sexta-feira, agosto 27, 2010

Sobre a China: comentários e fotos I

























Suzhou é chamada "A Veneza do Oriente". Pode-se fazer nela um belíssimo passeio de barco até o Grande Canal.

Vi muitos homens lavando roupas no Canal de Suzhou. Batiam nelas com um pedaço de madeira.

Os homens só deixam o cabelo branco aparecer depois que se aposentam. Enquanto trabalham, mantêm os cabelos cuidadosamente pintados.

Comprei sombrinhas lindas sem utilidade para nós: fator solar 50.

Hangzhou é famosa pela fabricação de sombrinhas bordadas, pintadas , rendadas, todas de incrível beleza e delicadeza. Custam pouco mais de 10 dólares.

As mulheres chinesas cuidam-se para manter a pele clara. Nada de bronzeados. Usam roupas ccom mangas longas, luvas e sombrinhas, quando o sol é forte.


























As verduras são cozidas, até mesmo as folhas de alface. Mata-se a verdura para depois comê-la.

A Lei de Planificação Familiar fez do aborto um poderoso meio de controle populacional. Pode ser feito até no último mês de gravidez.

O anticoncepcional é distribuído  gratuitamente.

Contou-me um menino chinês que muitos decidem , na família, quem vai ter filhos para levar o sobrenome.





















As minorias étnicas , que constituem 8% da população, podem ter quantos filhos quiserem..

São 80 milhões de filhos únicos que agora estão tendo seus filhos - uma geração de crianças sem tios e sem primos. Com um bilhão e 400 milhões de habitantes , a China cria suas estratégias de contenção!

Inesquecível as massagens nos pés. Fiz várias. Em Guillin, fiz uma hora dessa massagem e , depois, dormi doze horas sem acordar. Fantástica.


























Ao chegarmos no hotel , em Hangzhou, havia ali uma festa de casamento. Fomos presenteados pelos noivos com lindas caixinhas cheias de confeitos.

A  institiução da gorjeta só existe, na China, em lugares com turistas. Vi uma cena interessante: um estrangeiro deixou o troco de gorjeta para o taxista  e foi embora rapidamente - o taxista correu atrás dele gritando : forget money! forget money!  Em Hong Kong e Macau, a gorjeta está instituída.

A EXPO 2010, em Shanghai , foi a mais bonita das "Expos"que eu vi. O prédio da China será permanente, ficando como espaço cultural.




terça-feira, agosto 24, 2010

Viagem ao Uruguai


Pedro em Montevideo

Após duas semanas de nosso retorno dos Estados Unidos, fomos - Ronald, Pedro,Alda e eu -  fazer, de carro, uma viagem de 8 dias pelo Uruguai.
Pedro, feliz, falava ,com frequência, que era essa a sua primeira viagem internacional - a primeira de muitas outras, segundo ele.
Em Livramento, precisa-se fazer um seguro  - Carta Verde. Um gentil senhor do Hotel Júlio prontificou-se a ajudar-nos. Em menos de uma hora, estávamos com esse documento. Fomos , então, a aduana uruguaia, apresentar os documentos pessoais e do carro , necessários para obter o permmisso. Tudo muito rápido e eficiente.
De Rivera a Montevideo, são pouco mais de 500 Km . Estrada boa a Ruta 5 - bem como haviam nos informado  no Setor de Turismo da Aduana de Rivera.


Ronald na Casapueblo
Fizemos uma parada em Tacuarembó e chegamos em Montevideo,  no Hotel Balfer ,ao  final da tarde. O Balfer ( hotelbalfer@adinet.com.uy ) é um pequeno hotel, duas estrelas, com excelente localização e atendimento - pessoal muito disponível e gentil. Durante vários anos hospedei-me nele, quando vinha reunir-me com o Grupo de Pesquisa "Educação em Área de Fronteira" ou trabalhar na Universidade da República.
Foi uma alegria passear, durante três dias, por Montevideo, cidade tranquila, limpa e bonita. Andei bastante pela Ciudad Vieja, um dos meus espaços preferidos. Lembrei-me, com saudade de Walter, meu querido amigo, que me ensinou a melhor apreciar a arquitetura montevideana.    Pena que a maiorios dos meus amigos estavam viajando. Queria muito tê-los encontrado, Luis,Raquel,Adolfo, Guillermo,Beatriz, Suzana. Voltarei! Voltarei,sim.
Depois de traçar  Montevideo, fomos a Piriápolis e Punta del Este. Visitamos a escultura habitada   , que é a Casapueblo, do artista     Carlos Páez Vilaró. De muito tempo, essa casa é nossa conhecida através de Toquinho e Vinícius:


