terça-feira, dezembro 14, 2010

Tozeur, cidade dos tapetes.


Palmeirais e plantas em três níveis

O que torna esta pequena cidade mais interessante é proximidade dela com o Saara. Surgiu como um oásis de montanha e um ponto de paragem para as caravanas que vinham do subsaara fazer negócios com as cidades da costa do Mediterrâneo.


Mosaicos de Tozeur

Sua maior riqueza é o palmeiral – visitamos um que tem um milhão de palmeiras. A produção maior é da espécie denominada “ dedos de luz”, uma tâmara muito doce e quase transparente, preferida para exportação.


Mosaicos da Mesquita Principal de Tozeuar
A produção de tâmaras, a produção de fosfato, nas montanhas do Atlas,  e o turismo , principalmente internacional, constituem a base econômica da região. Presenciei dois fatos interessantes aqui. 


O burro e a moto

O primeiro foi uma briga, junto a uma feira de frutas e verduras, quando o dono de uma carroça , puxada por um pobre burrinho que se rebelou e quis disparar. Ao fazer isso, o animal bateu numa moto e fez cair a sinaleira. Apareceu furioso o dono da moto. Enquanto ele falava alto e gesticulava muito, o dono da carroça tentava consertar a sinaleira e falava também, talvez desculpando-se.


Muitas esculturas em madeira

Eu queria falar árabe naquela hora , para entender a briga e defender o burro, a meu ver a maior vítima. Juntou gente e, nessas circunstâncias, aumenta o burburinho. Por sorte, apareceu o dono da feira, que falou mais alto – a própria voz da autoridade - como convém a quem tem um lugar de poder. Os dois litigantes foram baixarando a voz, baixando a cabeça e , por fim, retiraram-se. Dispersaram-se também os observadores - inclusive eu , que continuei lamentando não conhecer a língua árabe.

Tapeçaria

O segundo fato está vinculado a minha patetice e à minha impossibilidade de reconhecer pessoas famosas. Nós estávamos hospedados no Hotel Sofitel Palm Beach Tozeur ( www.palmabeachtunisia.com ) Uma manhã, passei por um homem que me pareceu familiar.Nada demais. Depois vi que muitas pessoas o olhavam e comentavam isso entre si e observei  que ele parecia escapar dessa admiração. Entrou num carro, acompanhado de outras pessoas e se foi. Perguntei a um empregado do hotel quem era aquela pessoa. É Antonio Bandeiras, disse ele, que está fazendo um filme ambientado no deserto e nos palmeirais. Sobrou-me fazer aquela cara de Ah é,é?  


Mesquita de Tozeur

Visitamos Dar Cherait, um museu muito interessante, que reproduz cenas de costumes berberes. Visitamos a Mesquita, com desenhos geométricos em toda a sua fachada, riquíssima em mosaicos e artísticos tapetes. Fiz belas fotos ali.




Passeamos pela cidade antiga e pelo palmeiral de três níveis: no primeiro nível , estão as verduras; no segundo, as árvores frutíferas ( romãs, bananas, figos,laranjas) e , no terceiro, as tamareiras. Passeamos pela cidade antiga e pelo mercado ( suk).





Numa noite, fomos a uma festa típica, daquelas feitas para entreter turistas. cavaleiros e cavalinhos treinados , fazendo acrobacias; dança do ventre com bailarinas gordas; equilibristas e música Foi bem interessante. A proximidade com o deserto e a possibilidade de adentrar ao Saara faz , desta visita, algo obrigatório para quem vai à Tunísia.


Interior da Mesquita 

Um comentário:

  1. Bah esse teu episódio com o Bandeiras lembra o meu com o Zafir na sala de espera do aeroporto de Congonhas! Mas se fosse o Bandeiras eu o reconheceria hehehe

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