segunda-feira, abril 28, 2008

domingo, abril 27, 2008

"Costa Blanca"


Com Alfredo e Aline, passeei bastante pela Costa Blanca: Campello, Altea, San Juan, Benidorm. Gostei de rever esses lugares, por onde , tantas vezes, andei e onde sempre vivi muito bem. E foi uma boa oportunidade de convívio com meus amigos. Alfredo sempre ri muito da convicção que eu tenho de que a vida não pode ser levada a sério - porque não é séria . De tal maneira falta-lhe seriedade, que sequer avisa quando vai terminar. Não estabelece prazos. Não dá aviso prévio. Pode surpreender-nos terminando a qualquer momento. Uma irresponsabilidade total com nossos sonhos, projetos e compromissos!








"Que suave é o ar! Como parece
Que tudo é bom na vida que há!
Assim meu coração pudesse
Sentir essa certeza já. Ou seja um Dante mais diverso,


Mas não; ou seja a selva escura

A alma é literatura
E tudo acaba em nada e verso."


Fernando Pessoa, 6-11-1932

Valência



Valência é mais bonita do que eu lembrava. Verdade que só estive aqui uma vez, há uns 15 anos. O encantamento começa com a Estaçao de trem ( Estaçao Norte), que está cerca de 200 metros do centro histórico, ao lado da Praça de Touros , e é belíssima.
Encantaram-me também as calçadas da cidade, feitas com granito vermelho-escuro com rajas brancas ( se diz rajas?), o prédio do Correio, o Mercado, a Catedral, as magnólias centenárias, os cinamomos floridos ( iguais aos da Bela Uniao).

Fui conhecer a Cidade das Ciências e das Artes. Arquitetura arrojada, fez-me lembrar muito Brenner e Téssia. Lá só nao fui ao Aquário porque, faz menos de um mês, visitei , com Patati e Massimo, o Aquario de Atlanta, que é o maior do mundo.







Impressionante o desvio feito do leito de um rio que cruzava a cidade e que possibilitou a construçao de um parque com sete quilômetros de extensao e largura de uns cem metros. Nesse espaço, encontram-se belos jardins, parques esportivos e parques infantis e , ainda, a Cidade das Ciências e das Artes. O curso do rio foi desviado para um dos lados da cidade.

Embora com muitos turistas, Valência nao me pareceu uma cidade cara. E fica perto de Alicante: 145 km.

sexta-feira, abril 25, 2008

Alicante




Gosto de Alicante. Estou aqui faz dois dias, hospedada num hotel muito perto da " Marina" e do " Paseo Maritimo" . Ali tenho caminhado todas as manhas.



Ontem passei o dia com Aline e Alfredo, meu queridos amigos. Alfredo perguntou por todos os amigos brasileiros, um a um, sem esquecer ninguém ( e tem quase 80 anos!) Lamentou muito a
morte do Benetti, por quem ele nutria uma grande estima e admiraçao.



Amanha, pretendo passar o dia em Valência, para ver a " Cidade das Ciências e das Artes", que ainda nao conheço. Já faz mais de dez anos que estive em Valência pela última vez.
Vi lançamentos de " modelitos " para o próximo verao, como calças largas , ajustadas pouco abaixo do joelho ou no tornezelo, com franzidos nos punhos. No início , pensei que era uma moda de inspiraçao oriental. Dei-me conta depois que minha auto - estima baixa é que me fazia pensar assim....Essa moda deve ter sido inspirada nao no Oriente, mas sim nas bombachas do Alegrete.
Faz dias lindos de primavera, com temperatura agradável, sol e profusao de flores, especialmente de tulipas.

Na próxima semana, irei daqui para Barcelona - e de Barcelona para a Italia.

Sobre Madrid e Alcalá de Henares 02





Alcalá de Henares, distante 50 km de Madrid, é a terra natal de Cervantes. Essa foi a razão principal que me levou até lá.



Cervantes nasceu em 1547 e morreu em 23 de abril de 1616. Como 23 de abril é amanhã, já fui hoje prestar minha homenagem ao autor de Dom Quixote. Visitei a casa onde ele nasceu. Na frente dela, em bronze, as figuras de Dom Quixote de la Mancha e Sancho Pança. Pedi a um senhor ( japonês naturalmente - é aos japoneses que sempre peço esse favor) que fizesse algumas fotos minhas. Aqui estão duas.



Tem mais o que ver em Alcalá. Sua Universidade foi fundada em 1499. Nela, desenvolveu-se o projeto da Biblia Poliglota (latim, aramaico,grego e hebreu), em 1517. Assisti a um video, muito bonito, em comemoração aos 500 anos da criaçao do primeiro curso da Universidade. Nessas horas sempre penso o quanto somos um país jovem.



