terça-feira, novembro 29, 2011

Berlim ...outra vez




















Após confortável  viagem de trem - poucas horas e muitas atrações na estrada - chegamos, num domingo, ao meio dia,  à Estação Central de Berlim . Fomos para o hotel,  onde a pequena Raven logo chegou para irmos juntos encontrar seus pais e fazer os passeios programados para aquele dia. O passeio pelo pitoresco street market foi fantástico e me rendeu boas compras de toalhas bordadas com motivos de Natal. Comprei de uma senhora verdadeiras preciosidades em bordado e crochê, por um preço irrisório. Os mais jovens não têm interesse nesses bordados difíceis de lavar, disse-me ela. Foram feitos pela minha avó e pela minha mãe , acrescentou ela, quando decidi comprá-los. Senti vontade de chorar,lembrando - me da trajetória de Berlim e de suas gentes. Por quantos fatos e acontecimentos históricos aquelas pessoas haviam passado enquanto construíam preciosidades bordadas. Só esse momento já me valeria o domingo.





















Fabricio, Krithika e os pequenos - Raven, Raiz e Raine -  nossa família em Berlim, foram incansáveis e dedicadíssimos. Fomos juntos também , em kreuzberg, ao Checkpoint Charlie, tão conhecido através do cinema pois era fronteira entre os domínios soviético e americano. O roteiro das tentativas de fuga para o Ocidente e as estratégias utilizadas são mostrados no Museu ao lado do Checkpoint. Impressionantes também as grandes fotos que mostram as comemoraçoes do povo quando da derrubada do muro, incluindo fotos de concertos, obras de arte popular, festas de ruas. No último dia. jantamos na casa de Bricio e Kri. Ela preparou -nos a deliciosa comida indiana de que tanto gosto.



























Fabricio e Raven recolheram uma pedra de calçamento de rua para mandar ao meu irmão. Pitoresco é o nome dado a essas pedras, muito usadas nos enfrentamentos de estudantes com policiais. Chamam-se argumento. Na falta de outro, vai uma pedra. Conheço razoavelmente bem a Alemanha. São muitas as cidades lindas nesse pais. Muitas delas têm uma história recente que, de uma maneira ou outra, afetou a todos nós. Considero o povo alemão gentil e atencioso. Ronald e eu saímos de Berlin com planos de retornar e ficar lá uma temporada. Berlim é uma bela cidade grande com jeito de  pequena. Não é uma cidade com custo de vida alto e é bem agradável de morar.


domingo, novembro 27, 2011

Os Fantasmas de Cesky Krumlov

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Torre do Castelo


Em Cesky Krumlov, tanto o Castelo quanto a cidade, carregam a fama de abrigarem muitos fantasmas, fazendo com que lendas e histórias circulem pela região.A justificativa para as assombrações parece simples: além do Castelo, são trezentas casas tombadas e preservadas como eram há quinhentos anos no mínimo.Os habitantes da localidade apreciam conhecer e relatar histórias do além.De todas as que eu ouvi, retive algumas, talvez as mais interessantes pelo cenário e pelos estereótipos que sugerem.Uma dessas histórias refere-se a uma mancha, que se diz de sangue e que aparece no centro do palco barroco - perfeitamente conservado - do assombrado castelo.




Casas tombadas


Conta-se que Evelyn , uma jovem bonita e virgem, atuava numa troupe teatral que ia apresentar-se no Castelo. Ela apaixonou-se por David, o galã do grupo. Ele, entretanto, a rejeitou. Evelyn , tomada por imensa dor, resistiu até a apresentação do espetáculo. No final do último ato, em pleno palco, enfiou uma faca no peito e , literalmente, partiu seu coração, já partido pela dor. A mancha de sangue nunca mais saiu do palco e a jovem Evelyn , com os trajes de sua última apresentação, passeia à noite pelo Castelo - podendo-se, às vezes, ver uma faca fincada no seu peito.
Chamarei de A Bela Dama de Branco a esta outra história.