Alda e Pedro em Colônia
"Era uma casa
muito engraçada,
não tinha teto,
não tinha nada..."
Encantadoras  também foram as visitas seguintes.  Por um acesso bastante fácil, deixa-se Montevideo e entra-se na estrada que vai a Colônia do Sacramento, cidade  merecedora de uma estada de, ao menos,  dois dias - antecedidos de boas leituras sobre sua história,geografia e arquitetura. Colônia foi fundada no século XVII, por ordem do Império Português. Foi motivo de lutas e tratados entre espanhóis e portugueses. Tem um Centro Histórico reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Estivemos, a seguir,  em Carmelo, cidade integrante do Departamento de Colônia, fundada por Artigas,em 1916. O Porto dessa pequena cidade de 16 mil habitantes é fotogênico e interessante de ser visto.


Ponte Internacional em Paysandu
O entorno da cidade de Mercedes tem campos e fazendas que dá gosto ver! As estradas são boas, mas a sinalização deixa a desejar. Por duas vezes, entramos em estradas erradas. Serviu para demonstrar-nos a fineza e a gentileza dos moradores das áreas rurais, que nos deram detalhadas informações.
A visita a Paysandú foi muito interessante. Uma das três maiores cidades do Uruguai, tem bons restaurantes, bom comércio e um certo ar de cidade grande. O pôr-do-sol , visto desde a ponte internacional, é lindo. Rendeu-me fotografias fantásticas. De Paysandu, por uma estrada bonita, mas monótona, chegamos a Tacuarembó, depois Rivera. O roteiro da próxima visita ao Uruguai já está programado : entraremos por Artigas e sairemos pelo Chuí! Prometi a mim mesma explorar mais os países vizinhos, especialmente o Uruguai , a Argentina e o Chile. Há muito o que ver. E há muita semelhança conosco.

sábado, agosto 21, 2010

Visita das Gurias

Sônia,Cleuza, Gilca e eu
Minha mãe costumava  referir-se a suas irmãs como  as gurias, gurias que já ultrapassavam  meio século de vida e que nós, muito jovens, riamos por considerá-las umas velhas.
Pelo fato de eu haver trabalhado em vários estados brasileiros, eliminei muitas marcas regionais da minha linguagem. Passei a usar um padrão linguístico supra-regional, onde algumas palavras, como gurias, entraram em desuso. Depois que voltei a viver aqui, na Bela União, assumi, no dia-a-dia, vocabulário típico desta região.
Evocou-me essa lembrança o comentário que fiz quando Sônia, Cleuza e Gilca saíram daqui: Que bom ver as gurias!
Juntamente com meu querido amigo Cláudio, elas  trouxeram alegria num domingo que passou a ser muito especial - ainda que insuficiente para tantas histórias que sempre temos a contar ou a relembrar.

segunda-feira, agosto 16, 2010

Festa em Família: Airton Amaral



Airton,Vera, filhos e netos




















Estou convicta de que, na minha idade, a gente tem bem mais de uma família. O tempo, o convívio, o afeto e a própria história de vida nos integram a outra(s) família(s) que passam a ser como nossa(s).
Ontem, estive na festa dos 70 anos do Airton Amaral. Quando foram fazer a foto dele com os seus irmãos , por ordem de idade ( Marcos, no lugar de seu pai Arilde , o irmão mais velho,já falecido, seguido de Airton, Arilton, Altamir, Amilton, Antônio Ângelo, Tudinha, Antonio Augusto e Isaurinha) eu fiquei bastante emocionada, com vontade de chorar.


Meus pais e os pais do Airton ( A menininha sou eu )




Àquela foto, que estava sendo feita, eu sobrepunha outra, feita há 58 anos: casamento da minha irmã mais velha – ela, o marido, eu ( com 8 anos) meus pais e os pais do Airton - uma relação de família, portanto, anterior – eu bem sei - ao nosso nascimento. Rememorei , ainda, duas outras cenas : o pai do Airton chorando no enterro do meu pai e , muitos anos depois, todos os meninos presentes no enterro da minha mãe. Somos , de fato, família.