Quando eu estava visitando um dos prédios - belíssimos - da Universidade, presenciei uma sessão de fotos de Primeira Comunhão. Pedi à mãe da menininha para fazer umas fotos também.Ela consentiu muito gentilmente.

Sempre encontro essas sessões de fotos de noivos, de aniversariantes e de primeira comunhão, em lugares históricos e bonitos. Até aconteceu que , faz muitos anos, fui convidada para uma festa de casamento porque as famílias notaram o meu encantamento ao acompanhar a seqüência fotográfica. Interessante que , naquele momento, o que mais me impressionava era a total ausência de beleza dos noivos. A festa estava ótima!

terça-feira, abril 22, 2008

Sobre Madrid e Alcalá de Henares 01

Prometi aos meus afetos que escreveria diariamente. Neste momento, está difícil, mas pretendo, ao menos, postar fotografias identificadas. Preciso fazer isso porque é meu último dia em Madrid. Amanhã, irei para Alicante.
1 - El Rastro, o grande mercado popular que acontece aos domingos em Madrid. Imenso. Pode-se encontrar nele antigüidades, bugigangas, qualquer coisa que se procure. Comprei somente um guarda-chuva- chinês- de-uma chuva-só! Isso por que estava chovendo.


2 - Centro de Madrid. Caminhei muitas horas por aqui.Realmente tracei o centro dessa cidade, que eu nao visitava há quase 10 anos.



Pela tarde, Madrid começa a funcionar depois das 17 horas. É quando começa "la movida"...Parece-me que todos os espanhóis vão para a rua. Jantam tarde ...e nem sei a que horasvão dormir.



3 - As atraçoes, no centro de Madrid, sao as mais diversas . Belissimos grupos musicais executando pecas clássicas, admiráveis cantores de óperas, bailarinos, mágicos, equilibristas... É claro que nao faltam grupos peruanos e mexicanos, como esses da foto.












4 - Fiz esta fotografia pensando na minha querida amiga Lúcia Matos....











5 - Na segunda, fui almoçar com Pe. Ramón , com quem trabalhei no Sertao da Bahia , e com um amigo dele. Casa de Valência, chama-se o restaurante onde comemos a excelente paella que se vê na fotografia.








6 - Vale a pena passar uma tarde caminhando por El Retiro, parque lindo, tranqüilo e perto da Gran Via. Pode-se sair dele diretamente no acesso ao Paseo del Prado.











7 - Domingo é interessante também andar pela Plaza Mayor, principal ponto de encontro da cidade e onde se reúnem todas as tribos. A partir dela, pode facilmente alcançar a região de El Rastro. Também perto dela, encontram-se igrejas belíssimas como a de São Caetano e Santo Isidro, Padroeiro de Madrid. Nesta, assisti a uma Missa com um Coral de rara beleza - e ainda, como de costume, fiz três pedidos!




8 - Palácio Real - encantam-me os jardins que o circundam.
No dia seguinte, da Estaçao de Atocha, peguei um trem para Alcalá de Henares. Encanta-me a Estação de Atocha, não só pela arquitetura, mas também pelos tipos humanos que se encontram ali.







Visitei o Monumento às Vítimas do 11 de Março, inovador , arrojado, comovente. Resultou de um concurso mundial , vencido por um grupo de estudantes e professores de arquitetura, que o projetaram e acompanharam a sua construção. Como um imenso cone, em cristal, reflete o sol, a cada hora do dia, no nome de uma das vítimas. Nele também estão transcritas muitas mensagens, escritas em diferentes línguas por pessoas que têm em comum o desejo de viver num mundo de paz.

domingo, abril 20, 2008

"Dorme doce", Gilberto Aquino Benetti, meu amigo-irmão.