Parede interna do Castelo


Vivia no castelo, no século XV,  Perchta von Rozemberk, uma jovem muito bonita e muito cortejada pelos jovens da região.  Seu pai, entretanto, decidiu que ela se casaria com um lorde da Moravia , Johann  von Lichtenstein. Casou para satisfazer a vontade do pai. Não foi feliz. O lorde revelou-se péssimo marido, tendo sido cruel com a pobre Perchta  ao longo da vida conjugal. Quando Lichtenstein estava no seu leito de morte, chamou a esposa e pediu-lhe  perdão por todos os maus tratos. Com muita mágoa e muitos ressentimentos acumulados, ela não o perdoou. O marido moribundo, então,  amaldiçoou-a , transformando-a na Dama de Branco, que vive vagando pelas salas do Castelo  e que costuma aparecer em festas e eventos importantes.  O Fantasma usa sempre um belo vestido branco e um detalhe premonitório que é bem importante:: tem sempre luvas longas. Se  as luvas forem brancas, é sinal de boa sorte para quem a vê. Se forem pretas, desgraça na certa.




Detalhes do Castelo


Em determinado período , quando ainda não havia geladeira, o sal era um produto bastante valioso e , num país sem mar, mais valioso ainda se tornava..Residências abastadas tinham , no depósito de sal, um de seus espaços mais vigiados. Por essa razão, há , em Cesky Krumlov, uma casa mal assombrada. Dois guardas ali trabalhavam vigiando esse produto raro. O trabalho era bastante monótono e longo. Para passarem o tempo , os guardas costumavam jogar dados.




Pátio interno do Castelo


Certa noite, um deles estava numa incrível maré de sorte e o outro, com muito azar. O azarado, tomado pela fúria, quis reaver o dinheiro perdido. O sortudo negava-se a devolvê-lo. Os dois, então, enfrentaram-se numa batalha feroz, até a morte de ambos. Contam que ainda hoje se ouvem, onde era a casa de sal, barulho de briga, vozes alteradas e gemidos dos guardas moribundos.

PS .Minhas desculpas por faltarem as fotos dos fantasmas  e , assim, dar mais veracidade às histórias,  mas  fantasmas gostam da noite - e eu tenho medo de escuro e não costumo beber.

sábado, novembro 26, 2011

República Tcheca: fotos e comentários breves




Os cristais mais conhecidos e famosos no mundo, desde o século XV, são os cristais da Bohemia, região da República Tcheca. São cristais de uma variedade especialmente clara e sólida.Os tchecos foram os primeiros a inovar, fabicando cristais transparentes ou opacos, pintados ou dourados.Encantam-me as flores de cristal , pela fineza e delicadeza do design e pelas cores com que são apresentadas. Os preços não são altos, considerando a qualidade e a beleza das diferentes peças.



                                      



Os produtos mais tradicionais da República Tcheca são os cristais, já referidos, especialmente os da Bohemia e  de Karlovy Vary, as porcelanas - eu amo as porcelanas de um tom rosa , diferente, único, delicadamente arnamentadas com flores - as joias com granadas tchecas e as marinetes.







A República Tcheca é a principal produtora de granada, seguida da África do Sul. Essa pedra preciosa pode aparecer em diversas cores, sendo a vermelha a mais usada para joias pelos tchecos. Com diversas lapidações e montagens,  especialmente em prata e ouro branco, as granadas, pela sua durabilidade e beleza,  aparecem em colares, braceletes, pingentes, aneis e brincos. 







Sabe-se que é comum, na Europa toda, encontrarem-se noivos, fazendo as fotos oficiais de casamento, em fotogênicos e históricos lugares. Aqui,  no Castelo de Praga, encontrei vários casais sendo filmados e fotografados, com os mais diferentes modelitos.







Depois de passar a Ponte Carlos, na segunda esquina à esquerda, há um restaurante que serve excelente goulash dentro de um pão.

























