terça-feira, junho 21, 2011

Retorno a Alegrete

Toni e seus projetos
Na semana passada, estive em  Alegrete. Sílvio levou-nos para conhecer a fábrica de móveis do Toni, santa-mariense que se tornou alegretense há mais de vinte anos. A RSMadeiras ( tel.55 3422 2709 ) está localizada no Bairro Ibirapuitã, para onde a cidade se está expandindo. Trata-se de um fantástico trabalho diferenciado. Toni, há quarenta anos, trabalha com madeira  e,  há seis anos, faz móveis, utilizando ,unicamente, madeira antiga, madeira de lei. Compra tramas e moirões e transforma, em tiras de madeira, os pedaços que estão em boas condições. Com eles, compõe peças pequenas e grandes - grandes como uma mesa e uma cama que lá estavam.




Contou-me Toni que seu primeiro trabalho com madeira foi uma pequena casa, quando ele estava com catorze anos. Há pouco, voltou a visitar essa casinha. Estava desgastada pelo tempo , mas ainda inteira. Quis comprá-la; o então dono , entretanto,  preferiu dar-lhe como presente. Com a madeira dessa casa, Toni diz que fará algo muito especial para sua própria casa e fará também algo para presentear ao proprietário anterior.
O encanto de Toni pela madeira e seu amor e conhecimento sobre árvores transparece na sua fala e na delicadeza do trabalho que faz.
Alegrete merece gente assim - e nós merecemos ver esses bonitos exemplos de inovação, conhecimento, competência e sensibilidade.

segunda-feira, junho 20, 2011

Bela União : fotos e comentários breves.

# Finalmente no Brasil, em casa, na "campanha", em meio a cães, gatos, bergamotas, camélias e muito verde. Uma temporada aqui é tudo de bom.






# Tenho internet aqui, na Bela União, porque meu irmão é um cara muito corajoso - mora em Alegrete desde criança - e subiu nessa torre , que é bem alta.









# Hoje, choveu o dia todo. Chuva tranquila, agradável. Minhas plantas......







#......agradecem!

Estados Unidos: fotos e comentários breves

Elegância na Igreja

# Parte da  minha família americana vai a uma igreja em Tower Hill , uma pequena cidade de Illinois. Nas duas vezes que fui lá, encontrei esta senhora, que canta no coral e veste-se com muita elegância, combinando belos chapéus com roupas, bolsa e sapatos. Parece que está no palco de um grande teatro, pelo modo como se veste e se move.No domingo anterior a esta foto, usava a cor vemelha , tanto no vestido, quanto nos acessórios. 



Mike Tipsord
# Já é o terceiro  Memorial Day que vamos à casa de Patricia e Mike Tipsord, convidados para o café da manhã. Mike prepara o tradicional Midwest US breakfast, com biscuits  ( pequenos pães ),  pork sausage ( semelhante a bolinhos de carne) e gravy ( carne moída e misturada a um molho branco - com bastante pimente,é claro!) . Faz, na hora, ovos fritos conforme o gosto de cada um. Servem com suco de laranja e café.




# Normalmenmte, esse breakfast começa às 8:30 e termina às 10:30 - um agradável tempo de convivência com pessoas muito interessantes.




# Gosto de esculturas. Por mim elas estariam em todos os espaços públicos - uma forma popular de acesso à arte, que eu incluo entre os direitos básicos de cidadania. No aeroporto de Bloomington, gosto de ver essas esculturas de ferro, suspensas.




# Estamos, em Paxton, rodeados de milho e soja por todos os lados. A lavoura de que gosto, é essa da foto. Vi a terra ser preparada e a semente ser plantada e tudo ser feito por uma senhora que dirige um trator bem grande, com implementos agrícolas idem. Ela também trata das plantas e faz a colheita.




# Fazia 40 graus em Atlanta, quando lá estive , durante três dias, visitando meu filho, minha nora e meu neto, esse menino bonito que está na foto.




