenhague - com temperatura ao redor de 8 graus - estará a nossa espera. Considerada uma das melhores cidades do mundo para viver, é tranquila e bonita, além de oferecer muitas atrações  e variados meios de transporte urbano: trem, metrô, ônibus, barcos e táxis ( os táxis andam com as luzes acesas quando estão disponíveis). Sim....e bicicletas, que estão por toda parte. 


Bela União 2
Conto-lhes,agora,  um segredo da minha infância e adolescência. Nunca aprendi a andar de bicicleta. Criança e adolescente criada no meio rural ( na Bela União ) eu costumava andar a cavalo com muita destreza e habilidade. Lá, naquele tempo, não havia bicicletas. Quando vim para a cidade - já com 15 anos - comparando-me com outras crianças, achei que era tarde para aprender. Por sorte, não me sentia agredida por rirem dessa falta de habilidade minha. Assim, costumava responder: não sei andar de bicicleta, mas vocês não sabem montar qualquer cavalo como eu sei!  Estratégias de sobrevivência.

Bela União 3
Voltando à Dinamarca, ficaremos, minha irmã e eu, hospedadas no Bairro Viterbo, próximo ao Tivoli, famoso parque em funcionamento desde 1843. Neste período, o Tívoli está fechado, abrindo, entretanto, para as festividades de Natal - justamente quando lá estivermos. É um bom momento para visitá-lo, ver as atações e a decoração e experimentar o glogg, vinho quente servido para amenizar o frio do inverno.

Bela União 4
Temos, já roteirizado , um intenso programa, que inclui o Museu Nacional da Dinamarca, o calçadão ( Stroget),a Pequena Sereia, o Christianborg, os Castelos e muito mais. Ao retornar, prometi a muitos amigos informações detalhadas de locais, atrações e preços. Estou curiosa para ver o País no forte do outono. Quando lá estive para o Festival Internacional de jazz, era pleno verão. As estações do ano, como o dia e a noite, alteram a fisionomia das cidades. Daremos notícias sim.

" Escolhermos do que fomos
O melhor para lembrar." Fernando Pessoa 
Zeli e eu