Meus pais 



















Na casa deles, nasciam mais meninos – somente duas meninas. Na nossa casa, mais meninas – somente dois meninos. Apesar dessa diferença de gênero, brincamos juntos quando criança, nas visitas que se faziam nossos pais ou nas festas em que a gente se encontrava. De minha infância, já tenho lembranças esparsas, como : Arilton , tremendo ao fazer um exame de leitura na escola; Mile e Antônio Ângelo brigando e brincando juntos, muito amigos de pequenos até hoje; eu levando um presente para o Antônio Augusto quando ele nasceu - Toniquinho foi sempre meu baby brother; a minha admiração pela angelical beleza da Isaurinha e pela firmeza e determinaçao da Tudinha...Da minha adolescência , lembro as festas, a alegria dos encontros, as conversas, as risadas, a amizade sempre. Lembro das viagens com nossos filhos pequenos. 


Airton e seus irmãos



















Conhecemos a história de cada um dos integrantes de nossas famílias – que Airton e eu gostamos de relembrar e comentar, ampliando também para as histórias da região. Rimos das mesmas histórias já faz mais de 50 anos, como a dos Tinhecos, meninos terríveis da vizinhança. A Vera, com sua paciência e tranqüilidade, escuta as histórias que já conhece de muito tempo – e ri conosco.Gosto muito dela.

Meus irmãos


Estamos hoje todos entre 50 e 70 anos. Nossos pais têm existência em nossa memória e saudade. Nós temos filhos, netos, sobrinhos, cunhadas, cunhados – gente linda , gente boa , família grande . Como não lembrar da Neneca, da Claide, do Ricardo, do Fábio, do Luciano e dos outros todos ? Interessante e sábia a observação do Ronald quando chegamos em casa: É muito bonita essa outra tua família.


Airton. eu e Ronald



















Continuamos, ainda bem, com a condição de estarmos solidariamente juntos, nas mais diferentes circunstâncias :  em casamentos, aniversários, solenidades e funerais. Continuamos com a condição de rir e de relembrar nossa grande família, composta hoje de várias famílias.


Vera, Airton e filhos


















Airton, meu amigo-irmão, nosso bem mais precioso é a capacidade de amar, “amar uns aos outros...” e nós recebemos esse tesouro. Agradeço aos Céus por termos tido a condição ,a capacidade e a oportunidade de, a cada encontro, não importando o tempo de afastamento, darmos continuidade aos assuntos como se tivéssemos nos encontrado um dia antes - invariavelmente iniciando as conversas com o "tu te lembras...?". Isso é o que importa. Esse é o verdadeiro vínculo familiar.


Vera, Airton e Filhos

ETERNIDADE

Quando os meus filhos
disserem aos meus netos
o quanto eu os amava;
e quando os meus netos
disserem aos meus filhos
que guardam lembranças minhas
e de mim sentem saudade,
não terei morrido nunca:
serei eternidade!

Poema de Maria Gessi Bento,
que transfiro também aos amigos.

terça-feira, agosto 10, 2010

Pequenas histórias II

St. Louis (Missouri)
Eni, minha amiga-irmã, e eu saímos domingo cedo de Pana para conhecer as cidades de St. Louis ( Missouri) e East St.Louis ( Illinois)   , separadas as duas pelo Rio Mississippi. Bonitas e interessantes cidades. (foto 1).
Ao passar por uma pequena cidade, vi, numa esquina,um aglomerado de pessoas e carros. Ao aproximar-nos, escutei a fala, alta e apressada, de um homem. A mim , parecia que ele rezava. Eni esclareceu-me que havia ali um leilão ( Auction).
Além de curiosa, gosto de "eventos populares".
Foi eu mostrar interesse e minha amiga estacionou perto do aglomeramento de 40 ou 50 pessoas.
Descemos.O homem que me parecia rezar, era o leiloeiro. Contei oito agrupamentos dos mais diversos e estranhos produtos que, com rapidez, estavam sendo leiloados - além de muitos e lindos móveis que estavam espalhados pelo terreno. Imediatamente, inscrevemo-nos para poder dar lances. Sim! a experiência devia ser completa.
Objetos a serem leiloados
Eni gostou de um prato de porcelana inglesa e ofertou um dólar de lance. Ninguém mais fez ofertas. Ela levou o prato , mas esse prato não estava sozinho, fazia parte de quatro caixas de louças diversas. Levamos para o carro as oitenta e duas peças que compunham o lote onde estava o prato.
No agrupamento seguinte, havia tecidos. Dei um lance - de um dólar também - pensando em levar um bonito pano para fazer toalha de mesa. Levei...esse pano e mais cinco caixas de tecidos diversos, alguns muito bons. Ao todo, mais de 200 metros!
Pusemos tudo no carro, que ficou superlotado com nossas "aventurosas', fizemos algumas fotos e continuamos nosso passeio para Missouri.
Trouxe poucos tecidos para o Brasil. O restante teve como destino as lojas do Exército da Salvação.Foi um aprendizado e uma diversão inesperada e com baixíssimo custo.