Cheguei agora , à tardinha, ao Hotel. Antes de postar as fotos que fiz hoje, abri meu e-mail. Li o primeiro. Era Georgia Benetti , pedindo que eu lhe telefonasse urgente. Senti um arrepio. Abri o segundo e-mail. Era Luís Antônio, avisando da morte do Benetti. Que dor. Que tristeza. Chorar aqui tão longe e não poder vê-lo pela última vez. Não poder estar com Georgia, Sônia, Letícia, Márcia e Amélia numa hora dessas. Não poder estar com o Grupo do Benetti, como nos chamavam na UFSM. Benetti foi meu amigo e meu irmão. Aprendi muito com ele. Sempre admirei sua integridade, solidariedade, senso de justiça, razão e sensibilidade. Há mais de vinte anos, sempre esteve próximo de mim, em todos os momentos difíceis por que passei. Passamos por tantas perdas, apoiando-nos mutuamente. Ele se preocupava comigo, dizia que eu era muito descuidada com minha saúde, que enfrentava problemas muito sozinha. Ajudou-me bastante na adolescência de meus filhos. Não tive ainda coragem de avisar os meninos. Trocávamos longos e-mails. Ele nunca esquecia meu aniversário. Guardo este e-mail do ano passado, quando eu estava na Índia:
"Não sei por onde andas agora. Onde quer que estejas, o meu desejo é que recebas o meu abraço, a minha saudade e a certeza de que o meu pensamento te localiza e a energia que te mando é positiva, carregada de afeto e do mais puro sentimento de amizade. Hoje é teu aniversário, não só é um dia importante para ti, mas também para todos nós que te amamos.Que a força do Espírito Infinito te proteja."Uma vez, Benetti me encontrou chorando porque me haviam avisado que morrera, num acidente de carro, meu amigo Fauze Gatass, da UFMS. Eu perguntei a ele por que morriam tantos amigos meus. Ele , com sua lógica peculiar, me respondeu: "é o tributo que tu pagas por ter muitos amigos, mas, se tivesses um só amigo, quando esse morresse, morreriam todos."
Está muito difícil pensar que não vou mais encontrar o Benetti. Parece uma história monstruosa que só inventaram porque eu estou tão longe!
Prefiro pensar no que conversávamos, no que ríamos...na última vez que estive na casa dele em Brasília e, juntos, comemos todo um vidro de tomates secos que a Sônia havia feito horas antes. Se eu pudesse, voltava agora para o Brasil.

sábado, abril 19, 2008

"Chove chuva, chove sem parar..."


Estou num café, por entre uma nuvem de fumaça. Como fumam os espanhóis!
Um dia inteiro de chuva. Faz um frio "do cão", como se diz na Bahia. Mudei hoje para outro hostal, no mesmo endereço - Gran Via,15 - Hostal Avenida ( http://www.hostalavenidamadrid.com/ ) É ótimo : com mais ou menos 10 apartamentos, localização privilegiada, banheiro privativo, ar condicionado, internet livre, televisão, telefone, caixa-forte e diária bem acessível. O único problema de viajar sozinha é pagar uma diária quase como se fossem duas pessoas .
Pago aqui 40 euros, sem café. Pretendia viajar hoje para Cuenca. Desisti. Fui a uma loja de departamentos - imensa! - só de livros, sons e vídeos. Fiquei lá mais de duas horas. Livros de viagem, CDs e DVDs de jazz e ópera testaram minha resistência. Apesar de "deslumbrada", nada comprei. Bem...comprei outro telefone, que tem muitas funções ....inclusive a de telefonar! Agora me decido a enfrentar o Manual! Que falta me faz o Mile, meu irmão. Ele o faria funcionar por intuição e conhecimentos anteriores.Amanhã , domingo, penso ir à uma Feira popular e outra de antigüidade. Que os Anjos me segurem nas compras e me poupem , assim , de carregar bagagem. Amém!

sexta-feira, abril 18, 2008

Sobre Goya, Modigliani, tulipas...


Hoje foi meu dia de museus de arte. Levantei cedo, tomei café e caminhei até o fim ( aliás , início) da Gran Via, onde entrei, à direita, no Paseo del Prado: lindo, com muitas flores! Entrei primeiro no Museu Thyssen - Bornemisza ( http://www.museothyssen.org/ ). Está ali, até 18 de maio próximo, a exposição de Amedeo Modigliani , denominada "Modigliani y suo tiempo." Bonita essa exposição. Bonito o lugar do Museu.




Continuando pelo Paseo, cheguei ao Museo del Prado ( http://www.museodelprado.es/ ). A esse eu volto sempre. Lembro-me do Gugu, ainda adolescente, quando veio comigo à Espanha pela primeira vez e ficou, durante dois dias, nesse Museu, encantado com o que via. Paguei 6 euros pelo ingresso. Almocei lá.
Visitei a exposição "Goya en tiempos de guerra". Profunda, impressionante e comovente. Depois de ver Goya, tomei um café para me recuperar bem e fui ver algumas obras que me encantam , como Lavanderas de La Varenne, de Martin Rico y Ortega; Las tres Gracias, de Rubens ( as três filhas de Zeus, que representam a simpatia, a delicadeza e a afabilidade. Gordas e lindas, exuberantes e sensuais, estavam a serviço de Afrodite , a Deusa do amor - nasci em época errada!); As Meninas de Velázquez; as obras de El Greco, Rafael e Tintoretto.
Voltei caminhando para chegar antes das 7h porque havia marcado com a filha de uma amiga para encontrá-la a essa hora, aqui no hotel.