# Viajamos, no retorno ao Brasil, pela Air  Canadá - os vôos  e os preços são bem melhores que outras companhias. Depois de três meses, entretanto, chegar em São Paulo, logo após a abertura de vários aeroportos, em meio a maior confusão, foi bem difícil - informações desencontradas e funcionários sem treinamento para tratar com público e enfrentar anormalidades. Um verdadeiro caos. Imaginem que um funcionário me mandou ter paciência, porque já eram 4 horas da tarde e ele ainda não havia almoçado!!!Vejam, na foto, como estavam as salas de espera.

sábado, junho 18, 2011

Vancouver

Centro de Vancouver
Tive, para consumo próprio, uma lista de treze cidades que me encantavam. Depois de visitar Vancouver, passei para catorze. Que cidade linda e agradável. Grande, mas parece que tem espaço para mais gente; bonita, elegante e fotogênica; geograficamente bem situada, entre montanhas e oceano. Hoje tem forte influência oriental e está incluída entre as cidades de melhor qualidade de vida no mundo.Como me disse Christian Daudt, há mais de dez anos residente no Canadá, é uma cidade que merece ser visitada. E merece mesmo!

Biblioteca Pública


O primeiro europeu a descobrir essa área foi George Vancouver que , sobre ela, escreveu : “tem inúmeras paisagens agradáveis”. Antes da Chegada de George Vancouver , por mar, foi um posto fronteiriço de dois grupos indígenas.A colonização dos não-índios teve início em 1862. Estivemos lá apenas seis dias, tempo insuficiente para conhecê-la bem. Partimos decididos a voltar. Ficamos hospedados no Ramada InnSuítes Downtown Vancouver, na Granville Street de onde podíamos ir caminhando até a Biblioteca Pública, a Galeria de Arte e a outros tantos lugares interessantes no centro ou ao redor dele.

Stanley Park
Há muito o que ver em Vancouver, a começar pelo Stanley Park, o Jardim Chinês, a Ilha de Granville, a Biblioteca pública, o Bairro Chinês. A Ilha de Granville , revitalização de um antigo local industrial, tem atrações para todas as idades, incluindo um imenso supermercado de brinquedos e um mercado público com flores , frutas e verduras. Diz-se que Stanley Park, aberto ao público em 1888, pelo governador-geral do Canadá, Lord Stanley, é o paraíso para quem gosta de natureza. Com seus 400 ha. de extensão, tem  praias, estradas para carro , bicicleta e pedestres, pontes que parecem obras de arte, jardins imensos com flores diversas, jardins somente com rosas, o Vancouver Aquarium, com um total de setenta mil aniimais marinhos, incluindo golfinhos do Pacífico,quadras de tênis, campos de golf, playground, muitas esculturas,  restaurantes, cafeterias e bares. Precisa-se , ao menos, de um dia inteiro lá.
Ryan e Ronald no Jardim Chinês
Muito bonito é o Dr.Sun Yat-Sen Classical Chinese Garden, o primeiro jardim classico chinês construído fora da China. Foi inspirado nos jardins da dinastia Ming, da cidade de Suzhou - neste blog , tenho fotos desses jardins que fiz quando estive na encantadora Suzhou. Com toda a simbologia dos jardins Ming , foi criado e executado  por uma equipe de especialistas vinda de Suzhou mesmo. Para a sua construção, não foram usados pregos nem parafusos. A flora simboliza\as virtudes humanas. Elementos indispensáveis lá estão: água,pedra e bambu. O bairro chinês , em Vancouver, é o segundo maior da América do Norte. Passeamos muito pelo belíssimo Chinatown, onde todas as informações são bilingues e onde se pode encontrar qualquer produto diversos oriundos da China.




