sábado, outubro 29, 2011

Estônia - Tallin

Cidade Velha: Prefeitura





































Interessantes os limites geográficos da Estônia: Rússia , na fronteira leste; Escandinávia contornando o norte e o oeste; os outros dois Países Báticos ao sul. Com tantas influências e alvo de tantas disputas, a Estônia, cuja história remete ao século 13, manteve-se razoavelmente coesa, graças a sua forte identidade cultural, conseguindo, mais tarde, com muitas lutas, sua independência. Nas suas últimas conquistas, estão a independência da União Soviética, em 1991, e a aprovação de sua adesão à União Europeia, em julho de 2010. Também desde 1991, a Cidade Velha , centro histórico de Tallin, hoje restaurada, tornou-se Patrimônio Mundial da UNESCO. A visíbilidade alcançada hoje , no mundo do turismo, pela Estônia , juntamente com a Letônia e a Lituânia,  é inegável. O fluxo de turistas em Tallin é constante e influi, favoravelmente, na economia do País. Encontram-se ali pessoas do mundo inteiro. Surgem  hotéis e restaurantes de boa qualidade com preços  mais baixos do que seus vizinhos da Escandinávia. O País demonstra estrutura para receber e manter esse fluxo de gente, mesmo em cidades como Parnu,bem menores do que a capital.


Mercado da Praça



















Cheguei na Estônia, vindo da Finlândia, em navio. O hotel , perto das Torres de Pedra do Portão de Viru, era agradável e , de nosso apartamento, podíamos ver a Cidade Velha, incluindo algumas igrejas e torres medievais. Visão inesquecível. Eu havia planejado uma estada de quatro dias em Tallin. Após a primeira longa caminhada pelo Centro Histórico, ampliamos nossa permanência total para nove dias! Já não se tratava de conhecer a cidade; tratava-se de curti-la. A Praça da Prefeitura, onde se concentra o movimento desde a Idade Média,  e a área de Toompea eram por nós visitadas quase diariamente. Já tínhamos a nossa cafeteria - Vertigo Gourmet - onde podíamos tomar um bom café com grissini deliciosos Somente em um dia tivemos chuvas, nos demais , agradável e amena temperatura - isso aumentava nossas condições de traçar a pé toda a Cidade Velha e parte da cidade nova
.
Catedral Bizantina





































As pessoas mostram-se gentis e agradáveis. Não se tem problema linguístico já que a maioria é falante de inglês. Disseram-me que, em geral, as pessoas falam três línguas - além do inglês , o russo é bastante falado.O artesanato é interessante e diferente, predominando a lã e a madeira como materiais usados.Fazem roupas de tricô muito bonitas.O comércio de âmbar,  entretanto, é o mais forte - joias e objetos com detalhes de âmbar são encontrados em toda a cidade. A arquitetura medieval da Cidade Velha está muito bem preservada. O centro mostra suas ruas estreitas, labirínticas, com calçamento de pedra. Restam, ainda, dois km de muralha e metade das quarenta e seis torres originais. Prédios espetaculares, como a Prefeitura (construída em 1404), a Casa das Três Irmãs, a Farmácia da Prefeitura,  a Igreja Niguliste, a Catedral Alexandre Nevsky, a Igreja Santo Olavo e a Casa dos Cabeças Pretas, entre muitos outros, pedem tempo e atenção para realmente serem vistos.



Parque e Palácio Kadriorg



















Passamos um dia todo no Parque Kadriorg , que dizem ser um dos lugares mais interessante fora da Cidade Velha. É um parque com um km e meio de extensão que tem como centro o Palácio de Verão de Pedro, o Grande,um palácio barroco do século 18. Ao redor do palácio, estão vários museus, memoriais, estátuas e o bonito Lago dos Cisnes. Emocionante pela sua beleza e pelo que representa é o Memorial Russalka, erguido em homenagem aos 177 soldados que morreram no naufrágio de um návio, que, em 1893,  ia para a Finlândia. Neste memorial, um anjo de bronze, na ponta dos pés, voltado para o mar, ergue uma cruz ortodoxa, como se pedisse proteção ou calma às águas. Na base, vêem-se blocos de granito, desbastados, sugerindo ondas fortes num mar revolto.



Memorial Russalka



















Outro lugar fantástico, fora da Cidade Velha também, é o Monte Toompea, onde se podem visitar construções impressionantes , ainda do século 13,  e de onde se pode ter uma vista belíssima da Cidade. No Monte Toompea,  encontramos várias noivas , fazendo suas fotografias, como acontece rotineiramente em fotogênicos lugares históricos. Há pouco menos de uma década , comecei a interessar-me por essa região, mas não tinha um plano para conhecê-la. Estava muito envolvida com o Leste Europeu, especialmente com a Slovakia, a Hungria e a República Checa. Nos últimos três anos, o apelo tornou-se mais forte : eu precisava ir lá. Era intensa a minha curiosidade.Ainda bem que fui - agora pretendo voltar! Li , uma vez, que bastavam dois dias para ver Tallin. Impossível. Seria uma visita com lamentável superficialidade. Tallin precisa - e merece - bem mais tempo para ser visto.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada. Logo responderemos sua mensagem.