sábado, maio 31, 2008

Anotações breves sobre casamento




















1 - Vi muitos casamentos. Mês de maio. Os noivos sempre vão a lugares históricos fazer fotografias, como esses, que andavam com um cinegrafista e um fotógrafo, no Centro de Catânia.




























2 - Há muitas lojas especializadas em "lembranças" de casamento ( normalmente, bomboneira e confeitos),de batizado, de Primeira Comunhão, de aniversário, nascimento, bodas de prata, formatura, enfim, qualquer comemoração. Presentes lindos!






















3 - A decoração da Igreja para casamentos inclui estes caprichados pacotinhos de arroz para os convidados jogarem nos noivos, com o desejo de prosperidade e felicidade.


"Há tanta vida lá fora..."




















Catânia é , em extensão, a segunda cidade da Sicilia. Está próxima ao vulcão Etna, com o qual se diz que ela tem uma relação de amor e ódio. É a cidade natal de Bellini - a Pasta alla Norma , tão popular aqui, é uma homenagem a esse grande compositor. O Porto de Catânia é conhecido internacionalmente e por aqui passam grandes navios de transporte ou de cruzeiros. Estou hospedada no Hotel Villa Romeo ( http://www.hotelvillaromeu.it/ ), confortável e bonito. Tem um jardim interno, com muitas rosas e gerberas, belíssimo. Hoje pensava ir a Caltagirone, a cidade das cerâmicas famosas da Itália. Acordei tarde. Irei amanhã. Já fui a Siracusa e Acireale. Agora, devo voltar ao centro histórico de Catânia, pois há muito o que ver lá.



sexta-feira, maio 30, 2008

"Lá vou eu..."

























Estou na Estação Central de Palermo. Daqui a trinta e cinco minutos, parto para Catânia. São três horas de viagem. Saio "nostálgica". Vivi bem, durante nove dias, aqui na capital da Sicilia. Visitei Selinunte, Marsala ( amei a paisagem das salinas com seus moinhos), Erice, Bagheria, Cefalù, Agrigento, Monreale e Mondello ( que me lembrou Torres ) . Conheci bem Palermo, bela e grande cidade. Fui acompanhada, pessoalmente ou por telefone, pela família Candiloro. Eles foram gentis, atentos e cuidadosos comigo. Este é um bom período para ver a Sicília: temperatura agradável - em torno de vinte e cinco graus - poucos turistas nos trens e nas cidades e preços que me pareceram normais.






















Hospedei-me, em Palermo, no B&B Panormus ( www.bbpanormus.com ). É muito bem localizado, na Via Roma e perto das estações de trem e de ônibus. Fica no quinto andar de um palácio e tem somente cinco apartamentos. A diária custa trinta e cinco euros. É administrado pelo proprietário, um jovem muito bem informado sobre esta ilha, que parece um outro país e não parece com o restante da Itália. Em comum, a deslumbrante beleza.

quarta-feira, maio 28, 2008

"Não foi nada...."

Palermo

Uma vez - já faz muito tempo - eu morava em Alegrete, tinha meus filhos pequenos, estudava e trabalhava em três empregos. Andava sempre exausta e exaurida. Em um sábado, em que eu ia cansadíssima para uma reunião numa das escola onde eu lecionava, atravessei uma rua sem estar atenta e atropelei uma bicicleta. Caí, raspei joelhos e mãos e levantei com dor e vergonha brutais - não sem antes ouvir do ciclista que, se eu queria me matar, fosse me jogar na frente de um caminhão. Ao chegar à Escola, encerrei-me no banheiro e chorei, mas chorei muito, de dor e de pena de mim mesma.

Palermo

Lembrei desse fato faz três dias. Aconteceu que eu vinha por uma bela e histórica rua de Palermo (foto) , desta vez muito tranqüila e descansada, quando fui semi-atropelada por uma moto, que deslizou de uma subida e bateu no meu braço , empurrando-o para trás. Sei que dei um grito horrendo. Ouvi do rapaz da moto que "nada se passara" e foi embora. Um senhor de uma dessas pequenas lojas de venda de alimentos, tão comuns na Itália, percebeu meu susto e chamou-me, deu-me água para beber e um medicamento para passar no braço. Perguntou se eu podia mover o braço e se ombro não doía. Veio à tona minha fragilidade naquele momento. Comecei a chorar. Chorava pelo susto. Chorava pelo acidente que poderia ter sido grave. Imaginava uma clavícula quebrada, um braço fora do lugar. Quanto mais o pobre homem falava, dizendo que o motoqueiro tinha sido irresponsável, que devia ter -me levado a um hospital, mais eu chorava. Então, tocou o meu telefone. Atendi e , com isso, estanquei o fiasco!