A Biblioteca Pública - Vancouver Central Library - construída em 1955, tem design arrojado, inspirado num coliseu romano. Suas colunas, cor de areia, ocupal um quarteirão inteiro. Tem nove e andares e por ela transitam, diariamente, sete mil pessoas. Abriga 1,3 milhões de itens, incluindo livros,DVDs CDs e vídeos. Dispõe de um sistema de circulação de ar considerado ecologicamente correto. Impressiona pelo tamanho,localização e organização.
Na principal via de Gastown, a Water Street, com muitas atrações - restaurantes, lojas,cafés, galerias de arte - onde a gente tem vontade de ficar passeando muito tempo, encontrei uma construção triangular que me fez lembrar a casa de Torres. Gastown e Yaletown são lugares realmente lindos.
Agradecendo pelo que vi e lamentando o que não consegui ver, cheguei ao aeroporto bastante sensibilizada, em especial pelas pessoas que encontrei em Vancouver.
Amanda e Christian ,ele filho de Daudt e Maria, meus queridos amigos-irmãos, receberam-nos em sua casa, onde comemos churrasco e comida chinesa. Família linda e agradável.





Ryan, meu canadian son, foi  maravilhoso conosco, tanto ele, quanto Norma, sua belíssima esposa. Ryan me lembra vivamente uma fase linda dos meus filhos - final da adolescência, jovens e ansiosos para definir rumos na vida. Uma das recordações mais comoventes que deles tenho foi no lançamento de um livro meu e de Luís Behares. Havia muita gente, muita conversa na sala. Até , então, eu me dividia entre os presentes. Num instante, olhei para a escada de acesso à sala, vi Patati,Gugu, Ryan e Ana Cristina entrando. Tudo o mais desapareceu da minha vista e da minha atenção. Senti uma vontade chorar. Enxerguei-os lindos, bem vestidos, com expressão ao mesmo tempo feliz e responsável, e pensei que eles logo partiriam para o mundo - e que eu sentiria dolorida saudade, como ,de fato, senti. A convivência com  Ryan, em Vancouver, trouxe-me muitas lembranças. Ele continua o mesmo menino: gentil, generoso, essencialmente do bem. Foi muito bom estar com ele.





Depois de ter atravessado o Canadá, de leste a oeste, por mais de cinco mil quilômetros, de trem, durante quatro dias e quatro noites, com intervalos a cada parada e carro alugado para bem conhecer a regiao, na hora de retornar, optamos por avião. Fizemos um vôo Vancouver/Chicago. Quando chegamos em Paxton , eu queria mesmo era dormir tudo! Acordei , muitas horas depois, bastante feliz. Fizera uma viagem inesquecível durante três semanas.

"Gracias a la vida..."

sexta-feira, junho 17, 2011

Fernando Pessoa

Vancouver - Jardim Chinês
"Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio
 
E a minha ambição era trazer o universo ao colo
 
Como uma criança a quem a ama beija.

Eu amo todas as coisas, umas mais do que as outras,

Não nenhuma mais do que outra, mas sempre mais as que estou vendo
Do que as que vi ou verei.
Vancouver - Jardim Chinês

Nada para mim é tão belo como o movimento e as sensações.

A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos.

Penso nisto, enterneço-me mas não sossego nunca."

Fernando Pessoa


terça-feira, junho 14, 2011

Montreal, a Cidade de Leonardo Cohen.



Sempre me falaram em Montreal como uma cidade de língua francesa. Saio daqui com a convicção de que Montreal é bilingue ; francês e inglês. Fala - se inglês sem problema - e falam-se muitas outras línguas porque, tal como Toronto, é uma cidade multicultural. Apesar disso, é a segunda maior cidade falante de francês no mundo,  vem logo depois de Paris.


Ostenta denominações como: cidade mais europeia do continente norte-americano; capital das artes,dos espetáculos e da cultura; cidade de Leonardo Cohen, em que ele aprendeu a cantar, escrever  e pintar. Onde, entretanto,  eu percebi mais o europeísmo de Montreal foi na elegância das roupas e das pessoas e na presença de invejáveis cafeterias - eu amo café e conheço as cidades pelo cheiro dele! Sim, e também no fato de que muita gente circula pelas ruas.