Estou rindo porque é de dia e tem mais gente  por perto.....Neste Castelo de Cesky Krumlov , as histórias de fantasmas e assombrações são realmente assustadoras. Sobre esse tema, escreverei o post seguinte.

terça-feira, novembro 22, 2011

República Tcheca : Cesk`y Krumlov

                            
      
Há cerca de 15 anos , visitei Karlovy Vary ( Cidade de Carlos) , fundada em 1350 e  localizada a oeste de Praga, a  140 km dela. Conta a lenda que Carlos IV  estava caçando nessa região quando deu pela falta de um de seus cães. Foi procurá-lo e o encontrou caído num poço de água termal. Descobria-se, assim, o que se tornou a grande riqueza da cidade, hoje com pouco mais de cinquenta mil habitantes. Chegou a ter mais de duzentas estações de água, a mais quente delas com água brotando a 72 graus C.



























Karlovy Vary é conhecida também pela porcelana que leva seu nome  e pelos cristais Moser. São realmente muito bonitos.Durante o domínio russo, a cidade teve a preferência dos poderosos do partido, que ali passavam temporadas de descanso e lazer. Após 1989, as belas casas desse bonito lugar foram devolvidas aos seus antigos donos.Eu fiquei de tão impressionada com essa cidade que pensei não ter nenhuma outra com tal exagero de beleza.





















Nesta viagem, descobri que Cesky Krumlov é tão bonita quanto Karlovy Vary e leva sobre esta a vantagem de ter um grandioso castelo do século 13 - Krumlovsky Zamek - situado no imponente bairro Latrán . O castelo,  principal ponto turístico da cidade , apresenta atrações externas - belíssimos jardins - e atrações internas as mais diversas, incluindo uma torre de onde se tem inesquecível vista da cidade. Internamente, é belo sim  , mas assusta um pouco - imenso, paredes de pedra, acústica perfeita, cores ocres, torres, portões e grades...tudo meio fantasmagórico.


                         


A cidade tem suas ruas,  estreitas e formadoras de labirintos,  com calçamento antigo, todo em pedra, o que contribui para a preservação da atmosfera medieval. Restaurantes, cafeterias, hotéis  e lojinhas ocupam prédios antigos e bem cuidados - a cidade só precisou de restaurações mesmo em 2002, após uma grande enchente. Quase abraçada por um braço do rio Vltava , a bem preservada Cesky Krumlov está ali, num ambiente ímpar, demonstrando força e delicadeza, segurança e permanência - realmente uma das apaixonantes cidades medievais da região.





















hoveu chuva mansinha no dia em que lá estive. Isso impossibilitou-nos de fazer um passeio de barco e olhar  a cidade sob outro prisma. Espero que me acompanhe por muito tempo a imagem das paredes e dos muros do castelo, das cores delicadas na forte estrutura da torre, dos campos que vi ao longe e das ruazinhas que partem da praça principal. Uma sugestão para quem planeja visitar a República Tcheca: alugue um carro e visite Karlstein, Kutná Hora , a cidade das pratas, Karlovy Vary e Cesky Krumlov. Para manter seu encantamento, use transporte público ou carro alugado. Evite usar táxi, meu único desgosto nesses anos que frequento a República Tcheca.                                                                                                                                                                        
                                                   

quarta-feira, novembro 16, 2011

República Tcheca: Praga


Encanta-me o Leste Europeu. Sempre que posso , vou até lá. Durante esta viagem, reservei cinco dias para Praga, minha paixão maior no Leste. Não tive, entretanto, vontade de escrever sobre ela. Tomei uma decisão - vou incluir aqui um texto que escrevi há cinco anos. Tal decisào só se justifica porque estou hipergripada, com febre e não encontro as anotações feitas durante a viagem. Praga, no entanto, não vai ser prejudicada. Ela continua assim : linda de chorar. O texto é antigo; as fotos, de agora.



"Se você leu " Metamorfose " e " A Insustentável Leveza do Ser" , está na hora de vir a Praga. Outras expressões, como "Primavera de Praga" e " Revolução de Veludo", podem tê-lo levado a lembrar, pensar e ler sobre esta cidade e, conseqüentemente, desejar vê-la. E se já a viu, voltará...Dá saudades.



Praga tem sua origem num Castelo, erguido sobre uma colina, vizinho a uma curva do Rio Vltava, ainda no século IX. Nos arredores do Castelo, surge o "povoado", elevado à categoria de cidade em 1234. No século XIV, Carlos IV constrói a Universidade de Praga, a mais antiga da Centro-Europa, que deve ter sido " o sucesso da temporada", também pelos muitos estudantes estrangeiros que vieram para cá. Já li que " Praga é Paris que se esqueceu de crescer", e penso : ainda bem...está de bom tamanho assim.