No caminho, encantei-me com as tulipas e os amores-perfeitos. Encontrei esse "jardim vertical", com altura de um prédio de cinco ou mais andares. Fotografei-o porque é belíssimo e multicolorido.
Tanta coisa para ver em Madrid, mas vou dormir!
"Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir."
Fernando Pessoa

quinta-feira, abril 17, 2008

Ávila e Segovia





 















Detesto programas de grupo, em viagem, e muito raramente os faço. Mas eu queria muito visitar Ávila e Segóvia e havia um pacote, de um dia inteiro, que levava a essas duas cidades. Em Ávila, cidade que eu não conhecia, suportei bem o programa; em Segóvia , que conheço muito bem e é minha cidade preferida na Espanha, abandonei-o de início. Foi muito interessante a viagem de ida, principalmente a travessia da Serra de Guadarrama , com a passagem por um túnel de três quilômetros de extensão e que corta parte dessa serra.





















Ávila é bonita pelos dois quilômetros e meio de muralhas - muito bem conservadas - que a circundam. Pareceu-me muito própria para turismo religioso, onde impera Santa Teresa de Ávila, a primeira mulher declarada doutora pela Igreja ( a segunda foi Santa Catarina de Siena). Ela fundou , junto com um amigo, depois Santo , a Ordem das Carmelitas Descalças. Bonita também a Igreja de São Vicente, nascido na região e que foi santificado junto com mais uma irmã e um irmão ( santidade familiar!)





















Gosto mesmo é de Segóvia. Situada a 80 km de Madrid (noroeste)é toda ela imponente e interessante. Tem o Aqüeduto, erguido no século I pelos romanos para transportar água das montanhas. Sem cimento, pedra sobre pedra, tem 118 arcos e funcionou até o Século 19. Um senhor italiano olhava o Aqüeduto e se orgulhava da inscrição ali existente de que era preferível construir algo útil e grandioso como o Aqüeduto do que Pirâmides que não serviam para nada...Questão de foco. Tem a Catedral - a Dama de las Catedrales -uma das últimas igrejas góticas espanholas, construída em 1525, no lugar de uma antiga que fora destruída em 1511. Fotografia nenhum faz jus à beleza dessa Catedral e do Alcazar de Segóvia, que fica no alto de um morro rochoso , com uma vista de impressionante beleza. Há informações sobre Ávila e Segóvia em muitos sites. E eu estou com preguiça de escrever.



























Saí de Madrid cedo e certamente meio dormindo... pensei que a temperatura estava em torno de 20 graus, como no dia anterior. Que nada! Estava 7 graus! E eu de sandália e sem abrigo para frio e chuva. Em Ávila, comprei , por 2 euros, uma capa plástica, de um verde-horroroso e umas meias brancas, que usei com as sandálias pretas ! De longe se via que não era "vanguarda"- era fiasco mesmo. Nessa hora, eu pensava na minha irmã Zeli, que me disse uma vez, quando saí a passear com a calça do pijama: " sairá e voltará...e nada te acontecerá." Passou-me o frio, e nada me aconteceu. Como de costume, pedi para turistas japoneses (são gentis e sabem fotografar) fazerem essas fotos de mim, registrando, assim , o modelito.

quarta-feira, abril 16, 2008

Madrid







Pela primeira vez, saí chorando do Brasil. Queria que Cibele, Zeli e Ary estivessem comigo - projeto adiado até o Ary ficar bem de saúde.

Como estava triste, sobrecarreguei os fatos, tornando-os mais pesados.


Urso-Símbolo de Madrid
 Briguei com a VARIG porque não me fizeram up grad para a classe executiva. Consegui apenas o bloqueio do lugar ao meu lado - o que me possibilitou viajar deitada, dormindo.O avião parecia o "buracal", ônibus que faz o interior de Rosário. Não tinha nem audio, nem video. Houve fortes turbulências várias vezes. Só faltaram oferecer barras de cereais!
 Mas importa que cheguei bem! No aeroporto , perguntei o preço do táxi até a Gran Via, onde estou hospedada : 35 euros! Optei, apesar do cansaço, por um ônibus : 1 euro! Aproveitei o resto do dia para caminhar por Madrid. Dormi depois durante 12 horas. Acordei bem hoje. Consegui conectar o notebook, dar e saber notícias de casa. Tracei Madrid durante o dia todo. Comprei um relógio despertador e um relógio de pulso no El Corte Inglés. Assim , situada no tempo, sinto-me instrumentalizada para uma longa viagem. Ignorando Mcdonalds e Starbucks vizinhos, descobri um café muito madrileño, que tem comida boa , preços acessíveis e gente local. Sinto-me em casa agora. Amanhã, passarei o dia em Ávila. Assim que localizar o cabo da máquina fotográfica, postarei fotos. A lembrança e a saudade das pessoas que amo , acompanham-me sempre. A beleza dos lugares intensifica minha sensibilidade.

segunda-feira, abril 14, 2008

" Navegar é preciso..."