Leonardo Cohen, meu ídolo!


Só podia mesmo ser capital das artes. Cerca de noventa festivais se realizam aqui todos os anos. O Festival de Jazz de Montreal é um dos mais famosos no mundo. A Place des Arts ( http://www.pdarts.com/ )é um grande complexo de salas de espetáculos e de teatros, situada em meio a outra ampla praça , junto ao Museu de Arte Contemporânea - esse museu prioriza os artistas contemporâneos do Quebec.





















A cidade tem duzentas companhias profissionais de teatro e cinquenta companhias profissionais de dança. No Museu de Belas Artes, encontram-se obras de pintores famosos, como Rembrandt. A produção em Arte de Rua impressiona pela beleza e boa qualidade.A democratização do acesso à arte pode ainda ser percebida na presença de muita esculturas, em estilos diversos, espalhadas por Montreal.Como se não bastasse tudo isso, é a cidade de Leonard Cohen e o nascedouro do mundialmente conhecido Cirque du Soleil. Passávamos na Praça das Artes todos os dias e ficávamos impressionados com o grande número de pessoas circulando pelo local ou conversando em bares próximos.





















Encantei-me com a cidade subterrânea com seus dezoito quilômetros de ruas embaixo do centro da cidade.e onde se vêem shopings , cinemas, bares, galerias, restaurantes, livrarias, centros de lazer, estações de metrô e muita gente o tempo todo. São mais de 1600 lojas, 40 bancos, 30 cinemas e 10 estaçoes de metrô. Alguns prédios de hotéis e grandes magazines principalmente têm sua "continuidade"para a subterrânea. O uso de muitas estruturas de vidro faz com que belos raios de sol cheguem até a , totalmente climatizada, underground city.



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Há muitos lugares a serem visitados em Montreal, como a Basilica de Notre Dame; o Velho Porto , revitalizado, em 1980, e transformado numa imensa área de lazer; a  Santa Catarina, rua com o maior número de lojas do Canadá; o Parque Olímpico; o  Parque Mont - Royal , construído por Frederick Law Olmsted que tam,bém criou o Central Park de Nova York; o Bairro Chinês e os museus e galerias. Distante bem menos de cem km da fronteira americana, Montreal merece ser visitado - e bem visitado. Está na lista das vinte cidades mais seguras do mundo e nas cinco mais seguras da América. Uma cidade segura , a priori, já  me atrai, já a considero uma cidade boa de visitar. Eu tenho medo de sentir medo.

quarta-feira, junho 08, 2011

Canadá: fotos e comentários breves





















# Recebemos orientações , caso entrássemos nas florestas, sobre procedimentos para evitar perigosos ataques de ursos. Não vimos, entretanto, nem um. De animais diferentes, vimos somente uma família de cinco alces e este pequeno raccon , que parecia gostar de fotos. # Um dos lugares mais interessantes que vi no Canadá, foi a Place des Arts, onde está o Museu de Arte Contemporânea de Montreal e onde se vê , o tempo todo, muita gente passeando.























# Encontrei uma cadeias de lojas , La Senza, originalmente de Dorval, no Quebec, somente com roupas íntimas e perfumaria -  similar a  americana Victoria Secrets. Os preços, bem razoáveis; as roupas, lindas.

#  Gostaria muito de voar até Seattle (US) e ir de navio até Victoria ( CA) , visitando, depois, toda a Ilha de Vancouver. Ficou em projeto.








































# Na rua principal de Winnipeg, que chega  até a Estação Central de Trens, vi essa escultura linda de Gandhi - senti saudades da Índia.

# No terceiro dia de viagem, eu já estava um pouco cansada fisicamente , mas não conseguia parar de olhar as belíssimas paisagens que passavam pela minha janela. Por um momento, Ronald desviou minha atenção para fazer esta foto.