Palermo

Agradeci ao meu benfeitor e saí em direção ao Hotel. Saí agradecendo também ao meu Anjo da Guarda por ter sido pouca coisa e prometendo a Ele que seria mais atenta. Verdade que , no dia seguinte, não pude carregar a mochila com o notebook no ombro acidentado. À noite, tomei um antiinflamatório e passou a dor. Foram , portanto, embora em condições muito diversas, os dois acidentes de que vou sempre lembrar e que me farão temer qualquer coisa que se mova com duas rodas.

Sicilia : Palermo

terça-feira, maio 27, 2008

Apenas um "recado" from Sicilia






















Amanhã, irei de Palermo para Catânia. Assim, verei melhor o Sul da Sicília. Já tenho hotel reservado lá. Segunda próxima, irei para Napoli, onde já tenho apartamento alugado por todo o mês de junho. Tenho muito o que escrever...faço isso logo que me der vontade!  Estou bem. Esta foto eu a fiz ontem: a cara de cansada tem a ver com o forte calor que fazia em Monreale. Pus muitas fotos hoje no ORKUT.

Sicilia - Monreale





















Monreale é uma pequena cidade, muito próxima de Palermo. Um encanto. Sempre com muitos turistas. Para mim, a Catedral de Monreale é a mais bonita da Sicilia - e uma das mais bonitas da Itália.























Com forte influência árabe, tem centenas de colunas, trabalhadas com cores fortes e com desenhos diferentes cada uma delas.






















Estive três horas dentro da Catedral. Havia lá centenas de pessoas de diferentes nacionalidades a fazerem fotos. Eu também fiz muitas fotografias.






















A Catedral é imensa e tem as paredes , em sua maioria, recobertas por "narrativas" bíblicas, desde a criação do mundo, Adão e Eva no Paraíso , até alguns atos dos apóstolos.






















Essas "narrativas"têm sua culminância na figura de Cristo , no altar principal. Agora estou com dificuldade em fazer a seleçao de algumas para postar aqui. Beleza à exaustão!


Agrigento: 1a. visita






AGRIGENTO

De trem , fui de Palermo a Agrigento, “cortando” a Sicília , em duas horas e pouco.Queria visitar o Vale dos Templos ( La Valle dei Tempi ), nessa cidade que já se chamou Akragas ( acropoli) e foi uma das mais ricas do Mediterrâneo.Sua fundação remonta ao ano 580 a.C. Tem ela uma mescla de estilos: normano, gótico,renascentista e barroco.

Eu também queria visitar a casa de Luigi Pirandello, escritor e dramaturgo que , há muito tempo, me fascina, especialmente quando evidencia , em seus personagens , as múltiplas identidades que se pode assumir. Vi a casa, a praça, a rua e o teatro , tudo Pirandello. Ele merece!
Aqui também nasceu ( 492 a.C.) Empedocle...Sim! aquele dos quatro elementos imutáveis e eternos: ar, terra, água e fogo e da atração e repulsão de duas forças cósmicas: amor e ódio.

Vi o Palácio Municipal, num antigo convento dominicano. Vi igrejas belíssimas, mas ver igrejas assim é “normal”.

Fascinada mesmo fiquei pelo Vale dos Templos, testemunha da civilização grega na Sicília. São muitos os templos. O Templo da Concórdia está muito bem conservado.Apesar do calor e do sol fortíssimo, caminhei , pelo Vale, durante quatro horas.




Pena que não visitei o Museu Arqueológico. Faltou- me tempo e energia.
À noite , cheguei em Palermo cansada e bronzeada – mais exatamente , cor-de-rosa-choque!






Sicilia - Selinunte, Marsala e Erice





































Por enquanto, só fotos! Depois eu escrevo

Sicilia - Bagheria e Cefalu



















































































Ontem , de manha cedo, fui à Estaçao Central de Palermo, comprei um bilhete de ida e volta a Cefalu, já decidida a permanecer algumas horas em Bagheria, que fica no mesmo caminho. Eu tinha dois motivos para chegar nessa cidade: a exposição de Renato Guttuso, pintor siciliano, e a Casa dos Monstros, na verdade é a Villa Palagonia, um palácio barroco, que teve sua construção iniciada em 1715.

Demorei-me três horas em Bagheria, tempo maior vendo a exposição, que está no Museo Guttuso, na antiga Villa Cattolica. Alguns quadros não me encantaram; outros, amei de paixão – foram os que fotografei - e algumas fotos serão postadas aqui. A Vila dos Monstros , se não assusta, diverte e informa. É muito interessante a pequena igreja, o palácio, o intorno e o interno, enfim a arquitetura e a imaginação de quem a concebeu assim – http://www.villapalagonia.it/

De Bagheria , fui a Cefalu – uma hora de trem.
Cefalu é fantástica. Fotografia não dá conta de sua beleza. Construída entre o mar e uma montanha rochosa, muito próxima tanto de um quanto de outro, tem uma Catedral que impera no centro histórico. Muitos cafés, muitos restaurantes e lojas, muito turística a cidade. Linda mesmo. Voltei à noite para Palermo. Exausta!

quinta-feira, maio 22, 2008

Sicilia - Palermo


Sorte grande! Vejo Palermo acompanhada pelo Professor Candiloro, intelectual siciliano, que ensinava na Faculdade de Arquitetura, meu querido amigo há vários anos. Além do profundo conhecimento da cidade , que é também a cidade de seus antepassados, tem ele prazer e competência de ensinar - e paciência para fazer isso.