Faz três dias que estou aqui. Apesar dos cinco graus negativos, caminho uns 10 km por dia - e não é a primeira vez que venho a Praga. Caminho mesmo. Não uso metrô. Ando devagar. Prefiro me encantar e surpreender a cada momento. Prefiro me emocionar com as minhas descobertas e com a beleza do que descubro .


Quando passeio pela rua Parizska, por exemplo, que serviu de cenário à Metamorfose, olho para os cantos à procura de uma barata imensa! Depois penso na genialidade de Kafka e, em sua homenagem, caminho pelos lugares onde ele viveu e vou ao café que contam que era o seu preferido. Só não fui ao Cemitério Judaico, em Zizkov, onde ele está enterrado, porque considerei "tietagem exagerada"... 



Caminhando, observo detalhes interessantes tanto na arquitetura quanto no comportamento dos visitantes. Eles, em geral, não portam pacotes imensos de compras... (os "dos pacotes" devem estar em outros países...) Portam sim máquinas fotográficas, filmadoras e , assim como eu, portam olhares deslumbrados.


Conheco bem a Slovakia, tanto a capital quanto o interior, e admiro a tranqüilidade e sabedoria (históricas) com que, quatro anos depois do fim do comunismo, a então Checoeslovakia se dividiu em República Checa e República Slovakia, numa pacífica e decidida mesa de negociação. Não percebo ressentimentos. Eram diferentes, inclusive no dialeto usado. Não foi difícil. E a República Checa ficou com Praga.
Bratislava não tem a imponência de Praga, mas é simpatica, tranqüila, agradável e tem o Danúbio que a envolve e embeleza; tem belíssimos castelos e teatros; tem o povo mais gentil que eu conheço...Cuidem! Posso estar sendo tendenciosa...Amo a Slovakia!




Parece-me muito interessante conversar, com pessoas de ambos países, sobre os " heróis da guerra" e os " heróis da paz". Os anos de silêncio fizeram brotar retratos, como o de John Lennon - e mesmo os muito jovens ainda falam nele. Considere-se, entretanto, que a apoteose da Revolução de Veludo é recente (1989). Em geral, escuto análises respeitosas e tranqüilas, sem os passionalismos que marcam os discursos persuasórios - exceção feita àqueles que perderam o centro do poder.
Saio daqui olhando pra trás...querendo voltar. Como um dos personagens de A Insustentável Leveza do Ser , experimento em Praga o "sentido da beleza que liberta da angústia e traz o renovado desejo de viver".

terça-feira, novembro 15, 2011

Polônia : Varsóvia e Cracóvia

Varsovia:Centro Histórico reconstruído




















Quanto mais visito a Polônia, quanto mais leio sobre ela, mais admiro os poloneses - povo gentil, educado, batalhador e forte. Imaginem um País que , na Segunda Guerra Mundial, teve dois terços de sua capital completamente destruída , transformada em escombros, e que está agora totalmente reconstruída. Esse País também  parece ter - e manter - forte liderança na região. Foi o primeiro do Leste Europeu e dos Bálcãs a opor-se - e a derrubar em 1989 - o regime soviético que os oprimia.

Centro Histórico de Cracóvia




















A Polônia é um dos maiores países da Europa Central. Tem uma população em torno de quarenta milhões de habitantes e quase mil anos de história. Suas principais cidades são Varsóvia - capital atual - Cracóvia - antiga capital - Gdansk e Poznan - uma das mais antigas cidades polonesas, com mais de mil anos. Merecem todas elas uma visita , mas é melhor visitá-las fora de seu período de inverno porque é uma região bastante fria. Na escrita polonesa, vale observar,  predominam as consoantes e , ao contrário da Língua Portuguesa, o centro silábico não é vocálico. Gosto muito da língua polonesa, língua eslava ocidental, muito parecida com o slovaco e com o tcheco.