# Três horas depois de Jasper, a caminho de Vancouver, começa a descida das Montanhas Rochosas. Surgem novas paisagens lindas, como pequenas cascatas e uma cascata  grande, que avisam da sua proximidade , e o trem passa lentamente , dando tempo e condições de fazer boas fotografias.





















# No famoso Stanlery Park, em Vancouver , havia muitas, mas muitas flores, em belíssimas combinações. Passamos - Ryan, meu filho canadense, Ronald e eu - uma tarde lá. Gostaria de voltar a esse park.

#  Meu sonho passou a ser uma viagem de navio, que parte de Seattle (US) ou Vancouver ( CA) e vai a algumas cidades do Alaska. http://www.alaskatravel.com/

#  Saí de Montreal frustrada por não ter visto o Cirque du Soleil ali, no seu nascedouro e de não ter assistido a Leonard Cohen.










































#  Em Montreal, ficamos hospedados no Quartier Latin, na rua St.Denys, num B&B, bem localizado e com o menor preço de hotel que pagamos no Canadá - foto ao lado.

# Em Niagara, encontram-se cassinos grandes,  imponentes, em belos edifícios. Vi um que tem três mil máquinas e 150 mesas de jogo. Só olhei, é claro!










































#  Em Toronto, no teto de um imenso Shopping Center, está a escultura  de um bando de gaivotas.Um trabalho de impressionante beleza - e muito fotogênico.Na propaganda desse Shopping, lê -se  que "tudo que está à venda no mundo, pode ser comprado ali".

# No Hard Rock Café, em Niagara, pedimos dois sanduiches e dois sucos de laranja, pelos quais pagamos  o preço de um jantar num bom restaurante. Eram bons e bem apresentados e o local, confortável e com uma decoração bonita e bastante informativa. Mas caro...como eu ouvi no Mato Grosso do Sul uma vez "caro pra encrenca!"























# Interessante este tradicional mercado em Vancouver. Muita gente circula por aqui diariamente. Linda a  "arrumação" das carnes, frutas, legumes  e queijos nesse mercado.

# Em Alberta, pode-se comprar tudo para Cowboy. As roupas esportivas também são de boa qualidade nessa Província.





















# No Stanley Park , está este conjunto de esculturas com diferentes movimentos faciais e corporais. As pessoas se divertem tentando imitar cada deles.

# O maior Shoping Center do mundo - até este momento - é o West Edmond Mall, em Edmond, na Província de Alberta.





















# Para finalizar este tópico, uma foto que fiz da janela do apartamento de Ryan e de Norma. É o pô-do-sol visto na Baía de Vancouver. Fantástico!

sábado, junho 04, 2011

Jasper 2

Como a cidade de Jasper está situada no meio do Parque Nacional do mesmo nome, é fácil realizar passeios para todos os lados - e em todos os lados há muito o que se ver. Destaco , a seguir, alguns passeios que considerei fantásticos.

A sete km da cidade e a 2280 metros de altitude, há um mirante, próximo do pico da Whistler’s Mountain. Chega-se lá por um bondinho e tem-se belíssima vista panorâmica da região. A subida leva sete minutos de medo, mas a visão das paisagens é compensadora. Os mais corajosos que eu, podem , depois do bondinho, fazer uma trilha e chegar, a 2470 metros, no pico da montanha. 
Jasper
Fizemos 105 km, a partir de Jasper, para ver a impressionante paisagem do Columbia Icefield. Esse campo de gelo estende-se entre os parques nacionais de Jasper e Banff, formando a maior área coberta de gelo das Montanhas Rochosas – 325 km2. Quando chegamos lá, estava nevando muito, e a nossa visita ficou bastante prejudicada. Apesar disso, retive imagens que estão entre as mais bonitas que já vi e mantenho o desejo de voltar

Os lagos Patrícia (foto 1) e Pyramid estão muito próximos da cidade - menos de 10 km. Os dois estão situados na frente da Pyramid Mountain, que tem 2760 metros de altura e um bonito perfil. O Patrícia me pareceu um local mais silencioso e tranqüilo, enquanto o Pyramid mostrava-se mais agitado, com maior número de pessoas praticando windsurfe.