Fez-me entender a estrutura e o funcionamente desta grande e bela cidade, a sua forma de cruz , a antiga movimentação dos campesinos, as chegadas indesejáveis pelo mar e a forma encontrada para detê-las. Explicou-me , em palácios, igrejas , monumentos e mesquitas, as relações entre volume e poder, claro e escuro, luzes e sombras, razão e conseqüência, no traçado de Palermo. Mostra-me as marcas de cada povo que aqui se estabeleceu e dominou, como os árabes e os espanhóis e de cada periodo historico. Foi maravilhoso ver e entender " I Quattro Canti", coração da cidade e centro da cruz viária; caminhar ao longo da "murada" e observar a expansão da cidade para além desse limite ; visitar o interno dos palácios com detalhes tão diferentes entre si , mas igualmente belos. Encantaram-me, como sempre, além da arquitetura, as flores e as árvores pela beleza e pela diversidade.
Preciso sempre agradecer ao Cosmos que me faz encontrar pessoas e lugares especiais. E agradecer a vida por poder estar aqui neste tempo e neste espaço. Só cantando mesmo "Gracias a la vida... "

quarta-feira, maio 21, 2008

Turquia-Grecia-Italia


Viajei , de Kavala a Istambul, com Alex e Gisela, em ônibus que vinha de Thessaloniko com pessoas majoritariamente gregas. Sempre percebo os gregos como pessoas alegres e gentis. É ótimo viajar com eles.
Na fronteira Grécia/ Turquia, uma espera de mais de hora para apresentação de documentos. Felizmente, os brasileiros não precisamos de visto – e até uma taxa que outros estrangeiros pagaram , eu não precisei pagar.


Uma boa viagem até Istambul – apesar do trânsito caótica daquela cidade tão grande, com cerca de oito milhões de habitantes! Fizemos um roteiro intenso durante três dias. Revi muitos lugares e conheci outros tantos. Fiquei hospedada no Hotel Tulip Pera. Um bom hotel.

Em Cruzeiro pelo Bósforo – com ida pelo lado da Europa e volta pelo lado da Ásia – avistei, com saudades, o Estreito de Dardanelli, por onde passei uma vez, ao anoitecer, vendo as mesquitas e seus minaretes do lado europeu e do lado asiático.
As visitas a Mesquita Azul, a Igreja Santa Sofia e ao Palazzo Topkapi ( a cidade do Sultao dentro da cidade de Istambul) são inesquecíveis, deslumbrantes e podem ser repetidas, penso eu, muitas vezes.
Pela primeira vez , entretanto, visitei a Igreja e a casa do Patriarca da Igreja Ortodoxa, uma casa belíssima, toda em madeira. Essa visita estava faltando no meu Curriculum Espiritual, que eu tanto prezo, por ser o único realmente importante nesta fase da minha vida.

Na última noite em Istambul, fomos a um restaurante com musica e danças tradicionais da Turquia. Bailarinas fantásticas. Retornamos ao hotel pouco depois da meia-noite. Quando estávamos já na frente do hotel, um rapaz tentou roubar a bolsa de uma senhora grega. Ela deu um grito horrendo, que foi seguido de muitos outros gritos, que puseram o ladrão a correr. Foi a emoção da noite, e a base dos comentários do dia seguinte. Eu nunca havia presenciado isso na Europa. Um susto e um aviso para ter cuidado!

A visita ao Gran Bazar é obrigatória. Um fantástico mercado, onde se corre alguns perigos, tais como perder-se e não mais encontrar os companheiros e comprar demais ou sem pechinchar devidamente.

Foi uma viagem ótima e muito bem aproveitada. Voltamos domingo à noite. Segunda, pela manhã, Alex e Gisela levaram-me de carro ao aeroporto de Thessaloniko ( cerca de 180 km).

Dormi em Roma, na casa da minha amiga Lídia. Interessante que paguei 40 euros para o táxi que me levou ao aeroporto e 20 euros pelo bilhete aéreo de Roma a Palermo! Comprei esse bilhete , em janeiro, pela internet , no site que uso para comprar passagens: www.edreams.it


No aeroporto de Palermo, esperava-me a família Candiloro, Franco, Carmela e Frederica, pessoas gentis , atenciosas, encantadoras, alem de inteligentes e bem infomadas. Jantamos todos num restaurante estupendo – cozinha típica siciliana.
O hotel onde estou é bem localizado. A cidade é linda. Penso permanecer 15 dias na Sicília. Há muito o que ver.