domingo, agosto 08, 2010

Pequenas histórias I


Ela nos recebeu na estação de trens de Shanghai. Demonstrava ser competente profissional e falava o melhor espanhol-chinês que eu encontrei.
Aparentava pouco mais de 50 anos . Era uma pessoa simples e muito elegante. Acompanhou-nos , durante três dias, naquela metrópole. Éramos dois casais: Ronald e eu, Pedro e Maria, uns espanhóis encantadores.
No final do primeiro dia, perguntou , muito formalmente, sobre meus filhos, quantos eram e que idade tinham. Ao responder, acrescentei informações sobre os dois filhos de meu marido. Eu não sabia que estava “dando um nó” na cabeça daquela elegante senhora . A partir daí , sempre que era possível, vinha ter comigo uma conversa particular, à procura de novas informações que a levassem a entender o fenômeno. Meus filhos haviam concordado com esse casamento tardio e com um estrangeiro? E os filhos dele, haviam-me recebido bem? E os demais familiares nossos como reagiram?
Percebi, depois , que a dificuldade maior era a relação minha com meu ex-marido. Quem ficara na casa, perguntava ela? Meu ex-marido concordara com meu casamento? A cada conversa, a situação se complicava mais. Saber que meu atual marido tinha duas ex-esposas e que meu ex-marido era casado , foi um choque para ela. Contou-me que jamais os filhos dela concordariam com uma situação tão extraordinária assim. Dei-me conta que o abismo era muito mais cultural que lingüístico.
A cada intervalo nas explicações sobre Shanghai, novas perguntas e novos comentários. Ela estava sempre ansiosa para saber mais. Discretamente ansiosa. Procurava sempre ser discreta.
No último dia, quando nos acompanhava ao aeroporto, após pedidos de desculpas pelas indagações todas e muitos elogios ao meu espanhol e à minha disponibilidade para conversar, ela fez a mais difícil das perguntas: junto com quem eu seria enterrada quando morresse. Com qual dos meus maridos estaria o lugar para mim. Entendi essa pergunta porque me lembrei da Slovakia, onde ficava pronto, ao lado do cônjuge morto, o lugar do que ficara vivo – na lápide, nome e data de nascimento do sobrevivente , faltando apenas colocar a data da morte!
Depois, já no avião, eu ri muito, imaginando um cemitério estranhamente comunitário, com meu ex-marido, a mulher dele, o ex-marido da mulher dele, meu marido, mais as duas ex –mulheres dele com seus maridos e ...Quanta gente! A pobre senhora chinesa não poderia mesmo entender .

segunda-feira, agosto 02, 2010

Macau, a Las Vegas do Oriente


























Macau é hoje Zona Administrativa Especial da China. Esteve durante 450 anos sob domínio de Portugal - que a devolveu em 1999. É interessante de conhecer. Pode-se ir de ferryboat, a partir de Hong Kong, de Shenzhen ou de Guanzhou. Fui a Macau a partir de Hong Kong, numa viagem com pouco mais de uma hora de duração, com cenários bonitos de ver. 





















A Língua portuguesa é uma das suas línguas oficiais. As indicações de ruas, monumentos históricos e prédios públicos estão em quatro línguas: Português, Inglês, Mandarim e Cantonês. Apesar disso, não encontrei lá falantes da Língua de Camões. Havia até um restaurante simpático chamado "Amigos"; o cardápio, entretanto, estava todo em chinês. Gostei da Rua da Felicidade!






