Percorremos a Maligne Lake Drive como quem faz um passeio, sem pressa e com o desejo de ver as surpresas que essa estrada reserva a cada pequeno trecho. Desenrola-se por um vale, entre as montanhas Maligne e Queen Elizabeth e por ela se chega ao Maligne Canyon, de singular beleza, com seus paredões íngremes - com até 50 metros de altura - e suas impressionantes cachoeiras. O Maligne Lake, final do nosso passeio no dia, tem 22 km de comprimento e está cercado de montanhas cobertas de neve. É o maior lago natural da região.
A atendente da locadora de carros nos disse que não deixássemos de ver a Athabasca Falls. Sorte que fomos. É, de fato, uma cachoeira pequena em relação às outras das Rochosas – tem ali o rio Athabasca uma queda de 23 metros – mas é o volume e a força da água, passando por uma fenda estreita do penhasco, que faz essa cachoeira tão impressionante e bela.

Estar em Jasper, caminhar por suas ruazinhas estreitas, ver a tranquilidade com que a cidade se move e olhar, ao seu redor,  as montanhas nevadas, já é muito bom. Visitar o imenso Parque Nacional, com suas estradas que parecem desenhar-se entre jardins, é simplesmente uma bênção. Ainda bem que moradores e visitantes são conscientes de que tudo isso precisa ser cuidado, amado, preservado. Não se vê um plástico, um pedaço de cigarro, uma marca de sujeira. Com certeza, as pessoas levam apenas as fotos e a memória de haver estado num dos lugares mais bonitos do mundo.

Jasper 1


Com menos de vinte mil habitantes, a pequena Jasper está entre as mais visitadas do Canadá. Localizada em Alberta, já próxima a British Columbia, está dentro de um dos maiores parques do mundo.

Chegamos ali depois de três dias e três noites de trem e de ter passado por cidades bem interessantes, algumas das quais, como Edmonton, eu gostaria de retornar no próximo ano. Estávamos encantados com a beleza da paisagem vista, mas fisicamente cansados .

Jasper era a única cidade que não tínhamos hotel reservado (sempre reservo os hotéis por internet. Fica fácil porque tenho uma coleçao de endereços ). Por ser uma cidade pequena, eu acreditava que os hotéis estariam próximos, ao redor da estação de trens. E estavam! Escolhemos um cuja distância era somente atravessar a rua – confortável, com atendentes gentis e atenciosos e com preço razoável ( http://www.whistlersinn.com/).

Adicionar legenda

Essa cidade, um dos primeiros assentamentos europeus no Canadá, tem uma das menores cargas tributárias do país: 5% enquanto em Toronto paga-se 13% em cada compra.

Eu havia estudado bem os mapas da área. Sabíamos que era impossível conhecê-la sem automóvel. Decidimos permanecer quatro dias e , imediatamente, fizemos a locação de um carro e passamos a percorrer as redondezas. Vimos lugares fantásticos - montanhas, cascatas, campos de gelo, lagos, rios de águas limpíssimas e azuis, arbustos, flores , árvores frondosas, vegetação com o verde intenso da primavera, tudo belíssimo.

Pensávamos ir até o Lake Louise, que está cerca de 300 km de Jasper e que dizem ter impressionante beleza, incluindo a beleza da estrada, que surpreende a cada curva. Devido a chuva e a neve, entretanto, percorremos pouco mais de 100 km , até o Columbia Icefield, onde se erguem imponentes glaciares. De lá, retornamos. Lake Louise ficou para outra oportunidade, mas o que vimos nesse trecho já valeu a viagem.