Cracóvia: Torre da Prefeitura


























Varsóvia é uma explícita declaração da capacidade que tem esse povo de reconstruir seu patrimônio.
Sua  reconstrução  foi feita tendo como base documentos , pinturas, fotografias e memórias pessoais, tornando-se como era antes da entrada dos nazistas. Com certeza, o resultado impressiona muito a qualquer visitante. O centro da cidade foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Varsóvia está localizada no centro do país, às margens do rio Vístula e distante trezentos quilômetros de Cracóvia. Há muito o que ver e onde passear nesta cidade com tantas ruas específicas para pedestres. É possível percorrer a pé grandes atrações como teatros, museus, igrejas, edifícios históricos, praças - a Praça do Mercado da Cidade Velha é um encanto - palácios, monumentos e Castelo real. Melhor evitar táxi, um dos grandes problemas do Leste.





















Quando eu passava férias na Slovakia, costumava ir a Cracóvia frequentemente. Para mim, ela é uma das cidades mais lindas do Leste Europeu. Costumo hospedar-me no Hotel Polônia (: Basztowa 25, Stare Miasto, 31-156 ), um três estrelas simples e agradável,  localizado quase em frente à Estação Central de Trens, num sólido edifício antigo, bem perto do Centro Histórico, onde eu costumo ir por um caminho mais longo - através de um parque belíssimo. Nessa cidade, Karol Wojtyla viveu durante trinta anos, antes de tornar-se João Paulo II. Assisti, nesta viagem,  a uma missa na Catedral de Santa Maria, onde ele também rezou por muito tempo. Impressiona a beleza e a imponência dessa igreja bem como a beleza do ritual e das músicas entoadas pelas fiéis. Há muito o que ver em Cracóvia. Sobre ela , já escrevi outras vezes neste mesmo blog.






















Comecei a visitar o Leste Europeu quando ainda era difícil conseguir visto para essa visita. Aos poucos, os países que o integram, foram-se tornando destaque no turismo internacional. Hoje o turismo é uma de suas maiores fontes de riqueza; não houve, entretanto, perda de identidade de nenhum deles. A Polônia , muito respeitosa com símbolos e bastante religiosa, é toda bonita - suas cores, seu artesanato de madeira , suas inúmeras igrejas e capelas, suas obras de arte, enfim, sua história, sua geografia e sua cultura.  Amo as montanhas Tatry, que formam uma cordilheira na fronteira da Polônia e Eslováquia. São pouco conhecidas e muito bonitas - um lugar a que se deseja sempre retornar.


sexta-feira, novembro 11, 2011

Lituânia : fotos e comentários breves




















Costuma-se dizer que, na Lituânia, as três palavras mais usadas começam com a letra "B" : Biblia, Beer ( cerveja) e Basquete - não necessariamente neste ordem.























Tendo em vista meu Curriculum espiritual , fui  à Colina das Cruzes, local de peregrinação católica. Conta a lenda que , nesse lugar, antigamente, foram massacrados três franciscanos. Durante o período soviético, as cruzes eram arrancadas durante o dia e repostas durante a noite - nunca se soube quem fazia essa reposição.






















Vilnius tem quarenta igrejas e mil e quinhentos edifícios históricos. A Catedral - neoclássica - é o centro da vida espiritual da Capital . É importante ver também a Capela de São Casimiro, edifício barroco de rara beleza , construído em 1623-1636.





O artesanato lituano é bem bonito  e original, com destaque para os bordados e as peças de âmbar - como este tabuleiro de xadrez.






Ainda me encantam e surpreendem a beleza das cores variadas de mármore, encontradas nas igrejas principalmente.






Penso na Lituânia como o País de um povo com identidade muito forte, embora tenha passado pelo domínio da Rússia, da Polônia, da França e da Alemanha - um País que não perdeu suas raízes históricas e tornou-se uma nação ultramoderna, bastante conhecida hoje na Europa.



quarta-feira, novembro 09, 2011

Lituânia: portas e portões



















Gosto dos detalhes, do formato, das cores de portas e portões. Observem a delicadeza dessas ovelhinhas - e eram muitas e diferentes entre si.




Porta de entrada do Castelo de Trakai , que foi descrito como "uma fortaleza capaz de resistir a qualquer invasor".