Usam-se moedas diversas, além da Pataca, moeda local, pode-se usar dólar de Hong Kong, Yuan chinês, euro e dolares americanos. A razão por que circula tanto dinheiro e tão diferentes moedas é o fato de Macau ser a Capital do Jogo na região, conhecida como a Las Vegas do Oriente.




























Vale a pena ver o Centro Histórico, a fachada da Igreja de São Paulo - o que restou do incêndio ocorrido em 1835 - e a fantástica arquitetura de alguns cassinos. O Hotel Lisboa tem, por fora, o estilizado formato de um abacaxi e , por dentro, o mais fantástico estilo de um clube noturno dos anos 70. Um luxo só! 






















Um dos homens mais ricos do mundo mora em Macau. Segundo contam, é proprietário de mais da metade da ilha. O pai desse milionário foi o primeiro chinês a morar na Vitória, parte de  Hong Kong reservada à moradia de ingleses. 





















A comida é boa e tem traços da comida portuguesa. Um prato com vagem e feijão branco e uma galinha assada no forno, depois de marinada em alho, pimenta e leite de coco, foram os melhores pratos que experimentei lá. 





















É interessante comparar a história , os rumos e o desenvolvimento de Macau e Hong Kong - um colonizado pelos portugueses e o outro , pelos ingleses. Um dedicado ao jogo; outro, a indústria de ponta. Os dois , em lugares de privilegiada beleza.



Hong Kong : Região Administrativa Especial da China





















Meu filho sempre me falou da beleza de Hong Kong - e com razão. Fiquei hospedada em Kowloon, no centro dessa cidade, que, a partir do século 16, pertenceu à Inglaterra e que só retornou, como Região Administrativa Especial da China, em 1997. Da relação com a Inglaterra, é bem evidente que conservou traços na economia de mercado, nas filas bem organizadas, no sistema de ensino,nos ônibus de dois andares e no hábito do chá da tarde.






















O que a torna bastante diferente, entretando,  da China continental, é a sua autonomia. Tem moeda e legislação próprias. O aborto, por exemplo, é proibido aqui e permitido na China até nos últimos meses de gravidez. Fácil! Mulheres de HK vão à qualquer cidade da China e fazem lá o aborto.






















É mínima a produção agropecuária aqui. Os alimentos vêm, quase todos, de fora. A indústria tem, na produção de equipamentos eletrônicos e de informática, seu ponto forte, como é forte também a prestação de serviços na área financeira. Aquilo que a HK não interessa ter, é pesadamente tributado. O aumento de circulação no trânsito é um problema: tributo alto para carros e gasolina. Fumantes e bêbados sobrecarregam os serviços de saúde: altos impostos para cigarros e bebidas. O número de cigarros que os turistas trazem, tem forte controle.























A barreiras às informações , que encontrei na China - não permitindo, por exemplo, acesso a blogs e Google - não se encontram aqui. Visitei lugares lindos , como o Porto de Aberdeen, o Templo Wong Tai Sin, o Templo Taoista de Man Mo - com seus fantásticos espirais de incenso - os Jadins do Pico Victoria e a Baía Repulse, onde se encontra um grande templo com um "mix "de animais e deuses e onde há uma grande e bela estátua de Guanyin, deusa a quem o templo é dedicado.





















Vi aglomerados de arranha-céus e pontes , muitos belíssimos e modernos hotéis cinco estrelas, daqueles que fazem a gente admirar a competência e criatividade de arquitetos e engenheiros. 






















Por todo lado, vê-se uma mistura do novo com o antigo, dos fantásticos shopping centers com os ambulantes que vendem pés de galinha. Um dado interessante são os costureiros de Hong Kong. Em quatro horas, fazem belas e elegantes roupas sob medida`, com prova e tudo. O preço é razoável; a roupa, perfeita.



























Gostaria de voltar a Hong Kong e ver , com tempo e calma, este belo lugar. Faltou-me , ainda, um passeio de barco, à noite, pela Baía. Contaram-me que é muito bonito. É uma cidade compacta, com muitas informações em inglês. É , realmente, aquilo que me parece que ela almejar ser: uma cidade internacional. 





