Viajo hoje para Madri.
Véspera de viajar, eu ainda sonho que chego atrasada no aeroporto, que esqueço a passagem, ou perco a mala! Acordo insegura. Reviso documentos, horários e vôos. Acabei de acordar e fazer tudo isso. A pior parte de qualquer viagem, entretanto, já foi feita : Alegrete / Porto Alegre. Como é longe e cansativo esse trecho! É o tributo que pago por viver na Bela União. Mas vale a pena.

terça-feira, abril 08, 2008

"Lá vou eu..." Outra vez!



Atlanta / São Paulo / Porto Alegre / Alegrete / Bela União. Estou em Porto Alegre - por cansaço e por vontade de visitar minha irmã e meu cunhado. O cansaço se justifica pelo tamanho do aeroporto de Atlanta, pelos meticulosos procedimentos da polícia americana antes do embarque, por 10 horas de vôo, por 5 horas de espera em São Paulo, pelo vôo até POA. A vontade de visitar minha irmã e meu cunhado se justifica pelo imenso carinho que tenho por eles. Agora, vem o mais difícil : a viagem de ônibus até Alegrete.

sábado, abril 05, 2008

Visita a meu filho



Sempre conversei muito com Patati. E sinto falta disso. Falamos sobre temas que vão da família à economia internacional. De bebê, ele já evidenciava uma linguagem precisa e limpa. Cresceu, assim como meus outros filhos, com muita informação e leitura. Quando saiu de casa, veio trabalhar no exterior, onde , por razões de trabalho, percorreu países e culturas diversas. Tem intimidade com a China e acompanha este Novo Colonialismo desde o consumo de asas de frango até o pernil de primeira qualidade. Já trabalhou com países da Europa. Hoje trabalha com o México. Gosto de ouvi-lo sobre os meandros do mundo dos negócios na área de alimentos. Deu-me informações preciosas sobre a produção de combustíveis alternativos à base de milho e a repercussão disso na produção e no preço dos alimentos - assunto de que se ocupa agora na conclusão do mestrado. Visitei a empresa onde ele trabalha. Encantaram - me os seus colegas. Encontrei José, pessoa querida, baiano que viveu no mundo mas mantém laços com sua cidade de origem. Conheci outro menino, gaúcho de São Sebastião do Caí, simpático, com cara de boa gente. Adorei um libanês, que tem olhos vivos de quem decifra muito bem as pessoas. Gostei de ouvir as colegas referirem que Patati é como um irmão ou como um filho. Ali trabalham russos, holandeses, americanos, grecos, franceses, chineses, italianos, brasileiros. A empresa propala que seu maior patrimônio vai para a casa todos os dias! Foi bom ver essa parte do cotidiano de meu filho.
Visitei o Aquarium da Georgia - o maior aquário do mundo. Extraordinário. Belíssimo. Fiz muitas fotografias.
Senti-me bastante bem em casa e nos muitos passeios que fiz, tanto com a Valéria quanto com o Patati. Retornarei ao Brasil amanhã. Segunda-feira, pretendo fazer São Paulo/Porto Alegre/Alegrete!

sexta-feira, abril 04, 2008

Visita à Atlanta











Tenho uma relação de proximidade com Atlanta, especialmente com o bairro onde vive meu filho . Não havia ainda , entretanto, encontrado essa cidade tão florida e bonita como neste início de primavera. Belissima! Diferentes nuances da cor rosa contrastam com o vermelho escuro de algumas árvores e o verde-jovem das folhas de outras. Majestosamente, destacam-se imensas árvores cobertas de flores brancas, tendo a seus pés azaléias multicoloridas. Gosto também do estilo das casas, que, de há muito, me são familiares através do cinema. Mas realmente não foi a beleza de Atlanta que me trouxe aqui. Vim para conhecer meu neto, Massimo, filho de Patati e Valéria. É um menino adorável - bonito, simpático, alegre, esperto. Quando o vejo, recordo intensamente cada idade do meu filho e cada um dos meus filhos. Crescem rápido nossas crianças. E partem. Precisam partir! Deixam lembranças lindas que , mais tarde, amenizam a saudade .