Nas igrejas antigas , é comum se encontrar esta superporta com uma pequena porta para ser usalmente aberta.Interessante que a portinha foi feita para pessoas de baixa estatura.





Gosto de portas e portões. Aguçam minha curiosidade. O tempo todo me pergunto o que haverá quando forem ultrapassados.




As portas , internas e externas , do Castelo de Trakai são bonitas, especialmente pela parte trabalhada em ferro - como esta.



"Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais."

Fernando Pessoa



É também do Castelo de Trakai este adereço. Por favor, atentem para o trabalho de quem o fez - e não para a foto mal enquadrada.

domingo, novembro 06, 2011

Lituânia: Vilnius e Trakai

























Bonito País. Muito verde,muitos lagos, terras com , mais ou menos, duzentos metros acima do nível do mar, edifícios imponentes, gente elegante, bonita e gentil. São três milhões e quinhentos mil habitantes, sendo 84% de lituanos mesmo. Com difícil história de invasões, dominações e lutas, com terrível massacre de uma das maiores comunidades judaicas do mundo, a Lituânia tem hoje espaço na União Europeia , onde ingressou em 2004, e condições para desenvolver-se, mantendo sua identidade cultural e valorizando essa história que tem mais de 800 anos.





















Lamentamos  ter permanecido apenas três dias nesse País que merecia bem mais. Visitamos somente a capital, Vilnius, e o vilarejo de Trakai, em que estivemos para ver o Castelo. Precisaríamos de bem mais tempo, para poder percorrer todas as regiões deste País, que é, geograficamente, o maior dos três Bálticos. Vilnius , cuja Cidade Velha é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1994, demonstra ter intensa vida cultural. Já foi Capital Europeia da Cultura, em 2009. São muitos os anúncios de peças teatrais, apresentação de orquestras sinfônicas, óperas, concertos de câmara e balê clássico. Também a pintura e a escultura estão bem presentes, assim como apresentações folclóricas e tradicionais do País.























Em junho, por exemplo, há o Festival da Vaca Nadadora, que eu gostaria muito de ter visto. Nesse Festival, as pessoas, usando trajes folclóricos, fazem muita festa, enquanto olham as vacas, coroadas com flores, serem levadas aos lagos que atravessarão nadando. Deve ser o maior barato!
Em fevereiro, há outro Festival que me pareceu interessante - é o início da despedida do inverno. As pessoas despedem-se dele usando máscaras de bruxas, diabos e assombrações e consumindo muitas e variadas comidas e bebidas.























Trakai , há 25 km de Vilnius, foi a antiga capital da Lituânia. Lá está o belíssimo Castelo de Trakai, um castelo gótico situado numa ilha do Lago Galvë. Na Idade Média, esse Castelo foi uma fortaleza que serviu como defesa contra os ataques dos Cruzados.Pode ser visto a partir das praias do Lago e a ele se chega por uma encantadora ponte , que liga a praia à ilha, ou em barco que são alugados por hora. Um fato interessante é que o Castelo foi destruído por russos, em 1655, e teve, em 1950, a aprovação de sua reconstrução, que terminou em 1987, também por russos.
























Muitos lugares desta Capital merecem uma visita bem mais demorada que a nossa, como, por exemplo, a Rua Pilles, uma das mais antigas da cidade e com um comércio variado e de boa qualidade - fantástico o comércio de âmbar ; a grandiosa Universidade de Vilnius, que ocupa grande parte da Cidade Velha; a Catedral de Vilnius, com elegante fachada neoclássica; as igrejas , museus e galerias; o Morro das Três Cruzes, que dizem ser o símbolo de Vilnius e que tem  uma história interessante , que remete ao século XVI; a Praça da Prefeitura e o Centro de Arte Contemporânea.
























Gostaria muito de ter permanecido nove dias - como permaneci em Tallin - aqui na bela e histórica Vilnius.Tenho planos para retornar - só preciso de mais tempo na terra ou de mais vidas andarilhas. Da Lituânia, viajando num ônibus de "pagar pecados", desses que ninguém merece, fomos, em nove horas, para a Polônia. Varsóvia, depois Cracóvia, aguardavam-nos !