Diferentemente da China Continental , nao se precisa de visto para entrar ali.Em Hong Kong, esfreguei a mão na careca de um Buda de bronze . Traz sorte! Acendi muitos incensos. Cruzei a Ponte da Longevidade, que garante, a quem faz essa travessia, mais três dias de vida. Vamos que seja verdade...




Shenzhen, importante centro de negócios





















Embora a cidade de Shenzhen não tenha atrativos especiais, a semana que fiquei aqui foi muito proveitosa para conhecer a China . Como estava hospedada no apartamento de Jimmy, filho de Ronald, pude vivenciar um pouco do cotidiano chinês, como ir a supermercado, caminhar pelas redondezas, fazer pequenas compras e ter a experiência de buscar entendimento sem intérprete. O fato de Jimmy , que é professor de inglês, falar também mandarim , ajudava - me na comunicação diária























Shenzhen pertence à Província de Guangdong, que está localizada mais ao Sul da China. É uma cidade nova, muito importante para o desenvolvimento do País. Foi uma das primeiras cidades a tornar-se Zona Econômica Especial, como parte das reformas da década de 80, quando ainda era uma pequena vila junto a Hong Kong. 





















Hoje é uma metrópole e , em matéria de crescimento econômico rápido, diz - se que já supera Shanghai. Em toda parte, observam-se grandes construções, grandes grupos de modernos edifícios - edifícios muito altos e com abundante uso de vidros.
























É um importante centro de negócios, o que a torna uma cidade bastante conhecida de visitantes estrangeiros. Também é um centro de compras das vizinhas cidades de Macau e Hong Kong. Faz-se Shenzhen / Hong Kong , em menos de uma hora, de trem. Para o aeroporto de Hong Kong, pode-se ir em ônibus direto, apenas com uma parada na polícia chinesa. 






















Eu gostaria muito de ter visitado Guangzhou, capital da Província de Guangdong e grande cidade-porto. Não foi possível pelas complicações com o meu visto. Ficou para a próxima vez.

Shanghai


Shanghai ( Xangai)




















Das minhas remotas lembranças de criança de meio rural, que sonhava um dia "ver o mundo", surge Shanghai como minha única referência à China. Essa cidade aparecia, no meu imaginário infantil, cheia de mistérios, intrigas, crimes, bandidos e ...sem mocinhos. 





















Eu não imaginava, realmente, conhecê-la um dia. Quando comecei a ler sobre a China, já com o intuito de visitá-la, constava Shanghai da minha lista, antes mesmo de Pequim. Quando lá cheguei, senti um "respirar difícil", um aperto no estômago, um olhar que não dava conta de enxergar tudo o que eu queria. Encontrava, enfim, a metrópole que eu sonhara ver.





                                                     
















Não me decepcionei, mas assustei-me um pouco. Tive, no entanto, a certeza de que com ela não estabeleceria laços. Sua grandiosidade me dava um certo medo. Eu apenas a visitaria. Imaginem que 300 das 500 maiores companhias do mundo ( lista da FORBES) estão presentes em Shanghai, sendo cerca de 50 delas com sedes regionais. 


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 












Com 20 milhões de habitantes permanentes e 5 milhões que, diariamente, movimentam-se ali, apresenta-se até bem organizada, embora eu pense que jamais conseguiria mover-me, dirigindo um carro, naquele trânsito. Shangai, cujo nome significa acima do mar,  é uma das cidades de maior e mais rápido crescimento no mundo.





















Visitei a Cidade Velha, alguns templos, mercados e igrejas, o Jardim Yu Yuan, o mais famoso daqui. No bazar desse Jardim, muitas barracas onde, quem tem paciência para pechinchar - o que não é o meu caso, pode fazer boas e divertidas compras. Vi muitos chineses comprando passarinho frito, inteirinho!





















Passeei pelo Bund, avenida à beira -rio, com fantástica visão de prédios coloniais, e onde se pode caminhar vendo o movimento do rio e , de manhã cedo, vendo também muitas pessoas a praticar tai chi chuan. E, para completar, não é que estava-se realizando , na cidade, a Expo 2010, a mais bonita das Expos que eu já vi?





















OBS. Como estou com preguiça de escrever, deixo aqui o endereço de um site que tem as informações básicas sobre Shanghai.http://www.janelanaweb.com/viagens/shanghai.html